Santiago Rivas (*)
O governo do Panamá aprovou ontem, 11 de março, o orçamento para a compra de quatro Embraer EMB-314 Super Tucano e dois Airbus C295 para o Serviço Nacional Aeronaval (SENAN). Com isso, avançará na assinatura de um contrato com a Embraer no valor de 78,2 milhões de dólares, abrangendo quatro aeronaves e suporte logístico, além de outro contrato com a Airbus Defense and Space para a aquisição de dois aviões de transporte C295 por 109,2 milhões de dólares.
A compra dos Super Tucano representa um passo muito relevante para o Panamá, que não possui oficialmente uma Força Aérea desde 1989 e, ao longo de sua história, nunca teve nenhum tipo de avião de combate. Agora, o aumento da atividade de voos ilegais e da atuação de organizações criminosas levou o país a dar o primeiro passo para formar uma pequena frota de aeronaves de ataque.
Por sua vez, a Força Aérea Panamenha, substituída pelo SENAN, adquiriu em 1987 um CASA CN-235, que foi vendido em 1991 para uma empresa dos Estados Unidos. Posteriormente, em 2010, essa mesma aeronave foi adquirida pela Polícia Federal do México, onde atualmente opera com a matrícula PF-512. Com a chegada dos dois novos C295, o SENAN recuperará uma capacidade perdida há mais de 30 anos.
Atualmente, a frota do SENAN é composta principalmente por aviões leves e helicópteros, além de uma pequena frota de ENAER Pillán utilizada para treinamento.
(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina
