O novo ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que os projetos estratégicos das Forças Armadas são indutores de desenvolvimento, considerando as áreas de indústria, tecnologia e recursos humanos.
“Muitas vezes [o projeto] se inicia pelo campo da defesa, mas transborda para outros campos e assim contribui para o progresso do Brasil”, disse durante discurso ontem por ocasião da cerimônia de posse realizada no Clube de Aeronáutica, em Brasília (DF).
Jungmann substitui Aldo Rebelo, que esteve à frente da pasta nos últimos oito meses. A cerimônia contou com presença dos comandantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e dos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao dar as boas-vindas em nome dos comandantes das Forças Armadas, o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato destacou que o ministério da Defesa é mais um instrumento de consolidação democrática, ao estabelecer normas e práticas que institucionalizaram a condução das Forças Armadas, que seguem uma única política em ambiente de coordenação e integração de meios e esforços.
O oficial-general também mencionou a atuação do ex-ministro Aldo Rebelo que soube trazer a problemática da Defesa à sociedade e lembrou os índices de confiança que as Forças Armadas têm diante da população brasileira. “Continuaremos a insistir na necessidade de termos Forças [Armadas] mais bem equipadas, confiantes e confiáveis”, disse Rossato.
Currículo
Raul Jungmann, 64 anos, nasceu em Recife (PE). Está no seu terceiro mandato como deputado federal ocupando o cargo de 2003 a 2011, tendo voltado como suplente em 2015.
Foi vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (2009/2010) e presidente da Frente Parlamentar da Defesa Nacional (2008/2010). Também ocupou o de secretário de Planejamento de Pernambuco, ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Foi secretário-executivo do Ministério do Planejamento em 1993 e 1994, e possui condecorações militares, como as Medalhas Pacificador, Almirante Tamandaré e Santos-Dumont.
Ivan Plavetz