Por Arlindo Bastos de Miranda Neto
Existem sim alternativas para o sistema carcerário brasileiro, sendo muitas delas previstas na própria legislação, o que falta é o comprometimento do poder público para coloca-las em práticas e de criar soluções realmente efetivas, mas uma experiência desenvolvida Bahia pode ser uma alternativa viável para reinserção dos apenados, após o cumprimento de suas penas, em nossa sociedade e impedindo que ele retorne a criminalidade.
A educação é um agente transformador importante, e através dela, são criadas iniciativas para a reinserção social de pessoas privadas de liberdade. Estas ações são alicerçadas, através de parcerias com Instituições de Ensino, públicas ou privadas. Desta forma, e com um caráter inovador, a Secretaria de Administração Penitenciaria e Ressocialização (SEAP), Superintendência de Ressocialização Sustentável (SRS) e a empresa Socializa Brasil, que atuam no sistema de cogestão administrativa do Conjunto Penal de Lauro de Freitas (CPLF), localizado na Região Metropolitana de Salvador (BA). Estes três órgãos, em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI), programaram para início no dia 26 de outubro, com 100 vagas cursos de Auxiliar Administrativo e de Operação Logística a distância (EAD), ofertados no CPLF aos sentenciados do regime semiaberto.
O Diretor da Unidade Archimedes Benicio, explica que a parceria com SENAI, será inovadora, pois será a primeira Unidade do Estado, com cursos profissionalizantes do tipo EAD. Ele informa ainda que salas de aula, receberam os insumos para os cursos, contando com o apoio das equipes do Serviços Social e Pedagógico do Complexo, fortalecendo assim, o trabalho de ressocialização, que a Unidade vem desenvolvendo com a sua equipe técnica.
A abordagem metodológica é voltada para a educação profissional dos reeducando do Sistema Penitenciário baiano, devendo considerar diversos aspectos pedagógicos peculiares, e reforçar através da conscientização dos discentes, a responsabilidade e disciplina que servirão tanto para os cursos, como para a devida ressocialização, com a inclusão exitosa na Sociedade.
Uma resposta
Tomara que comecemos a dar atenção ao que acontece com os presidiários dentro da cadeia, não adianta só jogar o cara lá dentro e esquecer que ele existe, tem que tentar recuperar.