Recuperação de obuseiros de 105mm

Na semana passada, nos dias 8 e 9 de dezembro, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) realizou o tiro técnico de dez obuseiros Oto Melara M56 e seis L118 Light Gun, ambos de 105 mm, no campo de tiro da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Essa atividade validou com sucesso a revitalização das peças, atestando a confiabilidade dos procedimentos de manutenção adotados e executados pelo corpo técnico, formado por engenheiros militares e mecânicos de armamento, trabalhando em uma estrutura dedicada e assistida por processos administrativos eficientes que possibilitaram, mesmo em um momento adverso, entregar mais um lote de obuseiros revitalizados a grupos de artilharia em diversas localidades do País.

Obuseiros L118 Light Gun, em linha, aguardando o tiro técnico (Imagem: AGSP)

Os obuseiros recuperados pertencem ao 2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve (2º GAC L), 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista (8º GAC Pqdt), 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (10º GAC Sl), 20° Grupo de Artilharia de Campanha Leve – Aeromóvel (20º GAC L – Amv), 26° Grupo de Artilharia de Campanha (26º GAC), 32° Grupo de Artilharia de Campanha (32º GAC) e AMAN.

Obuseiros Oto Melara M56 sendo preparados para para o disparo (Imagem: AGSP)

Oportunamente foi concluída a avaliação dos discos de embreagem do mecanismo de elevação do obuseiro L118 Light Gun, nacionalizados pelo AGSP, bem como a validação do funcionamento da primeira versão do conjunto de vedação para o sistema do freio recuperador do obuseiro, fabricado no Brasil pela Vedabrás Indústria e Comércio Ltda, após processo licitatório.

Cinco buseiros M56 Oto Melara sendo entregues depois de recuperados (Imagem: AGSP)

Com informações do Arsenal de Guerra de São Paulo

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Comentários

20 respostas

  1. Olá, alguma novidade quanto a substituição dos obuseiros de 155 mm?
    Parabéns pela cobertura que tem feito quanto ao EB.

  2. Até o momento, não há nenhuma informação oficial sobre a aquisição de novos obuseiros autorebocados.

    1. Eles querem substituir os de 155 mm pelo M198.

      Quanto a substituição desses Light-Gun e Oto Melara de 105 mm, realmente não se sabe ainda.

      1. Na verdade eu escrevi um grande trabalho sobre isso na revista Tecnologia & Defesa, edição Nº 156, de abril de 2019, chamado “Os desafios da Artilharia de Campanha”.
        Nela eu informo que, dentro dos planos apresentados no Programa de Reestruturação do Sistema de Artilharia de Campanha (SAC), de 2016, estava, dentre outras coisas, a aquisição de obuseiros autorebocados M198 e M777, de 155 mm, para substituir os M114, e M119, de 105 mm, para substituir os Oto Melara M56 e L118 Light Gun.
        O problema é o chamado “cobertor curto”, ou seja, a quantidade de recursos disponíveis versus a demanda da força, obriga a escolha de prioridades. Nesse ponto, PARECE que o EB esta, no momento, investindo apenas na sua artilharia autopropulsada, deixando a aquisição/substituição da autorebocada para um próximo momento, mas, como disse, isso é apenas uma opinião pessoal, não tenho nenhum documento oficial indicando isso, e gosto de deixar isso claro para não ser comparado aos sites e blogs “caça-clicks” da internet 😉

        1. Só um adendo à informação quanto ao M119: Ele é a versão americana do L119 Light Gun inglês, então o EB estaria pretendendo substituir os M56 e L118 pelo L119.
          E também acho que o EB já passou da hora de desenvolver obuses auto rebocados nacionais, temos capacidade tranquila para isso.
          Acredito que o pessoal do IME e AGSP conseguiria projetar e montar protótipos, licitando a produção em massa do projeto final. Mas o cobertor é curto, de fato.
          Abraços.

  3. Parabéns ao EB pela revitalização dos obuseiros.

    Pergunta: Olá Paulo Bastos, existe a possibilidade de o Brasil produzir seus próprios obuseiros ? Pois na minha visão de leigo creio que um país que desenvolveu e fabrica um sistema avançado como o Astros 2020, pode fabricar um obus. Não faz por falta de demanda ?

    1. Nunca questionei ao EB essa questão, mas, em minha opinião, concordo com você: acredito que se deva a baixa demanda. Alem disso o EB esta investindo no momento na troca de seus morteiros (120, 81 e 60 mm, nessa ordem), por modelos de fabricação nacional, pelo AGR.

      1. Seria um questionamento interessante; fico me perguntando tbm, será que é muito complicado fazer desenvolver um obuseiro? Cara a indústria de defesa nacional já fez o Astros, no passado a engesa projetou o Cascavel, será que não conseguimos fazer um obuseiro nacional com tecnologia digital integrada, já temos o projeto Genesis. A uma tendência mundial de padronizar o calibre 155mm, sendo os M119 105mm para as tropas leves. Será que o Brasil vai seguir essa tendência ou vai manter o 105mm nas brigadas e o 155mm nas AD?! Parabéns pela matéria.

        1. Ola João, pelo que conheço de engenharia e de nossas industrias, em minha opinião, não vejo dificuldades para isso, veja que a Argentina desenvolveu um produto interessante.
          Todavia meus questionamentos são outros: será que a nossas demanda, justifica o desenvolvimento e a produção dessas peças? Será que é vantajoso para o EB e para o país um desenvolvimento desse tipo, ou seria melhor concentrar os recursos nos programas que já temos e que estão sofrendo com falta deles?

          1. Com certeza esse é o grande problema das FA, o tal cobertor curto. Mas creio que a própria demanda interna seja bem interessante, desde que aparelhe as Unidades como deve ser, hj a maioria dos GACs tem 2 baterias a 4 peças, sendo que a maioria das unidades congêneres no mundo o mínimo são de 6 a 8 peças por bateria. É isso não é pq nossa doutrina é diferente, não tem MEM para mobiliar.
            Por isso acho, mas realmente teria de analisar bem, que desenvolver nacionalmente seria mais viável.
            As aquisições propostas dos M198 155mm e dos M119 105mm são boas em relação ao atual estágio da nossa artilharia, mas não é o ideal, se bem que o M119 na versão a3 é bem atual, mas acho que os EUA não o venderiam.

    2. Paulo, isso já deveria ser feito, a muito tempo, só falta os responsáveis pelas nossas F.A., deixarem de serem omissos e acomodados e lutar por isso.
      A muito tempo que o Brasil, deveria olhar c/ mais atenção na segurança do país e ver o grande risco que estamos correndo em fechar os olhos.
      É sempre o mesmo blá, blá, blá e o culpa da falta de verba é sempre os mesmos personagem, más ñ falam que 80% vai p/ os gastos c/ tropa, viúvas, salários, etc.
      É por isso que praticamente ñ sobra nada em investir em novos armamento.

      1. Bepo, as FFAA tem Planos de curto, médio e longo prazo, Defesanecessita de orçamento perene, sem cortes, as FFAAnão imprimem dinheiro. Temos que pressionar são os nossos Congressistas , como é feito nos EUA, só que aqui é tudo primeiro EU, EU, EU e depois o Brasil!!!

    1. Você disse 10 baterias? Tem certeza? Não seriam 1 bateria ou 10 unidades do M777?
      O batalhão de artilharia da FFE consta apenas com 1 bia morteiros 120 e outras 3 bia L-118.

  4. Ok, Marcelo Andrade existem planos e todo mundo sabe disso, agora ficar esperando que o congresso aprove as verbas de intereces das nossas F.A., ai é a mesma coisa que a “Espera de um Milagre”, porque esses caras só estão preocupados c/ o bolso deles e ñ c/ o pais ou segurança nossa.
    Outra coisa que precisa mudar nesse pais, é a continuidade dos projetos (responsabilidade) e criar novos investimentos (estudos sérios), e ai que entra o Gov. Federal.

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