Primeiro tiro digital de artilharia do Exército Brasileiro

No dia 8 de julho foi realizado no Campo de Instrução de Santa Maria (CISM), no Rio Grande do Sul, o primeiro tiro digital da Artilharia, com o acionamento das peças por intermédio do terminal do Comandante da Linha de Fogo (CLF) do Sistema Gênesis, do Exército Brasileiro (EB).

O tiro foi realizado durante a “Operação Marechal José Pessôa”, um exercício de adestramento conduzido pela 3ª Divisão do Exército (3ª DE), a Divisão Encouraçada, entre os dias 28 de junho e 9 de julho, e teve seu acionamento realizado pelo comandante do EB, general-de-exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Durante o evento foi realizado o apronto operacional da Força Sul (FORSUL).

Aprestamento da FORSUL da 3ª DE, tropa de primeira resposta responsável pela defesa da fronteira sul do País, ao comandante do EB (Imagem: Com Soc AD/3)

O teste de integração do Sistema Gênesis ao obuseiro autopropulsado M109A5+BR, que possibilitou o disparo digital, foi coordenado pela Artilharia Divisionária da 3ª Divisão de Exército (AD/3), Artilharia Divisionária Brigadeiro Gurjão, de Cruz Alta (RS).

Durante os testes, a 3ª DE planejou diversas atividades a serem executadas pela AD/3, brigadas e Brigadas e organizações militares diretamente subordinadas (OMDS), dentre elas cabe destacar:

  • Adestramento do 29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (29º GAC AP), Grupo Humaitá, no Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF) do Centro de Adestramento Sul (CA-SUL;
  • Demonstração do projeto de modernização do M109A5 para o comandante do EB e comitiva;
  • Intensificação de fogos, com controle operacional do 3º GAC AP, o Regimento Mallet, e do 19º Grupo de Artilharia de Campanha (19° GAC), Grupo Barão de Batovy, com os 27º GAC e o 29° GAC AP, além dos pelotões de morteiro pesado (Pel Mrt P) das 1ª e 2ª Brigadas de Cavalaria Mecanizada em apoio a uma Força Tarefa Subunidade Blindada. A rajada inicial foi realizada em uma missão HNA (“hora no alvo”), precedida da entrada em posição da bateria do Regimento Mallet, com seus M109A5+BR.

O Sistema Gênesis de coordenação e direção de tiro, desenvolvido pelos engenheiros da Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica (FMCE), da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), é um sistema computadorizado nível brigada, que objetiva substituir os métodos tradicionais, de forma a atender às necessidades de apoio de fogo das armas de Infantaria, Cavalaria e Artilharia.

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