Radar SENTIR M20, o vigia de nossas fronteiras

Entre os dias 8 e 12 de março, o 10° Regimento de Cavalaria mecanizado (10º RC Mec), o “Regimento Antonio João”, aquartelado na cidade de Bela Vista (MS), ministrou o estágio da guarnição do sistema radar de vigilância terrestre – transportável e optrônicos, para seus militares.

O estágio contou com instruções teóricas e práticas, realizadas no terreno, durante o manuseio do equipamento e teve como principal finalidade prosseguir na capacitação dos recursos humanos dos produtos que integram o projeto-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).

O estágio de guarnição no 10º RC Mec (imagens via CMO) 

O radar

O SENTIR M20 é um radar de vigilância terrestre, portátil, capaz de detectar e acompanhar o deslocamento de alvos terrestres, como um homem rastejando até 1 km,  caminhando até 10 km e veículos a mais de 30 km, realizando a classificação automática e o rastreamento de até 100 alvos simultâneos em terra ou baixa altitude. Implementado para o Programa Estratégico do Exército (Prg EE) SISFRON, ele permite o acesso e controle remoto dos dados através dos centros de comando e controle.

É fabricado pelas empresas brasileiras Savis e Bradar, pertencentes ao Grupo Embraer, foi desenvolvido em parceria com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), e possui tecnologia SAR (“synthetic aperture radar”), em português radar de abertura sintética, que permite a criação de imagens de objetos e funciona através de ondas eletromagnéticas, sendo que ele mesmo gera e irradia energia para o ambiente externo quando capta uma parcela do que é retratado pelo alvo, sendo assim, classificado como um sensor ativo.

Atua em qualquer condição climática, pois, o comprimento da onda que gera é capaz de ultrapassar as nuvens, sendo assim, promissor em climas tropicais, características importantes se comparadas aos outros métodos de sensoriamento. Além disso, o radar possui um sistema para guerra eletrônica, onde consegue evitar ataques a sua programação.

Suas principais características são:

  • Modo de operação: Banda X;
  • Peso: 60 kg;
  • Alcance máximo: > 30 km para viatura pesada ou carro de combate, 20 km para viatura leve e helicóptero a baixa altura e 10 km para tropa a pé;
  • Rotação de varredura: 15 rpm;
  • Resolução de alcance: 3 a 48 m;
  • Resolução de azimute: 4,8°.
Imagem CTEx

Com informações do Comando Militar do Oeste e CTEx

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Comentários

9 respostas

  1. Sou fã da linha de radares da Bradar.

    Acho que este sistema deveria ser orgânico a todos os batalhões do EB como meio de proteção às tropas terrestres bem como TB deveria ser implementados junto a todas as bases terrestres, aéreas e navais de nossas forças justamente pelo mesmo motivo. Proteção.
    Em parceria a ele sistemas hawk Avibras e Orbis da Santos Lab, para detecção e sistema de artilharia de curto alcance.

    Enfim..

    1. Tenho uma dúvida, est sistema poderia ser navalizado para proteção contra embarcações pequenas e rápidas ? Ou para acompanhar mísseis Sea skimming ?

  2. Uma versão veicular deste radar com um link de dados Link-BR2 e rádios RDS nacionais daria uma nova capacidade a inteligência, reconhecimento brasileira.
    Imagino um Guarani com radar destes, transmitindo as informações para outros Guaranis 8×8 com mísseis, Drones, aviação de ataque, Atros 2020 etc.
    Seria a guerra centrada em redes nacional.
    Um incremento sem igual ao EB.

    1. Agora imagina se essa viatura fosse um remotamente controlado? só transmitindo dados em rede, sem por em risco a tripulação.

  3. Radares como esse evitariam eventos como do Rio Traíra, conferindo aos destacamentos de fronteira condiçoes de preparo e vigilância excelentes

  4. Visitei a SAVIS, em Campinas e me mostraram este radar em testes, isso foi em 2013, quando participavamos como subcontrados na primeira fase do Sisfron.

  5. Olá Bastos, saudações!

    Procurei em diversos lugares mas não encontrei… você tem alguma estimativa de preço de cada conjunto de radar M20 ? $$$

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