Reestruturação da FAB: Alas 1 e 2 são ativadas em Brasília e Anápolis

Sob o comando do brigadeiro do ar Ary Soares Mesquita, foi ativada em Brasília (DF), na manhã da última quinta-feira (19), a Ala 1. Na quarta-feira (18), a Ala 2, de Anápolis (GO), também foi ativada, tendo como comandante o coronel Francisco Bento Antunes Neto.

Essas mudanças fazem parte do projeto de reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo o brigadeiro Ary, a Ala 1 será composta por uma unidade operacional, o Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA); um grupo de segurança e defesa, que corresponde ao antigo Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Brasília (BINFAE-BR); e um Grupo Logístico, voltado ao apoio e manutenção da unidade. A estrutura da Ala 1 também irá atender algumas demandas do Grupo de Transporte Especial (GTE), que está sediado nas dependências da nova organização. “Essa nova estrutura vai tornar a Força Aérea muito mais operacional do que ela já é”, afirmou o oficial.

A cerimônia também marcou a desativação da Base Aérea de Brasília (BABR) e do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR). Em sua despedida, o major-brigadeiro do Ar Rui Chagas Mesquita, até então comandante do VI COMAR, falou sobre a importância da posição estratégica da Ala 1 e sobre a necessidade de mudar. “É tempo de se reestruturar. Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas construir novos caminhos”, disse.

O coronel Antônio Godoy Soares, que esteve à frente da BABR nos últimos 2 anos, também destacou os aspectos positivos da reestruturação; “esse momento por que passa a Força Aérea Brasileira assemelha-se a uma aeronave que teve sua rota modificada durante o voo para melhor atender às características do combate”.

(Imagem: Agência Força Aérea)

A Ala 2 em Anápolis

Segundo o comandante do Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR), que deixou de existir hoje dando lugar ao Comando de Preparo (COMPREP), a ativação da Ala 2 é mais um passo em direção à Força Aérea do futuro. “A reestruturação vai tornar a Força mais moderna, enxuta e operacional”, disse o tenente-brigadeiro do ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira.

A criação da Ala 2 também marcou a desativação da Base Aérea de Anápolis (BAAN), com 38 anos de história. Além dos esquadrões Guardião (2º/6º GAv) e Jaguar (1º GDA), que já operavam na organização, o Esquadrão Carcará (1º/6º GAv) foi deslocado de Recife (PE) para compor a Ala 2.

A partir de 2019, quando o País começar a receber os primeiros aviões de combate Gripen NG, a previsão é de que essas aeronaves também fiquem sediadas na nova unidade.

 

Ivan Plavetz

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