Programa VCBR – Assinada a carta de intenções para aquisição do Guarani

No dia de hoje, 23 de janeiro, no inicio da tarde, o ministro da Defesa da Argentina, Jorge Taiana, e o ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, Mauro Vieira, assinaram uma carta de intenções para promover negociações contratuais, entre o Exército Argentino (EA) e a empresa IDV, visando a aquisição de 156 viaturas blindadas de transporte de pessoal – médio sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani.

Das 156 unidades demandadas, 120 seriam para transporte de tropas (VCBR-TP), equipadas com o sistema de armas remotamente controladas (SARC) REMAX 4; 27 viaturas de combate de infantaria (VCBR-CI), equipadas com SARC UT30BR2; e nove viaturas posto de comando (VCBR-PC). Os SARC seriam fornecidos pela empresa ARES Aeroespacial e Defesa.

O Guarani é um blindado desenvolvido de acordo com os requisitos do Exército Brasileiro (EB), o proprietário intelectual do projeto, para atender as demandas de suas forças mecanizadas. É fabricado na unidade de Sete Lagoas (MG) da IDV.

Esta compra faz parte do programa VCBR (Vehículos de Combate Blindados a Ruedas) do Exército Argentino, que prevê a produção de diversos de seus componentes, como os motores, na fábrica da Iveco na província de Córdoba, e representa um marco para os governos dos dois países.

Entre os meses de maio e abril de 2021, o EB cedeu, por empréstimo de 30 dias, uma VBTP 6X6 Guarani, pertencente ao 5º Regimento de Cavalaria Mecanizado (5º RC Mec), à Argentina para a realização de avaliações, que influenciaram na escolha do veículo brasileiro. O inicio para a ida deste envio ocorreu após conversas entre o comandante do EB, o general de Exército Edson Leal Pujol, e o comandante do EA, no inicio de 2020.

VBTP Guarani em testes na Argentina

 

Acompanhe os testes na Argentina

Guarani enviado à Argentina
Guarani na Argentina
Guarani é apresentado oficialmente na Argentina
Guarani na Argentina – Termina a primeira fase de testes
Guarani na Argentina – vídeo da primeira fase de testes
Guarani na Argentina – Embarque em Hercules encerra os testes
Guarani retorna da Argentina, missão cumprida

 

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Respostas de 32

  1. Eu li certo UT30BR2 ? oxe mas nem o EB tem a BR1 operando em pleno funcionamento, parabéns ARES vcs não perdem tempo mesmo, por isso essa empresa e um destaque em tudo que faz.

  2. Boa tarde Senhores camaradas do Tecnodefesa.

    Antes de dizer: ” Uau, que excelente notícia”… me preocupa como a Argentina dará garantias de pagamento (os caras tiveram inflação de 90%). Será que pagarão com vinho, carne e azeite?

    Sgt Moreno
    (CM)

    1. Conforme site BNDES Argentina está pagando direitinho, sendo nosso terceiro maior parceiro comercial. Exportação armamento e boa, tem muito valor agregado. Espero que venda externa deslancha com atuação forte governo brasileiro exterior. Astros, C390, tucano , imóvel ia2, munição chá, Torres ute…..

    1. A UT30BR2 é a UT30BR com as atualizações tecnológicas apresentadas pela ARES.
      Aguardem, para breve, matéria completa sobre este sistema de armas.

  3. Interessante. Por mais que não paguem, ou atrasem, o que pode acontecer, ainda assim evitamos que o vizinho mais importante se enforque com chineses ou americanos, o que certamente seria paga com bases navais ou algo parecido. Falando em geopolítica, isso é o que mais conta.

  4. O maior problema é o pagamento pelo governo argentino. Desde que a garantia não seja o BNDES e o calote seja pago por nós com aumento de impostos ou retirada de Áreas essências do Brasil, tudo bem.

  5. Excelente notícia, mas compartilho a preocupação de muitos sobre o pagamento. Já levamos um calote enorme do Iraque no passado. Que não aconteça de novo.

  6. Será interessante se essa UT30BR2 tiver um perfil mais baixo se comparado à primeira versão, algo como a UT30Mk2. Inclusive a torre da Elbit está no portfólio da Ares e comporta inclusão de ATGM. Já pensou se os ARG integrassem os HERO à UT30? Teriam um IFV de respeito.

  7. Paulo, vi que a Argentina pretende pagar a venda através do “Fondo Nacional de Defesa” da “Lei Nacional nº 27.565”, será que é possível nos aprofundarmos mais nessa lei ?

  8. Na Verdade o moto Cursor 9 da em Sete Lagoas em minas gerais junto com boa parte do Guarani e temos uma planta industrial da Iveco no Brasil e que fábrica motores e chassis de caminhãos e etc, Então não faria sentido o EB deixa essas partes tão cruciais sendo fábricadas em outro país pois isso diminuiria a logística do Guarani no país

  9. Se blindados chineses e aviões sino_paquistaneses eram beeeem baratos eles não compraram pois não tinham verba e nem nome na praça para a compra como vcs acham que vai ser pago esses blindados, e quem…..pois é a única janela que eles tem para ter algo e não pagar sem ter problemas de retaliação….

    1. Eles compraram NaPaOcs da França.
      12 Aviões sino-paquistaneses certamente são muito mais caros do 156 Guaranis.
      Outrossim, talvez os Guaranis sejam mais baratos que os blindados 8×8 chineses ou, se mais caros, não é uma diferença grande e que é compensada pela produção local de componentes.

      1. os Napoc da França estão como?em que estágio,qtos entregues,os aviões eram baratos em comparação aos concorrentes possíveis no mercado,mas que pagassem, mas nem dinheiro ,nem financiamento e nem acordos não conseguiram,(nem com o $ da China),só quem pode levar o calote será o Brasil via BNDES….talvez paguem agora com bola de futebol…..os caras não tem nem caças de superioridade mais,há muuiitttooo tempo…..vai sobrar pra nós.

        1. Compraram 4 (um usado e 3 novos), com pelo menos 3 entregues. A última notícia do quarto navio que u vi estava sendo finalizado na França. Não sei se já foi.
          Para os franceses estarem entregando devem estar recebendo, né?
          Se você pesquisar no site do BNDES, verá que o governo argentino já fez diversos empréstimos e sempre pagou em dia, inclusive quando comprou 20 aeronaves da Embraer.
          Quem deu calote foi Cuba, Moçambique e Venezuela.
          Outrossim, quem garante que a Argentina realmente quis comprar o caça sino-paquistanês? Quem disse que essa é a maior prioridade militar deles? NaPaOcs e blindados me parecem mais necessários.
          Pode ser que a Argentina dê calote no Brasil? Pode. Mas isso não é certo e talvez não seja nem provável, já que ela vai querer emprestar dinheiro futuramente.

          1. “Compraram 4 (um usado e 3 novos), com pelo menos 3 entregues. A última notícia do quarto navio que u vi estava sendo finalizado na França. Não sei se já foi.”

            Todos já foram entregues e estão operacionais.
            http://tecnodefesa.com.br/armada-argentina-completa-sua-frota-de-patrulheiros-oceanicos/

            “Para os franceses estarem entregando devem estar recebendo, né?”
            A Argentina está cumprindo todas as suas obrigações com o Naval Group e também com a Leonardo, pois ela pagou pro todo o projeto de integração do Marlin WS.

      2. O Banco Central argentino, em todas as moedas, se restringe a apenas USD 33bi.Isso é baixíssimo, é 10 vezes menor que a do Brasil. É apenas 3 vezes maior que o estimado para a Venezuela. França faz arresto em caso inadimplência. Já a China financia para a Argentina porque ela está comprando esse país. Em 6 meses de inadimplência de pagamento das nossas exportações para lá a empresa exportadora poderá acionar a cobertura do fundo garantidor. Qual será o fundo garantidor? Um fundo soberano nacional do Tesouro Nacional…

      3. A Argentina tem problema em disponibilidade de dólares , contando FMI para garantir esta disponibilidade. Brasil era assim até plano real e criação reservas de mais de usd 350 bilhões que garantem a liquidez de nossas importacoes/exportações.

  10. Conforme site BNDES Argentina está pagando direitinho, sendo nosso terceiro maior parceiro comercial. Exportação armamento e boa, tem muito valor agregado. Espero que venda externa deslancha com atuação forte governo brasileiro exterior. Astros, C390, tucano , imóvel ia2, munição chá, Torres ute…..

  11. Caro Paulo Bastos, parabéns por suas reportagens e compartilhamento de seu conhecimento. Não seria viável uma versão Guarani com torre de 105 mm com capacidade de tiro direto e elevação para tiro bálistico, visto a mobilidade da mesma, valor em torno de usd 700 mil e as mesmas serem produzidas aqui?! Teria a mesmo emprego do edital compra centauro ( apoio infantaria ) com menor custo, sendo viável a compra de mais unidades com vantagem tiro balistico. O Centauro e um caça tanque com canhão 120 mm, necessário , porem com valor muito alto.

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