Operação Amazônia 2020 – Exército emprega SARP militar pela primeira vez na Amazônia

Por Paulo Bastos, direto do Front

O 4° Destacamento de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (4º Dst IRVA) da Companhia de Precursores Pára-quedista (Cia Prec Pqdt), organização militar (OM) de operações especiais e reconhecimento especializado da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt), utilizou pela primeira vez na Amazônia, e com sucesso, um Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP), categoria 1, o Horus FT-100.

De acordo com o Capitão de Engenharia Orlando Cupolillo Bruno Morena, comandante do 4º Dst IRVA, “O SARP foi utilizado em apoio a Força Tarefa Velame (FT Velame), a força paraquedista na operação, composta em sua maioria pelo 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (27º BI Pqdt), para levantamento de dados da posição inimiga”.

O SARP Horus FT-100 é de lançamento manual (Foto Paulo Bastos)

No dia 8 de setembro, houve um voo de ensaio e, no dia 13, por volta das 10:00hs, ocorreu o primeiro voo operacional de um SARP militar na Amazônia, quando foi feito um sobrevoo sobre a região de infiltração dos precursores, seguido de outro na parte da tarde.

No dia 14, quando os precursores já se encontravam em “território inimigo”, e um dia antes do assalto aeroterrestre (paraquedista), foi feito um sobre sobrevoo na posição inimiga, a 4.000 pés de altitude e a 5 km da posição dos precursores, e essas informações foram transmitidas via internet satelital, criptografadas, para o Comando de Operações (COp) da FT Velame.

Para seu lançamento é utilizado um cabo elástico que é travado ao solo (Foto Paulo Bastos)

Esse sistema se mostrou uma ferramenta de importância fundamental no planejamento do assalto aeroterrestre da Bda Inf Pqdt.

Após a chegada ao solo da tropa e da consolidação do terreno, a equipe SARP estava junto ao Comando da FT Velame e foi planejado e realizado um sobrevoo das tropas inimigas, que ocorreu no dia 17, para dar consciência situacional antes do contato com as forças inimigas, executado pelo 1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista (1º Esqd C Pqdt) e as tropas de Infantaria de Selva, que partiram para a conquista da cidade de Novo Airão (AM).

Imagens do SARP em operação e localizando o “inimigo” (Fotos 27 BI Pqdt e 4º Dst IRVA)

 

Ao todo foram realizados quatro voos de reconhecimento e um de ensaio, durante a Operação Amazônia 2020, operados pelos Capitão Cupolillo,  1° Tenente de Cavalaria Eliziario Proença Leite Neto e 3° Sargento de material Bélico Daniel da Silva Baptista.

A Cia Prec Pqdt possui dois sistemas completos, que são compostos por uma Estação Controladora de Solo (ECS) e duas Aeronaves Remotamente Pilotada (ARP), e um desses sistemas foi utilizado na operação.

Parte de um sistema Horus FT-100, composto por um ECS e um ARP é apresentado a Tecnologia e Defesa (Foto Paulo Bastos)

Horus FT-100

O Horus FT-100 é um SARP categoria 1, com alcance de 9 a 12 km e autonomia de 1 a 2 hs, projetado pela FT Sistemas (Flight Tech), em parceria com Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e Instituto Militar de Engenharia (IME), para atender os tendendo aos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) 06/10 do Exército Brasileiro (EB). Teve seu desenvolvimento iniciado em 2005 e seu primeiro voo em 2011. É utilizado pelo EB, pela Marinha do Brasil (MB) e já foi exportado para um país africano.

Seu desenvolvimento foi financiado pela FINEP (Financiadora de Inovação e Pesquisa) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), cujo início do projeto começou em 2010 e que teve seu primeiro voo já no ano seguinte.

A FT Sistemas é uma empresa 100% nacional, fundada em 2005, que atua no desenvolvimento de sistemas aeronáuticos, dando suporte à produção de sistemas robóticos em projetos do Ministério da Defesa (MD), pioneira no desenvolvimento de SARPs e participa dos principais projetos de SARPs militares no País, consolidando sua posição de liderança e referência nesta área. Detentora de tecnologias próprias, a FT é uma Empresa Estratégica de Defesa, homologada pelo MD.

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Comentários

31 respostas

  1. Sugiro somente uma correção. Os Precussores da Bda Inf Pqdt, não tropa de operações especiais, assim sendo,não aptos a realizar o Reconhecimento Especial.

    1. Elias, por doutrina a Cia Prec Pqdt é uma tropa de operações especiais.
      Dentre suas funções estão:
      1- Reconhecer e operar Zonas de Lançamento (ZL) e Zonas de Polso para Helicópteros (ZPH),nas operações de Assalto Aeroterrestre da Bda Inf Pqdt;
      2- Reconhecer e operar ZPH em proveito de qualquer tropa helitransportada;
      3- Prestar auxílio à navegação aérea na Op Aet e Amv;
      4- Lançar, desembarcar, reorganizar e controlar a trota e o material no desembocar de uma Op Aet e/ou Amv;
      5- Após a conquista da C Pnt Ae, conduzir patrulhas de reconhecimento e de combate;
      6- Realizar levantamentos meteorológicos;
      7- Atuar com Guia Aéreo Avançado (GAA), conduzindo o tiro / bombardeio de uma aeronave caça.

      1. Boa tarde Paulo, sigo a página a bastante tempo e acompanho as suas publicações, sendo assim primeiramente parabéns pelo trabalho executado! Porém o senhor citou “doutrina” em seu texto, e acho que talvez esse tenha sido o único equívoco que acabou gerando tanta confusão, todas as missões acima citadas pelo senhor são de fato capacidades dos integrantes da Cia Prec Pqdt, e são missões que exigem altíssimo nível de treinamento e equipamentos diferenciados, porém não podemos afirmar que a doutrina correta, ou que a informação exata está em publicações de páginas da internet como o senhor referenciou, ou a documentação fornecida a candidatos ao curso como foi mencionado abaixo, é importante o compromisso da página com a documentação e publicações oficiais da instituição e sua atualização, e aqui reforço a utilização de termos corretos para definição das atividades e das tropas que desempenham tais trabalhos, quando falamos em “doutrina” devemos estar pautados principalmente nestas documentações, para não incorrer em equívocos ou relatos incorretos de alguns individuos.

  2. Paulo, entendi.
    Obrigado pelas as informações.
    Outra dúvida?
    Quais as referências bibliográficas que vc está utilizando?

      1. Lá está escrito que eles são tropa de operações especiais? Ou foi alguém no exercício que relatou ao senhor? Hoje o exército não os reconhece como tropa de opesp. Justamente por isso estão fazendo um simpósio para mudar isso. O US army possui várias tropas de operações especiais, Rangers, SF e Deltas. Adivinha quem não são? Pathfinders. Estão forçando a barra com medo de serem extintos. Querer não eh poder.

        1. Memento, sim, quem me disse foi o comandante da 4º Dst IRVA.
          Eles são as tropas de Operações Especiais da Bda Inf Pqdt.

  3. Sou piloto de aeromodelismo e fiquei curioso do por que dessa correção solicitada pelo “Elias”! fiz uma pesquisa rápida no google e no youtube. Cara eu não conhecia os PRECURSORES! O elemento PRECURSOR, é a arma mais completa do Exército Brasileiro! Pois é a única tropa que infiltra em qualquer terreno por qualquer meio!
    E é o BERÇO DAS TROPAS ESPECIAIS!
    Não precisa ir muito longe, pesquisa no Google.
    VIREI FÃ!
    o detalhe é que somente os precursores é quem utiliza esse sistema!

  4. Sou piloto de aeromodelismo e fiquei curioso do por que da pergunta do “Elias”. Fiz uma pesquisa rápida no google e youtube e descobri que O elemento PRECURSOR! é a arma mais completa do Exército Brasileiro! Pois é a única tropa que infiltra em qualquer terreno por qualquer meio!
    E é o BERÇO DAS TROPAS ESPECIAIS!
    Não precisa ir muito longe, pesquisa no Google.
    virei fã
    o grande detalhe é que no Brasil, somente eles utilizam esse sistema de aeronave.

        1. Que vídeo incrível! Me parece que é a tropa especial do Brasil mais desconhecida e subestimada, apesar de ser o berço das operaçoes especiais

  5. São sim tropas de operações especiais, inclusive a mais antiga do Brasil. Pra quem não sabe, os precursores foram os professores dos forças especiais e comandos, foram os precursores os primeiros instrutores do primeiro curso exclusivo de operações especiais do Brasil, que era destinado a formar os primeiros forças especiais e comandos

    Precursores, junto com o comanf foram os instrutores dos primeiros policiais do BOPE-RJ. E Cabos e soldados precursores e comandos foram os fundadores do COE-SP

    O curso de precursor é o mais longo do Exército. E a doutrina de precursores, é de certo modo semelhante a doutrina dos comanf, e ninguém diz que os comanf não são operações especiais.

    Como por exemplo, os comanf são responsáveis de fazer uma infiltração sigilosa pré assalto anfíbio para selecionar o melhor local de desembarque anfíbio e eliminar baterias de artilharia de costa que possam ameaçar aos navios de desembarque anfíbio que trarão os escalões de combate dos fuzileiros navais.

    Da mesma forma, os precs são os responsáveis por fazer uma infiltração pré assalto aeroterrestre, para selecionar o melhor local de lançamento das tropas paraquedistas e eliminar baterias de artilharia antiaérea que possam por em perigo as aeronaves que trarão aos demais escalões de combate paraquedista.

  6. O surgimento do Pathfinder aconteceu na Segunda Guerra Mundial (19391945). Este conflito assistiu com assombro o advento das Operações Aeroterrestres nos campos de batalha. A silhueta do pára-quedista e a surpresa da guerra vertical impuseram-se sobre o troar dos canhões e o fogo da metralha. Os alemães relizaram o emprego combinado de Unidades Páraquedistas e Planadoristas durante a invasão dos Países Baixos e da fantástica tomada fortaleza Belga de Eben-Emael em 1940. Os aliados (Ingleses e Americanos) se impressionaram com a dimensão das operações aberta pelos alemães, e iniciaram seus estudos para formarem grandes divisões para saltos na retaguarda do inimigo.
    O batismo de fogo das tropas pára-quedistas aliadas deu-se na invasão da Ilha da Sicília, com a 82ª Airborne Division, em 1943. Na ocasião, porém, o vento forte de camada, aliado à total inexperiência das tripulações neste tipo de operação, desviou toda a formação de aeronaves para bem longe das zonas de lançamento previstas. A resposta foi montar de imediato, a título provisório, no aeroporto de Comiso na Sicília, um órgão para a instrução de pára-quedistas e pilotos voluntários com experiência real de combate, que teriam como missão infiltrar em território inimigo divididos em pequenas equipes com uma vasta quantidade de material para guiar a formação das aeronaves até as zonas de lançamento e, em seguida, operá-las para auxiliar na reorganização da tropa, além de balizar zonas de pouso para planadores. A idéia foi um sucesso, e no salto que se seguiu nas praias de Gela (Itália) os problemas foram minimizados. Mas ainda havia muito a ser feito. No início de 1944, o órgão da Sicília foi desativado, e em seu lugar foi criada uma Escola de Precursores na Inglaterra. Posteriormente, essa denominação evoluiu para “pathfinder”, cuja tradução literal significa “descobridor de caminhos”.

  7. A nossa história começou nos idos de 1948, quando, por solicitação do Núcleo de Formação e Treinamento de Pára-quedistas, o Ministro da Guerra ordenou o retorno do 1º Ten Eng Celso Nathan Guaraná de Barros a Fort Benning nos Estados Unidos, onde integrou a 2ª turma de “pioneiros”, e realizou os Cursos Básico Pára-quedista, de Mestre de Salto e de Transmissões Pára-quedistas no ano de 1945. Desta vez, o oficial fora designado para a realização do Curso de Pathfinder na “Pathfinder School of Infantry School”, com a nobre missãode dar prosseguimento às atividades do páraquedismo militar brasileiro e introduzir aquela especialização no âmbito do Núcleo. O Curso de Precursor Paraquedista (C Prec Pqdt) foi o primeiro curso de especialização combatente organizado no nosso Exército e sua história se confunde com a da própria Bda Inf Pqdt. Ao longo de mais de 60 anos de atividades desenvolvidas pelos precursores no âmbito das Forças Armadas, outras especializações e atividades operacionais foram criadas.

  8. O berço das tropas especiais do Exército Brasileiro

    A história da unidade, conhecida como berço das operações especiais do Exército Brasileiro, tem início quando o então 1º Ten Eng Celso Nathan Guaraná de Barros foi enviado ao Fort Benning, nos Estados Unidos, a fim de realizar o ainda recente curso de Pathfinder do Exército Americano, o Brasil tinha o primeiro contato com a especialidade. Após seu regresso, iniciou-se um cuidadoso trabalho para a criação da doutrina que iria conduzir o trabalho do Precursor Pára-quedista no Brasil. Com a formação da primeira turma de Precursores Paraquedistas no Brasil, foi criado, em 1951, o Pelotão de Precursores, subordinado diretamente à Companhia de Comando da então Escola de Paraquedistas. A década de cinqüenta foi marcada por avanços constantes como o primeiro lançamento rádio, realizado em 1952, e o primeiro lançamento noturno com o precursor precedendo a tropa. Nesse período, os precursores foram muito empregados também em missões de salvamento e resgate nos locais mais remotos do país.

    Em 1957, instrutores e monitores do então Curso de Precursor Aeroterrestre, apoiados pelo Pelotão Precursor e tendo à frente o então Maj. Gilberto, participaram como instrutores do primeiro curso de operações especiais do Exército, atual Forças Especiais, contribuindo de forma ímpar com as práticas e doutrinas já utilizadas pelos precursores há alguns anos, e garantindo historicamente o título de “berço das tropas especiais do Exército Brasileiro”. Neste período, a unidade esteve na região do Araguaia, em destacada participação na luta contra grupos terroristas insurgentes que ameaçavam a soberania e a liberdade do Brasil.

    Dezoito anos após sua criação, o pelotão passou a ser chamado de Destacamento Precursor Pára-quedista, designação que carregou até 1988, quando foi criada a atual Companhia de Precursores Pára-quedista. Concebidos para atuar quase que exclusivamente no apoio e lança-mento das tropas paraquedistas, os precursores, no Brasil, vêm alterando significativamente suas características operacionais e doutrinárias. Unidade subordinada à Brigada de Infantaria Pára-quedista, os Precursores não se afastam de sua missão de origem de apoiar as missões aeroterrestres e aeromóveis. Entretanto, diante dos novos desafios assumidos pela Força Terrestre e aumento dos conflitos de 4ª geração ao redor do mundo, a Companhia assume cada vez mais o papel de uma tropa moderna e flexível operacionalmente, com características de unidade especial, tornando-se um elemento importante em diversos tipos de operação

    1. “Diante dos novos desafios assumidos pela Força Terrestre e o aumento dos conflitos de 4ª geração ao redor do mundo”; a companhia parece assumir um papel na contramão das maiores potências bélicas do mundo, onde acredito que nenhum exército melhor que o americano (em constante emprego real ao redor do mundo vivendo plenamente os conflitos de 4ª geração) tenha tomado a acertada decisão de encerramento das atividades dos Precursores Paraquedistas em 2016, com a oficialização do fechamento em 2017 devido a julgar não mais necessário as demandas atuais, não obstante a este fato foi considerado o fechamento da Pathfinder School em julho do corrente ano, onde os conhecimentos necessários foram cogitados serem transmitidos através das instruções atinentes a Airborne Division. Devemos sempre honrar nossa história, estudá-la e aprender com a mesma, porém devemos evoluir sempre e utilizar os exemplos dos demais países ao redor do globo, principalmente aqueles envolvidos nos conflitos atuais, que em muito distanciam-se dos antigos combates referenciados acima.

      1. Você está enganado. Os EUA não encerraram as atividades precursoras pois se assim fosse, teriam encerrado toda e qualquer atividade militar aeroterrestre, pois para haver uma operação militar com paraquedistas, é necessário uma pré operação com Precursores.

        Veja por exemplo no Brasil, que o GruMeC e os Comanf da Marinha do Brasil, assim como os comandos e as forças especiais do Exército enviam todos os anos militares para fazerem os cursos de Precursores (oficiais e sargentos) e auxiliares de Precursores (,cabos e soldados) na Brigada Pqd, pois caso contrário, eles perdem a capacidade de fazer operações aeroterrestres com toda a segurança de salto propriamente dito e a segurança Operacional de ter uma zona de lançamento bem escolhida e balizada, e se necessário até eliminar ameaças ao assalto aeroterrestre, como radares e baterias antiaéreas. E ainda tem o caso do Parasar da FAB que tem seu próprio curso de precursor.

        O que os EUA fizeram foi fundir a escola e os cursos de Pathfinder na escola Paraquedista da Airborne, uma econômia de custos.

        Da mesma maneira como ocorre no Brasil onde há um só centro de instrução paraquedista para todos cursos aeroterrestre do EB como Precursores, mestre de salto, etc.

        E ainda acrescento, que os Pathfinder americanos se limitam às operações de precursores, pois lá há dezenas de unidades de operações especiais, enquanto que os nossos precursores, além disso, também operam como uma força de operações especiais a disposição da Brigada Paraquedista e do Comando Militar do Leste, não é a toa que são o berço das operaçoes especiais do Brasil e tem o curso Operacional mais longo do Exército.

        Que você ou outras pessoas desconheçam o trabalho dos Precursores não me espanta, eles nunca escreveram livros de propaganda sobre a unidade como os livros que alavancaram a fama de unidades como o BOPE-RJ, GruMeC e COT.

        Os Precursores, ainda que sejam a primeira unidade de Operações especiais do Brasil e professores em maior ou menor grau de todas as outras unidades especiais das Forças Armadas (formaram os primeiros comandos e forças especiais do EB, e os primeiros Para-SaR da FAB e ajudaram ao Parasar a criar seu curso de precursor, e junto com os comandos, formaram os primeiros comandos anfíbios da Marinha, e foram eles também que ensinaram ao GruMeC às técnicas de salto em massa d’água, e formaram também os primeiros PMs do BOPE-RJ (junto com o comanf) e COE-SP.

        Mas apesar disso tudo, esses caras sempre trabalharam nas sombras, nunca buscaram os holofotes.

        O que me espanta é você sugerir o encerramento de uma das poucas unidades especiais que nós temos e que não fica atrás de nenhuma outra congenere no mundo, só porque em outro país fecharam uma escola de Precursores

        1. Perfeita argumentação Henrique, eu não teria dado uma resposta melhor, parabéns.
          Já estou entrando em contato com a Bda Inf Pqdt e, assim que possível, irei escrever uma matéria sobre a história da fantástica tropa dos Precursores, para que os interessados por temas militares possam ter ainda mais orgulho da qualidade de nosso Exército.

  9. Opa, eu não vou perder essa reportagem. E desde já lhe agradeço pelo seu excelente trabalho de cobertura da Operação Amazonia 2020.

    Um abraço

  10. Entendo a importância da Cia Prec para a origem das Op Esp no Brasil e seu papel relevante em prol da Bda Pqdt, porém na atualidade segundo o Manual de Operações Especiais do Exército Brasileiro, forças de operações especiais são as tropas Comandos e Forças Especiais, inclusive segundo o manual do EB (de acordo com a Doutrina Militar Terrestre) Rec Especial um tipo de Operações Especiais, cumprida por Forças Especiais (inclusive há um módulo de mais de um mês dessa matéria no Curso de FE). Não englobando, assim, a Cia Prec, pois a Cia Prec é uma tropa de reconhecimento da Bda Pqdt, assim como os Pel Rec dos BIL, e as Forças Especiais atuam em prol do mais alto escalão em presença compondo a FTOpEsp juntamente com Grumec, Comanf e Para-Sar). O que diz o manual se confirma ao observarmos que no Comando de Operações Especiais os Prec, assim como Dompsa, estão no Batalhão de Apoio às Op Esp, a fim de apoiar as tropas de operações especiais (Comandos e FE) e não constituindo fração operacional como acontece na Bda Pqdt pois a Cia Prec é uma tropa de emprego pura e especificamente da Bda Pqdt apenas. Uma tropa muito bem adestrada, capacitada e competente mas não podemos chamar de Operadores Especiais pois o próprio Exército tem o entendimento que não é. Apenas os precursores tentam alimentar esse discurso ainda que sabendo que se é que já foram, não são mais ha muito tempo. Os militares tem que saber seu espaço dentro do Exército e procurar fazer o que o Exército quer que façam e serem bons naquilo, ao invés de tentar abraçar especialidades de outras tropas que ja são formadas para tal.

  11. Não concordo com a visão do RAFAEL, pois o curso de precursor é o mais difícil e mais caro do
    exército (depois do curso de piloto é claro). Não entendo muito o pq dessa comparação! Eu assisti uns vídeos do curso prec e vi que desde 1950 não tem 500 formados, que curso difícil!
    Agora, compara o curso mais difícil do exército com o dompsa, que é um curso altamente Adm, essa foi difícil de engolir! Os precursores são os únicos a infiltrarem por qualquer meio sem depender de ninguém! ÚNICOS!
    Cara é só assistir o vídeo do curso prec, são 6 meses ralados que formam 2 a 5 alunos!
    A história dessa companhia é de mais e merecem o maior respeito.
    Nunca vi tanta questão de de quererem justificar o termo operações especiais!
    O que mais importa aqui é essa anv que só os precursores utilizam no exército e que fizeram um excelente trabalho na Amazônia !
    Parabéns aos precursores

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