Presente em território Yanomami há mais de 35 anos, Exército continua a apoiar indígenas.
A presença do Exército Brasileiro (EB) em território Yanomami é uma realidade há mais de três décadas. Por meio do 4° Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) de Surucucu, a Força está desde 1988 baseada na região de Alto Alegre, Roraima, a mais de 300 km da capital Boa Vista. Lá, são os militares que atuam no controle de parte da fronteira seca com a Venezuela e trabalham, até hoje, pela garantia da cidadania dos povos indígenas da região. Cerca de três mil indígenas Yanomami, distribuídos em 19 comunidades, vivem nas proximidades. Atualmente, há indígenas que servem no pelotão como soldados e que têm atuação destacada como guias e intérpretes.
Pertencente ao Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron RR / 7º BIS), o 4º PEF foi fundamental, ainda, para a consolidação da Operação Yanomami, força-tarefa interministerial desencadeada pelo Governo Federal em 2023 para proteção dos indígenas. Dentro da Operação, militares das Forças Armadas transportaram e distribuíram toneladas de alimentos e suprimentos como apoio imediato à população indígena, ação apoiada pelo pelotão de fronteira através da coleta, transporte e guarda das cestas de alimentos – que eram lançadas de aeronaves da Força Aérea pela impossibilidade de acesso à área por meios terrestres. As ações humanitárias da Operação acumularam cerca de 766 toneladas de alimentos e materiais de apoio transportados, ultrapassando a marca de 36 mil cestas de alimentos distribuídas. Também foram realizados 3.029 atendimentos médicos e 205 evacuações aeromédicas.
O Pelotão também tem atuado no combate ao garimpo ilegal e no apoio ao povo Yanomami em ações que são coordenadas com outros órgãos governamentais. O pelotão também é importante ponto de apoio logístico para equipes da Polícia Federal, do IBAMA e do IBGE, com oferta de alojamento, alimentação e equipamentos.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
Uma resposta
A Folha de São Paulo fez uma reportagem dizendo algo diferente. Claramente tendencioso.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/01/militares-se-ausentam-de-terra-yanomami-e-deixam-fronteira-porosa-a-avioes-clandestinos.shtml