Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, se reuniram com lideranças empresariais do Rio Grande do Sul, na semana que passou, para tratar de pauta conjunta com objetivo de fortalecer a indústria nacional de defesa.
“O Ministério da Defesa está buscando integrar as cadeias produtivas tradicionais a uma produção mais associada à nossa Base Industrial de Defesa”, explicou o ministro Raul Jungmann.
De acordo com o ministro da Defesa, essa integração com a indústria nacional de defesa já começará a ser feita nos próximos dias.
“Nesta semana enviamos uma equipe técnica que verificou que Santa Rosa e região têm todas as qualidades e exigências e estão prontas para fazer parte deste amplo mercado que representa R$ 209 bilhões só aqui no Brasil”, disse. “O Ministério da Defesa está pronto para fazer essa ponte. Na próxima semana já devemos criar uma comissão para aproximar Santa Rosa à base industrial de defesa”, garantiu.
Para o ministro Osmar Terra, essa aproximação com a indústria de defesa é importante para ampliar a produção de uma indústria que tem como marca a qualidade máxima em seus produtos.
“Nosso objetivo aqui é poder trazer para Santa Rosa a possibilidade das indústrias metalúrgicas venderem seus produtos, não só para máquinas agrícolas, mas, também, para a indústria de defesa, que é um outro universo, que engloba a produção de navios, submarinos, helicópteros”, destacou. “Pela elevada qualidade da produção local, podemos entrar como fornecedores de peças até para submarinos”, enfatizou o ministro do Desenvolvimento Social.
De acordo com o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basilio, de maneira geral, o Sul representa uma importante região para o setor.
“Precisamos aproveitar cada vez mais a expertise e o potencial da indústria gaúcha para ampliar nossa produção de defesa, reduzindo custos logísticos, integrando cadeias produtivas globais e permitindo um volume maior de exportações para essas empresas”, disse.
O coordenador da equipe técnica da Seprod, coronel Luís Felipe, explicou que a região conta com empresas que podem se tornar fornecedoras de importantes projetos das Forças Armadas.
“Nós visitamos cerca de sete empresas e observamos a alta qualidade da produção. As peças fabricadas para as montadoras de colheitadeira, por exemplo, podem perfeitamente ser utilizadas pelos blindados das Forças Armadas”, afirmou.