O míssil Piorun, produzido pela polonesa Mesko, atingiu a marca de 3.000 unidades produzidas.
Na ultima quarta-feira, dia 12 de fevereiro, na sede da Mesko SA, que faz parte do grupo polonês PGZ, foi realizada uma coletiva de imprensa para marcar a produção do exemplar 3.000 do míssil antiaéreo portátil Piorun.
Atualmente, o sistema é operado não apenas pelas Forças Armadas Polonesas, mas também por vários países ao redor do mundo, com a Mesko continuando a trabalhar na produção e desenvolvimento de sistemas de mísseis, a fim de fortalecer sua posição como fornecedora de armamentos modernos para o Exército Polonês e parceiros estrangeiros. Além disso, a empresa está realizando um trabalho avançado na criação de novas gerações com o Piorun NG e Grzmot, que oferecerão capacidades de combate e alcance aprimorados em comparação aos modelos atuais.
O Piorun (Raio, em português) é um sistema portátil de defesa antiaérea de curto alcance e baixa altitude (“Man-Portable Air-Defense Systems” – MANPADS), desenvolvido para neutralizar diversas ameaças aéreas, proporcionando ao operador uso eficaz mesmo à noite e sua eficácia, confiabilidade e qualidade de fabricação foram demonstradas durante o uso operacional na Ucrânia, quando ganhou reconhecimento internacional devido ao alto número de abates contra aeronaves, veículos aéreos não tripulados (drones), munições vagantes e mísseis de cruzeiro russos. Durante a cerimônia, Paweł Bejda, vice-ministro da Defesa Nacional Polonesa, lembrou que foram os Pioruns que abateram os primeiros helicópteros russos que atacaram a Ucrânia.
O míssil utiliza um novo mecanismo de gatilho que permite, entre outras coisas, a seleção do modo de perseguição e impacto, tipo de alvo, condições climáticas, realização de identificação amigo/inimigo (IFF) e tem a capacidade de solicitar uma chave de autorização do operador, o que aumenta a segurança de seu uso.
Sua ogiva é do tipo alto explosivo de fragmentação (Frag-HE) e está equipado com um fusível ajustável equipado com um sensor de proximidade que permite atingir o alvo caso ele passe perto, como alternativa ao impacto direto, podendo receber miras adicionais diurna e térmica noturna
O míssil, completo com lançador, pesa 16,5 kg, voa a uma velocidade de mais de 550 metros por segundo, pode atingir alvos voando em altitudes entre 10 e 4.000 metros, com um alcance entre 400 e 6.500 metros.
Na Europa, além da Ucrânia e da Polônia, o Piorun está em serviço na Noruega, nos Países Bálticos, na Eslováquia e na Moldávia e também foi vendido para a Geórgia.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
- Alcance operacional: de 400 a 6.500 m;
- Faixa de altitude: de 10 a 4.000 m;
- Velocidade: 560 m/s;
- Ogiva: Frag-HE com espoleta de proximidade;
- Motor: propelente sólido;
- Peso total do sistema: 19,5 kg.
A FAB VAI SUBSTITUIR SEUS IGLAS
No inicio de fevereiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou o inicio de um “processo de levantamento de informações para a realização de um estudo de viabilidade com o objetivo de substituir futuramente o subsistema de armas atualmente empregado pelos Grupos de Defesa Antiaérea”. O levantamento está sendo realizado por meio de uma resposta a um pedido de informações (“request for information” – RFI), enviado ao mercado para identificar fornecedores interessados em atender aos requisitos do projeto.
Atualmente a FAB utiliza os mísseis antiaéreos portáteis (Msl AAe Ptt) 9K38 Igla (conhecido na OTAN como SA-18 Grouse) e 9K338 Igla-S (SA-24 Grinch), ambos de fabricação russa e já no final de sua vida útil, e o sistema polonês surge como uma alternativa.

Respostas de 3
Bom dia!
Um forte candidato para o RFI da FAB.
Se o MD fosse mais sério , poderiam ter um único sistemas para as 3 forças ! Acredito que o melhor candidato seria o RBS 70NG
acredito que são armamentos m pouco diferentes, o igla ou o piorun, é extremamente portátil e mais ágil no quesito mobilidade, o RBS 70 precisa de seu suporte para o lançamento, acredito que eles se completam, os dois devem ser adquiridos em mais quantidades