Mudança de Proa e Comando na ABIMDE

Chapa “Força Empresarial Brasileira II” vence eleição da ABIMDE.

A eleição realizada na Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) revelou o vencedor na última terça (22/01).

O Dr. Roberto Gallo, CEO da empresa Kryptus, é o novo presidente da instituição, e o 1º vice-presidente é Leonardo Nogueira, da empresa Altave EED S/A.

A posse da nova presidência e diretoria ocorrerá no próximo dia 31 de janeiro.

Essa foi a primeira eleição realizada com duas chapas, a prática anterior era a apresentação de uma chapa única, o certame apenas confirmando os nomes.

A chapa da situação, denominada “Verde e Amarelo”, foi liderada por Carlos Alberto Macedo Cidade (AVIBRAS) para presidente e Carlos Frederico Aguiar (POWER Defesa) para vice-presidente.

Frederico Aguiar, presidente da ABIMDE que sai.

A chapa de oposição, denominada “Força Empresarial Brasileira II”, foi liderada por Roberto Gallo (Kryptus) para presidente e Leonardo Nogueira (Altave) para vice-presidente.

Previstas para ocorrerem em outubro de 2018, as eleições atrasaram por três meses devido a manobras de bastidores como, por exemplo, a impugnação de chapas. O clima foi tenso durante todo o processo.

Na busca de um acordo entre os grupos em disputa, a votação foi transferida para o final de janeiro.

Após a apuração, e por uma diferença de 10 votos (98×88) a Chapa Força Empresarial Brasileira II, a primeira de oposição em uma eleição da ABIMDE, venceu a contenda para o período 2019/2021.

Os principais pontos defendidos pela chapa vencedora estão listados em quatro tópicos, todos voltados para a recuperação e expansão da Base Industrial de Defesa brasileira (BID), e explicitados em detalhe por Roberto Gallo, novo presidente eleito da ABIMDE:

  1. Ajuste das políticas públicas relacionadas aos setores de Defesa e Segurança, em especial, a previsibilidade de recursos e projetos, ajustes nos instrumentos de crédito e fomento, em particular na questão de garantias financeiras e garantias de compras e na equalização tributária de produtos importados, incluindo nas “Comissões de Compras” estrangeiras;
  2. Facilitação e promoção de networking (sem intermediários) no Brasil e no exterior (via eventos, rodadas de negócio e colaboração com outras Associações internacionais), permitindo a exploração indireta de dualidade e de exportação, por meio da horizontalização da cadeia produtiva.
  3. Quanto à exportação, facilitar a capacitação das associadas, a validação (homologação) dos produtos de defesa e segurança pelos entes Estatais brasileiros e pela diplomacia de Estado de Defesa, apoiando-se nas FFAA e também no novo papel do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores);
  4. Quanto à dualidade, por meio da aproximação com outras associações de indústria, como ABIMAQ, ABES, FEBRABAN, trabalhar no sentido do desdobramento de tecnologias de Defesa e Segurança para os mercados civis, bem como nas integrações de cadeias produtivas.
(Imagem: T&D)

Segundo Galo “É importante entender que a instituição precisa se modernizar. Para isso observamos que muitas empresas têm capacidade e capacitação para fornecer para as forças de segurança e forças armadas. Mas por falta de inserção no setor, não enxergam isso. Trabalharemos para buscar mais empresas, tornando a ABIMDE mais forte. Como toda atividade econômica, a Base Industrial de Defesa brasileira sofre e sempre sofrerá com pressões de mercado como fraca demanda, questões de crédito, concorrência ou mera obsolescência tecnológica. Além disso, o setor enfrenta um monopsônio (monopólio do comprador) com compras irregulares, desalinhamento de instrumentos de crédito (para inovação, exportação, etc.), brechas na proteção concorrencial e demandas tecnológicas arbitrárias e não programadas.” afirma o empresário.

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