Rafael Spike vence a concorrência do Exército Brasileiro

A Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) publicou hoje, dia 30 de novembro, que a proposta da empresa israelense Rafael Advanced Defense Systems Ltd foi a escolhida na cotação internacional (“request for quotation” – RFQ) 00125/2021-COLOG para a aquisição de mísseis anticarro (“anti-tank guided missile”– ATGM) para o Exército Brasileiro.

A proposta engloba o fornecimento de 100 unidades do míssil Spike LR, dez lançadores, simuladores, suporte logístico integrado e treinamento, a um custo de US $ 19.023.200,00.

O Spike LR (Long Range) é um míssil de 5ª geração, com guiagem eletro-óptica, que pode ser lançado por um soldado de infantaria ou veículos (multiplataforma), podendo ser integrado a sistemas de armas remotamente controlados (SARC), e que está em uso em diversos países.

Características técnicas

  • Alcance máximo: 5.000 m;
  • Capacidade de penetração em blindagem: 700 mm de aço balístico homogêneo (RHA);
  • Peso do míssil: 14 kg;
  • Peso de combate (com lançador): 45 kg.

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Comentários

33 respostas

  1. Excelente escolha do EB e parabéns Bastos pela notícia em primeira mão!
    Agora resta a dúvida: serão lançados por soldados ou integrados a uma SARC/Torre? Eu chutaria na segunda opção…

  2. Excelente compra. Uma dúvida, isso significa que o Míssil Anticarro MSS 1.2 AC não vai ser adquirido pelo EB?

    1. Marcelo, o alcance de 4 Km está nos requisitos do RFQ como mínimo. A ultima versão do LR chega a 5 km.
      Uma questão a ser entendida, esta compra é para ser utilizada pela por fuzileiros, provavelmente das tropas blindadas, mecanizadas e Pqdt.
      Caso a VBR Cascavel realmente adote um ATGM, o Spike passa a ser um dos favoritos, porem poderia ser de outra versão (ou não, pois não posso afirmar algo que ainda não foi definido 😉 )

      1. Obrigado pela resposta Paulo ! De verdade espero que esta compra inicial ajude a desenvolver a doutrina de emprego de armas AT no EB .

    1. O MSS 1.2 AC ja esta quase 20 anos defasado tecnologicamente, ele usa guiamento a laser e um perfil de voou retorno, características essas que hoje ja forma totalmente superadas por sistema de defesa pra os veículos. Tinta anti laser e sistemas de defesa hunter-killer acabariam por torna ele inútil, porém não deveríamos perder a experiência do desenvolvimento e partimos para uma nova etapa e atualizar ele para o século 21 e criar um novo míssil. POREM!!! o EB mal tem verba para adquiri imagina para desenvolver….míssil anti carro nacional ficou so em sonho.

      1. Kornet é laser tambem. Nao tem nada de defasado nisso. O que falta pro projeto brasileiro é so uma cabeça de guerra dupla.

    2. Foi adquirido um lote piloto e pelo que soube tinha 3 lançadores e 60 misseis. E pelo menos um deles está em uso no esquadrão de cavalaria da brigada pqdt e foi usado em exercicios ano passado. Tem fotos.

  3. Melhor escolha. E se o cascavel modernizado for adiante será este tambem.
    Mas o cfn ira adquirir o javelin no pro ad sumus por pura birra e copismo. Muito mais caro. Anotem

      1. Alfa preço interno é muito memor que o de exportação. O javelin e o MMP são os mais caros do mercado. Mas mesmo assim ainda que se considere o preço interno do javelin e o de exportação do spike estamos adquirindo 10 lancadores e 100 misseis. Vai ficar abaixo do preço interno do javelin. So o CLU dele custa 200.000 pro US Army fora o missil.

      2. Alfa a titulo de comparação achei uma venda de outubro de 2019 pra Ucrânia de 10 CLU e 150 javelins por 39, 2 milhões de dólares.

        1. Na verdade o valor dos 100 mísseis é de US $ 12.771.000,00, o que faz cada míssil sair por US $ 127.710,00, o restante refere-se aos 10 lançadores (US $ 270.000,00, cada), simuladores, SLI e treinamento.

    1. O Javelin já não está ficando ultrapassado? Tem certas coisas que é puro bairrismo infelizmente. Acho que o MD tinha que ser mais incisivo nesta questão de cada um compra o que quer.

      1. Johan compra conjunta barateia preço de aquisição e cadeia logistica. Barateia treinamento de operadores e pessoal de manutenção. E a diferença nao é pouca.
        Por outro lado, alguns itens criticos é bom ter ao menos a capacidade de produção interna ainda que seja caro e não tenha escala porque podem ser cruciais e sofrer embargo. O exemplo do exocet em 1982 é emblematico.

        1. Exatamente, poderia ser feita uma compra a nível MD para as duas forças, daria maior facilidade na logística e poderia conseguir melhores preços.

  4. Paulo

    Bom dia.
    Parabens pela competência jornalística.
    Ótima notícia.
    Produto no estado da arte.
    Infelizmente, no Brasil, o desenvolvimento de produtos de defesa, em regra, não é concluído.
    Exemplo disso é o vant falcão, que, segundo publicação da revista fapesp de janeiro de 2021, “após consumir 85 milhoes de reais foi cancelado”.
    Israel é um parceiro confiável, a Índia confirma isso.

  5. Nada contra, mas e os 30 anos de pesquisa e dinheiro público pro ralo,até hoje o eb tem contrato com a siatt! A bid os empregos e tecnologia desenvolvida? Falta de planejamento, coisa de amadores ! Pra mim coisa pra investigação do MP!

    1. Imagina se tivesse algo contra. Aqui no Brasil é tudo travado justamente porque sempre tem alguém querendo travar. Foi uma licitação internacional e está no texto.
      O MSS1.2 não tem capacidade de romper uma blindagem moderna, é de curto alcance e a guiagem a laser tem suas limitações e está em desuso. Se fosse atualizar tudo isso, simplesmente seria um míssil novo o que demoraria vários anos e o EB tem que recuperar o tempo perdido.

  6. Bastos, parabéns pela primeira mão na informação e uma pergunta, esta compra tbm engloba o uso/integração nos Fennec’s mediante a concorrência cuja matéria consta da revista T&D num.160 ???

    1. Obrigado pelas palavras meu amigo.
      Ainda não tenho essa informação, todavia esta aquisição parece ser a primeira etapa de um processo maior, que envolve os helicópteros e viaturas blindadas.
      Aguarde mais informações em T&D 😉

      1. Excelente ponto !! O uso do Spike em helicópteros do EB sim seriam um diferencial tatico importante .

  7. Muito bom Paulo! Enfim um armamento moderno anti carro nas fileiras do EB.
    Poderia fazer uma reportagem falando mais das características do míssil?

  8. Boa escolha do Eb um míssil ja testando em combate e com um projeto consagrado no mercado. Agora temos um míssil que pode lidar com qualquer blindado sul-americano como os venezuelanos os chilenos os argentinos e etc. kkkk Bricadeiras a partir boa matéria Paulo Bastos como sempre notícia de qualidade e aqui.

  9. Excelente aquisição. Esperro que seja também empregado no Cascavel atualizado e nos Fennecs / Panteras.

  10. Serão 10 lançadores? Presumo que serão só para armar os Pelotões anticarro dos Batalhões de Infantaria? Esse número dá para uns 2 Batalhões?

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