A 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira (18ª Bda Inf Fron) realizou a Operação Ricardo Franco, caracterizada como de amplo espectro, com ações de guerra e de não guerra.
Outra importante realização foi a sinergia com o Comando do 6° Distrito Naval (6º DN), que conduziu a “Operação Fronteira Sul”. Essas operações foram complementares e permitiram a interoperabilidade entre as duas Forças. Ambas se desenvolveram no ambiente fronteiriço da calha do Rio Paraguai, desde Corumbá até Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul (MS).
Diferentemente da “Operação Ágata”, cujo princípio era a atuação interagências para inibir ilícitos transfronteiriços, as últimas operações foram específicas para os grandes comandos envolvidos que executassem objetivos de adestramento do instrumento militar de guerra, objetivando certificar as capacidades e o nível de operacionalidade, tanto das forças do 6º DN, como das tropas da 18ª Bda Inf Fron.
Foram empregadas tropas e meios do Comando do 6° DN, sediado em Ladário (MS), e o envolvimento de cerca de 1.250 integrantes das organizações militares de Mato Grosso do Sul subordinadas à Brigada: 17º Batalhão de Fronteira (17º B Fron), Corumbá; 47º Batalhão de Infantaria (47º BI), Coxim; 2ª Companhia de Fronteira (2ª Cia Fron), Porto Murtinho; 3ª Companhia de Fronteira e Forte de Coimbra (3ª Cia Fron), Companhia de Comando da 18ª Bda Inf Fron e da 18ª Companhia de Comunicações de Fronteira, sediadas em Corumbá.
A área das operações na primeira fase concentrou-se no município de Corumbá e Ladário, com o emprego do 47º BI e da 3ª Cia Fron em ações de marcha para o combate, combate em ambiente urbano, operações aeromóveis, ações de menor vulto do cenário da guerra híbrida e na realização de uma ação cívico-social (ACISO) na região de Porto da Manga, em parceria com a Organização não Governamental Amigos do Coração.
A segunda fase foi desencadeada no município de Porto Murtinho, com a participação do 17º B Fron e da 2ª Cia Fron com a execução de uma operação de evacuação de não combatentes e operações aeromóveis, além de uma operação ribeirinha conjunta, com meios e pessoal da Marinha do Brasil, em que se destacou a marcha de combate fluvial, o desembarque em cabeça de praia ribeirinha, a ultrapassagem, a marcha para o combate e posterior junção com tropa figurada da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.
Destacaram-se durante a operação, o emprego de embarcações de patrulha, transporte e monitoramento, de dotação da Marinha do Brasil, e o emprego de meios do 3° Batalhão de Aviação do Exército (3º BAvEx), como Embarcações Patrulha de Grupo, Embarcações Patrulha de Esquadra, Embarcações Guardian e Forte de Coimbra e helicópteros, que ampliaram o poder de combate das tropas em operação.
Ivan Plavetz