Uma imagem muito interessante, divulgada pela Força Aérea Brasileira (FAB), mostra um Embraer A-29 Super Tucano armado com cinco bombas BAFG-230, similar a Mk.82 norte-americana, na Ala 10 em Natal.
A aeronave pertence ao 2º/5º GAV “Esquadrão Joker”, unidade responsável pela formação dos pilotos de caça da FAB.
Ver um caça com armamentos em todos os pontos externos de fixação, no caso do A-29 dois sob cada asa e um ventral, não é algo comum. Mas pode acontecer em algumas situações, dependendo de alguns fatores.
Toda a missão de ataque é planejada com base numa série de dados sobre o alvo como dimensões, tipo, categoria e a carga de bombas necessárias para se atingir os danos desejados. Existem militares especializados nessa função, que é extremamente crítica para o sucesso dos objetivos.
Assim, definido esses parâmetros sobre o alvo e a quantidade de bombas necessárias, a missão é estruturada com o número de aeronaves envolvidas.
De forma geral, os aviões decolam de bases aéreas que estão relativamente distantes do alvo, sendo necessário o uso de tanques subalares para permitir o alcance da aeronave no trajeto de ida e volta, reduzindo assim os espaços para as bombas. Dessa forma, mais aviões serão necessários para levar a carga bélica necessária.
Um segundo cenário, porém, acontece quando uma pequena quantidade de aviões está deslocada num aeródromo improvisado, com pouca infraestrutura, mas perto a linha de contato do inimigo.
Neste caso, pela proximidade do alvo, as missões podem ser executadas sem a necessidade do uso de tanques de combustível externos, permitindo maior carga bélica por avião para o mesmo tipo de alvo.
Para o A-29A, monoplace, que conta maior capacidade interna de combustível, num voo LO-LO-LO, ou seja, a baixa altura na ida, no ataque e no regresso da missão, sua autonomia é de 2h20 e raio da missão é de aproximadamente 420km, considerando carga plena de BAFG-230.
Para o A-29B, biplace, cuja quantidade interna de combustível é menor por conta do assento do segundo piloto, a autonomia é de aproximadamente 1h40 e raio é de 272km para um voo LO-LO-LO e também com cinco bombas BAFG-230.
O Super Tucano é uma aeronave muito versátil graças a soma da experiência da FAB e a capacidade de fazer requisitos, e a indiscutível qualidade da indústria de defesa nacional. E não foi o único flagrado assim.
Outro produto de indiscutível qualidade da Embraer é o AMX A-1, cuja especialidade é o ataque ao solo e reconhecimento tático à baixíssima altura se necessário.
O AMX foi o primeiro e é o único avião da FAB que emprega operacionalmente bombas guiadas por laser. Além disso, possui excelente autonomia mesmo em missões LO-LO-LO, permitindo a instalação de elevada quantidade de carga externa sem prejudicar o alcance da missão. Ou, se necessário, o AMX é equipado com probe de reabastecimento em voo, projetando a sua capacidade estratégica.
Nesta imagem, a aeronave da Ala 4 em Santa Maria aparece com oito BAFG-230 também em cinco pontos externos de fixação. Em três deles são usados suportes duplos.
No 1º Grupo de Defesa Aérea em Anápolis, um Mirage 2000C, cuja frota foi desativada em dezembro de 2013, a configuração na imagem já é um pouco diferente. Aqui, o caça estava equipado com dois mísseis guiados por radar semiativo Matra Super 530F, para combate BVR, além do alcance visual, e dois Matra R.550 Magic 2, guiados por infravermelho e de curto alcance.
Respostas de 14
A-29 com bombas burras tudo bem… Mas agora, A-1? Lamentável.
AMX opera com bombs guiadas. Tanto as bombas guiadas quanto as convencionais possuem a sua importância num Teatro de Operações. Aqui tem uma foto interessante com o AMX armado com quatro Lizard: http://tecnodefesa.com.br/esquadroes-de-amx-a-1-comemoram-aniversario-na-ala-4-em-santa-maria/
A-29 com bombas burras tudo bem… Mas agora, A-1? Lamentável.
AMX opera com bombs guiadas. Tanto as bombas guiadas quanto as convencionais possuem a sua importância num Teatro de Operações. Aqui tem uma foto interessante com o AMX armado com quatro Lizard: http://tecnodefesa.com.br/esquadroes-de-amx-a-1-comemoram-aniversario-na-ala-4-em-santa-maria/
Um pouco de Sépia na foto e pareceria algo da Segunda Guerra.
Um pouco de Sépia na foto e pareceria algo da Segunda Guerra.
Faltou os mísseis ar-ar no AMX …
Concordo!
Faltou os mísseis ar-ar no AMX …
Concordo!
Morales,
Meus parabéns pelo excelente material e lindas fotos do “Predator nome proposto lá em 1999, na época do programa ALX da FAB”.
CM
Puxa! Essa eu não sabia!
Morales,
Meus parabéns pelo excelente material e lindas fotos do “Predator nome proposto lá em 1999, na época do programa ALX da FAB”.
CM
Puxa! Essa eu não sabia!