Um caça naval Grumman F-14 Tomcat da U.S. Navy (Marinha dos Estados Unidos da América), pertencente ao VF-33 “Starfighters”, embarcado a bordo do Porta-Aviões CV-66 USS América, durante operações no litoral brasileiro (cerca de 100 milhas da costa de Pernambuco) detectou problemas com o trem de pouso dianteiro, quando se preparava para pousar no navio.
Considerando o pouso sem o trem dianteiro como de alto risco (de nariz, ou no ventre) caso efetuado no convoo do USS América, mesmo que a aeronave não estivesse equipada com seus grandes tanques sub-alares e armamento padrão, e antevendo a possibilidade de as redes de arrasto não conseguirem parar o pesado caça antes da sua queda ao mar, foi decidido alternar Recife, já que o avião ainda teria combustível suficiente voar 200 milhas.
Durante o trajeto, danificado, o Grumman F-14 foi escoltado por um A-6 Intruder e, ao chegar ao aeroporto fez um pouso de emergência, arrastando seu nariz no chão.
Na asa esquerda havia um “rombo” na parte inferior, segundo relatos de testemunhas que auxiliaram no socorro ao avião.
O incidente aconteceu no dia 24 de março de 1990, e por conta do grande caça naval danificado, entre nove da manhã as quatro da tarde, a pista principal do Aeroporto de Gararapes (compartilhada com a Base Aérea do Recife-BARF) foi fechada, ocasionando sérios transtornos às operações aéreas.
A inexistência de equipamentos adequados para realizar a remoção segura da aeronave para os hangares da Base Aérea do Recife causou essa demora, obrigando várias aeronaves a alternarem para outros destinos enquanto não se resolvia o problema em solo.
Os equipamentos necessários foram trazidos do porta-aviões americano USS América por um Grumman C-2 Greyhound e um helicóptero Boeing CH-46 Seaknight.
O F-14 Tomcat partiu no dia seguinte, de volta ao USS América, com trem de pouso e radome novos.