Ontem, dia 16 de março, o Ministério da Defesa do Reino Unido (MOD) anunciou a aquisição do sistema de artilharia autopropulsado Archer para o Exército Britânico (British Army).
Os primeiros 14 sistemas terão a propriedade transferida para o Exército Britânico este mês e estarão totalmente operacionais em abril próximo, formando um substituto provisório para os 32 sistemas de artilharia AS90 que foram recentemente doados às Forças Armadas da Ucrânia.
Projetado e construído pela BAE Systems Bofors, na Suécia, o Archer possui o dobro do alcance do AS90, maior mobilidade operacional, maior disponibilidade e tempo de ação reduzido. Operado por 3-4 tripulantes, tem menos requisitos de pessoal do que os cinco do AS90 e se beneficia de uma velocidade máxima de 70 km/h em comparação com os atuais 53 km/h.
O Archer 6×6 possui um obus de 155 mm, com 52 calibres e totalmente automatizado, projetado para rapidamente entrar em operação, possui um alcance de tiro de 50 km usando munição de alcance estendido (contra 25 km do AS90).
Seu disparo é efetuado de dentro da cabine blindada, protegendo totalmente seus operadores, com a unidade capaz de ser colocada em ação em apenas 20 segundos e pronta para se mover após o disparo no mesmo período de tempo.
O Archer pode disparar vários tipos de munição de artilharia de 155 mm, incluindo projéteis antiblindados de precisão e alcance estendido. Ele também pode disparar oito tiros por minuto e quatro tiros em um modo de impacto simultâneo, o que significa que vários projéteis são disparados sucessivamente com diferentes trajetórias para atingir o mesmo alvo ao mesmo tempo.
Ben Wallace, secretário de Defesa britânico, afirmou: “enquanto continuamos a dobrar nosso apoio inabalável à Ucrânia, é imperativo que reabasteçamos simultaneamente nossas capacidades em casa. Os sistemas de artilharia do Archeer são poderosos, protetores e podem ser implantados rapidamente. Este acordo com um aliado europeu próximo sustentará os requisitos do Exército Britânico até que a Plataforma Móvel de Tiros de longo alcance entre em serviço – um programa que estamos trabalhando duro para acelerar. Sua aquisição permite que o Reino Unido substitua rapidamente o AS90 até que as viaturas do programa Mobile Fires Platform (MFP) sejam entregues no final desta década, como parte do programa de modernização do programa Future Soldier. O Archer contribuirá para a capacidade de Apoio Próximo como parte de nosso compromisso com a OTAN”.
O acordo foi alcançado no espaço de apenas dois meses, demonstrando agilidade para adquirir no ritmo e entregar os requisitos do Exército, após a doação para a Ucrânia. Também enfatiza os fortes laços com nossos aliados suecos, que se levantaram para apoiar o cronograma desafiador.
A venda de governo para governo está sendo negociada pela Defense Equipment & Support, o braço de compras do MOD, do Reino Unido, e o contrato final será assinado com suas contrapartes suecas, FMV, em breve.
Reconhecendo a necessidade de sustentar as capacidades de combate e apoio da Ucrânia, o Reino Unido e a Suécia também concordaram em colaborar para reunir esforços para reparo e manutenção de veículos fornecidos à Ucrânia.
Fonte: Ministério da Defesa do Reino Unido
Respostas de 7
Boa tarde
E como anda o proceso de aquisição de artilharia autopropulsada do exercito brasileiro?
Como sempre, a espera de recursos.
Talvez lá por 2050, a grana saia.
Mas, não a certeza ainda.
Este é o atual programa prioritário do EB.
Já foi lançado o RFI e se aguarda para este ano o RFP.
Novidades em breve em T&D.
P mim o archer é o melhor em artilharia de canhão montado em caminhões. Por ser automático evita os tripulantes serem alvos de sneiper e outros combatentes inimigos. Por estar montado sobre caminhões, são mais ágeis q veículos sobre largadas e por isso são ligeiros ao avançarem dentro do território inimigo e fazer os disparos e “vaza” rapidamente.
Um veículo deste tipo missão séria difícil p o Brasil, ter o veículo de apoio de infantaria com boa blindagem, p apoia- los nos disparos…
Os outros tipos de sistemas como o ceasar- “cesar…” e o athmos são interessantes como principais, mas o Archer p missões de infiltração e “pi- pokos”, combinados são a escolha perfeita.
O ceasar e o athmos, são sistemas como caminhao + canhão + eletrônica, então qualquer escolha, se utilizasse caminhao feito no Brasil, sairia mais barato as unidades e agrada a opinião pública. Ao fazer estas escolhas e compras o “termo jurídico tem q ser bem elaborado, p não sofrer embargos possíveis e futuros”.
Está é a minha humilde opinião. Abraços.
Sugiro trocar o termo “Plataforma Móvel de Incêndios” por “Plataforma Móvel de Tiros” ou “Plataforma de Tiros Móvel”.
Na verdade isso foi um erro de tradução, obrigado pelo aviso
Esse tipo de sistema é o novo sonho de consumo das unidades de artilharia autopropulsada das FFAA de todos os países.
Acher, Atmos, Caesar e outros sistemas similares vão vender muito nos próximos anos.
Uma pena que a indústria nacional não percebeu a tempo as vantagens desse tipo de sistema e tentou desenvolver algo parecido.
Até a Servia, um país com 10 milhões de habitantes e que sofre sansões da OTAN, desenvolveu um sistema desses. E nós não tivemos tal capacidade.