Por Agência Marinha de Notícias
Conduzida pela Marinha do Brasil (MB), chegou ao fim nesta quarta-feira (19) a Operação “Poseidon” 2023. A missão reuniu cerca de 1.200 militares e seis aeronaves, em exercícios conjuntos entre as Forças Singulares, a bordo do navio-aeródromo multipropósito Atlântico (A-140), que foi realizado entre as cidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ). A Fragata União (F-45) também participou do treinamento.
Durante os três dias de operação, pilotos da MB, do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) se qualificaram em pousos e decolagens com helicópteros embarcados no navio. O aprimoramento da interoperabilidade entre as Forças foi atingido por meio do emprego conjunto desses meios. O capitão Moisés, do EB, qualificado pela primeira vez em pouso a bordo, ressaltou o treinamento para o emprego em situações reais. “É importante operar no navio Atlântico como forma de aumentar o nosso conhecimento, pois sabemos que em uma situação de conflito real podemos empregar o navio como plataforma de combate”.
Nos exercícios, foram utilizadas as aeronaves AH-11B Wild Lynx; UH-12 Esquilo; AH-15B Super Cougar (versão operacional) e UH-15 Super Cougar (versão básica), da Marinha; HM-4 Jaguar, do Exército; e H-36 Caracal, da Força Aérea. Para o capitão Fernandes, da FAB, a experiência adquirida com a Poseidon foi necessária para treinar técnicas que são oriundas da aviação naval. “É uma oportunidade ímpar participar dessa operação, pois com o navio conseguimos aumentar a nossa interoperabilidade e a projeção do poder militar das Forças Armadas brasileiras”.
Entre os exercícios, foram realizadas Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo; Fast Rope com destacamento de Operações Especiais; exercício de ameaça cibernética e evacuação aeromédica.
O comandante do Grupo-Tarefa, contra-almirante Nelson Leite, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, destacou que “os adestramentos possibilitam que a Marinha opere em conjunto com as demais Forças Singulares, expandindo as suas capacidades e áreas de atuação, ao permitir a realização de tarefas atinentes às operações de guerra naval, mas também atividades benignas, como: operações humanitárias ou de cooperação com a defesa civil, em locais cuja infraestrutura foi atingida por desastres naturais”.
Texto: Primeiro-Tenente (T) Taise da Silva Oliveira
Fotos: Marinha do Brasil
Respostas de 3
Que força-tarefa! O texto não esclarece.
Acho que está se referindo a “Grupo-Tarefa”, como está escrito no texto, correto?
Este é formado pelo navio-aeródromo multipropósito Atlântico, a fragata União e o helicópteros das OMs citadas no texto.
Destaque para a primeira foto imponente do navio. Se o Exército e a FAB tivessem helicópteros de ataque o Atlântico operaria como o próprio Ocean operava guarnecido por helicópteros Apache. O Comandos ou tropas paraquedistas do Exército podem formar com os fuzileiros um esquadrão de peso para assalto em terra seja transportados pelos Clanfs, pelos helicópteros ou pelas lanchas de desembarque fazendo do Atlântico um pesadelo para o inimigo.