O Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o “Campo de Provas da Marambaia/1948”, apoiou o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e a empresa SIATT – Engenharia, Indústria e Comércio Ltda, durante a etapa de testes de engenharia do Sistema Míssil Superfície-Superfície 1.2 Anticarro (MSS 1.2 AC), realizada entre os dias 6 e 9 de fevereiro.
A citada campanha de lançamento, que contou com a presença de engenheiros e técnicos, militares e civis, teve por finalidade verificar a efetividade dos aperfeiçoamentos implementados no Sistema de Armas MSS 1.2 AC, cujo ensaio consiste em um lançamento de míssil telemétrico, contra um alvo posicionado a dois mil metros.
A instrumentação da atividade compreende dois sistemas de telemetria: um na Banda L, e o outro, na banda S. Esta possui duas estações em redundância, que permitem o acompanhamento dos diversos componentes e subsistemas do míssil em tempo real, durante o lançamento e após o término do voo.
Para incremento da verificação da trajetografia do míssil, além da telemetria do sistema, os testes são apoiados por um conjunto de câmeras e drones, de forma que o ensaio permita validar a configuração atual do sistema, para que seja implementada nos demais exemplares que serão utilizados posteriormente na continuidade da subfase técnica da “Avaliação do Lote Piloto”.
O sucesso do teste ratifica a capacidade do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação de, juntamente com a Base Industrial de Defesa e Segurança, desenvolver produtos nacionais através do emprego de alta tecnologia, provendo à Força Terrestre maior portabilidade, flexibilidade e precisão no combate contra veículos blindados, por meio de um sistema de armas para lançamento de míssil superfície-superfície, anticarro, de médio alcance e guiado a laser, para uso por tropas em solo ou em viatura.
Fonte: Centro de Avaliações do Exército
Respostas de 13
A guerra na Ucrânia vem mostrando que esse tipo de arma é fundamental contra um inimigo altamente mecanizado, infringindo grandes perdas de material e diminuindo o moral do inimigo. Armas baratas contra alvos de alto valor. Vamos Brasil, vamos desenvolver nossa industria, nos proteger e ganhar vendendo a parceiros. Brasil!
Pode não ser o melhor do mercado mais é nosso, e eu acho válido sua produção local e distribuição para o EB. Com certeza mais tarde poderia vir a versão mais avançada posteriormente e ainda deixa nossas tropas treinadas nesse tipo de armamento.
Em nossa região tem algo parecido ou melhor que seja da indústria local ou somente o Brasil detêm essa capacidade? Se somente o Brasil tiver é um poder e tanto apesar do MSS ser um projeto antigo e com capacidades tecnológicas menores.
Bom saber que este projeto ainda está vivo.
A título de exemplo que tipos de blindados modernos este equipamento poderia destruir?
Bom dia!
Aproveitando a pergunta do colega Ghc, supondo que esse armamento seja adquirido pelo exército brasileiro após o lote piloto; alguém poderia descrever como uma tropa numa situação hipotética de conflito usaria esse equipamento?
Respeitando as características desse armamento.
Obrigado e bom dia!
Este sistema e bem parecido com stugma p da Ucrânia, está sendo bem efetivo neste conflito destruindo bastante m bts e blindados/caminhões. A grande vantagem e produção local e capaz destruir/bloquear avanço de coluna inimiga. Pouquíssimos mbts tem sistema proteção ativa, como exemplo o trophy israelense que equipa Merkava4. Seria importante para equipar batalhões Forpron ( forças rápidas de pronto emprego).
Mísseis AC tem como principal finalidade a Defesa Anticarro de uma fração nível Batalhão, quando de dotação dos Pelotões Anticarro dos batalhões.
Também são previstos para a Companhia Anticarro das Brigadas.
Frente a exércitos fortes em
MBT, de acordo com o terreno q tem, ha exércitos q tem batalhões Anticarro com mísseis, como o Peru, frente ao Chile.
São empregados com a responsabilidade de atacar Blindados que entrem nos seus alcances dentro de um sistema defensivo ou, se numa ofensiva, acompanham as tropas e posicionam-se defendendo os atacantes contra blindados inimigos que lancem contra-ataques contra estes.
Tem-se visto tropas empregando mísseis AC em patrulhas de oportunidade, lançadas a frente das posições conquistadas e mantidas, visando blindados em reconhecimento ou em patrulhas, quando não protegidos por infantaria.
Importante salientar que o sistema defensivo Anticarro começa com helicópteros de ataque (pra quem tem), depois são os MBT que os atacam, depois os mísseis AC (da Brigada e dos Batalhões), depois os canhões Anticarro (como o Carl Gustaf) das companhias de fuzileiros [ou mísseis (menores q os outros do batalhão) pros países q tem mísseis nas companhias], depois os AT-4 dos pelotões (alguns países tem o canhão anticarro ou até míssel em pelotões – normalmente em detrimento de morteiro leve, de acordo com a principal ameaça q o Exército prevê).
Espero ter explicado em poucas palavras.
Será que poderá ser integrada a veículos? As torres UT30 do Guarani ficaria mais completa com esse tipo de arma.
Acredito que alcance e pouco para utilizar embarcado, um alcance superior a 4km seria o ideal, como os tow que equipam Bradley. Israel tem soluções bacanas para torre mísseis em blindados leves bem mais efetivas. Este sistema equivale aomstugma p Ucrânia que é utilizado pela infantaria.
Espero que as forças armadas não deixem esse projeto morrer. Nenhum dos produtos capazes de hoje já nasceram no estágio atual. Compra esse e depois investe numa versão”2.0″ e assim sucessivamente. Já perdermos o Piranha, o MAR 01, o A-Darter, o FOG-MPM etc.
Boa noite
Obrigado Salin pelas respostas.Você tocou no ponto que era minha dúvida:a questão do alcance, vc acaba expondo os infantes no alcance do armamento de defesa do inimigo.Não é uma crítica ao armamento, pois é motivo de orgulho produzimos localmente um equipamento desse.
Acredito que o segundo lote tenha esse melhoramento referente ao alcance e o sistema de guiamento.
Grande abraço!
Bom dia!
Velho Alfredo: obrigado pela explicação.
Aprendi muito!