Em cerimônia presidida pelo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante-de- esquadra Airton Teixeira Pinho Filho, o Navio Varredor (NV) Anhatomirim (M16) despediu-se do serviço ativo da Armada. A mostra de desarmamento foi realizada na Base Naval de Aratu (BNA).
Acumulando 1.541 dias de mar e 210.053 milhas náuticas navegadas em mais de quatro décadas de serviço, o Anhatomirim adestrou muitas gerações de marinheiros nas operações de contramedida de minagem, uma vez que foi desenvolvido para varrer minas de contato e de influência. Para esse propósito, o navio foi construído em madeira e com baixa assinatura magnética, equipado para tarefas de varredura mecânica, acústica, magnética e combinada.
O atual comandante da fragata Defensora, capitão-de-fragata Ricardo Augusto Corrêa Netto Guimarães, comandou o Anhatomirim entre os anos de 2003 e 2004 e esteve presente ao evento. “Fiz questão de vir a esta cerimônia, por causa do amor que tenho pelo navio. Vivi um período muito feliz da minha vida na Marinha no comando do Anhatomirim, quando tive a oportunidade de operar bastante e viajar para vários portos”, declarou.
O comandante da Força de Minagem e Varredura, capitão-de-fragata Marcio Gonçalves Martins Assumpção Taveira, refletiu sobre a relevância da solenidade. “Apesar de ser um evento de despedida, esta cerimônia também se reveste da felicidade do dever bem cumprido. Estamos reverenciando um navio que prestou relevantes serviços à Marinha e ao Brasil, operando por mais de 45 anos”, ponderou.
Da classe Aratu, composta por um total de seis navios varredores, o Anhatomirim foi construído pelo estaleiro Abeking & Rasmussen na cidade de Lemwerder, Alemanha, e teve a quilha batida no dia 02 de abril de 1969, sendo lançado ao mar no dia 04 de novembro de 1970. Foi incorporado à Armada em 30 de novembro de 1971, quando passou à subordinação do Comando do 2º Distrito Naval.
Ivan Plavetz