No final desse mês, o Exército Brasileiro (EB) deverá receber seu primeiro posto de tiro do sistema antiaéreo RBS 70 NG, composto por pedestal e aparelho de pontaria, e simuladores, referente ao contrato assinado em 2018, do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (Prg EE DAAe).
Entre 9 e 11 de junho, oficiais do EB realizaram o teste de aceitação em fábrica (“factory acceptance test” – FAT), do primeiro conjunto, nas instalações da empresa SAAB Dynamics, em Karlskoga, Suécia, com objetivo verificar as condições dos sistemas e materiais de emprego militar (SMEM) adquiridos, a fim de possibilitar o transporte para o Brasil.
O RBS 70 NG é a nova geração do sistema de defesa antiaérea de baixa altura utilizado pelo EB desde 2014, possui capacidade de acompanhamento automático do alvo (“auto tracking”), resultando em uma maior probabilidade acerto e menor tempo de treinamento do operador, apesar da taxa de acerto da versão anterior no EB seja de 100%.
Com alcance de 7 km, otimizado para 8 km quando lançado pelo NG, o míssil Mk.2 pode atingir alvos a quatro mil metros de altitude, em uma velocidade de Mach 2 (cerca de 2.500 km/h) e mantendo seu guiamento por feixe de laser, que impossibilita qualquer tipo interferência de contramedidas eletrônicas.
O novo sistema pode ser operado remotamente, cumprindo missão de defesa antiaérea estática, bem como empregado contra alvos terrestres com blindagem leve, pelo fato de sua ogiva, além de ser de fragmentação, ser do tipo HEAT (“high-explosive anti-tank”).
Com informações do EB e SAAB
Respostas de 11
Bateria anti aérea de médio alcance que é bom nada né só essa portátil aí rbs 70 e iglas
Aí é que você se engana. O Exército já está em estudo de bateria anti aérea para o Brasil. Isso leva tempo.
Esse estudo era pra ter acontecido, pelo menos, uma decada.
Perfeito Welington e para ciência do amigo Felipe, existe uma comissão (acredito que inédita em se falando de armamento-escolha), composta por militares das três FFAA para denominarem os requisitos que comporão as especificações da futura defesa AAer, que será comum às três armas! Vamos ver se assim minoram os problemas com orçamento insuficiente este ano, ou ano que vem!
O Felipe não deixa de ter razão, já que o prazo do grupo de estudos era de 6 meses, se não me engano, e isso já tem mais de 1 ano!
Quando não se tem verba para a aquisição de equipamentos militares, no Brasil denominamos estudos + estudos + projetos + bla bla blá…
Sr. Paulo, não relacionado à este assunto, mas gostaria de sanar uma dúvida, de notícia no site do EB: Alegrete (RS) – O 6º Regimento de Cavalaria Blindado recebeu duas viaturas blindadas de combate (VBC CC) Leopard 1 A5 BR nos dias 8, 9 e 10 de junho. Viaturas de combate mais modernas do Exército Brasileiro, os veículos foram transferidos do 1º Regimento de Carros de Combate de Santa Maria (RS) e aumentarão a capacidade operativa do Regimento.
Foram cedidas apenas por empréstimo ao 6º RCB ?
Sim, os Leopard 1A5BR foram cedidos aos RCB por empréstimos, pois os centros logísticos dessas viaturas ficam nos RCC.
No caso do 6º RCB, ele recebeu quatro Leopard 1A5BR do 4º RCC em 2019, que foram substituídos por estes quatro do 1º RCC.
Obrigado, sr. Paulo.
Algo que passa desapercebido é que o alcance e teto deste míssil equivale a sistemas antigos muito maiores como o Roland, Cotrale e Rapier.
Estranho comprarem lançadores NG e não comprarem mísseis BOLIDE que tem altitude de engajamento maior que os Mk2 (5km X 4km). Mas vai entender o Brasil…