A Rheinmetall Landsysteme GmbH (RLS), com sede em com sede em Düsseldorf, na Alemanha, acaba de lançar a mais recente adição à família de veículos de combate de próxima geração Lynx , a versão de apoio de fogo da viatura blindada Lynx, dentro do conceito Medium Main Battle Tank (MMBT), que poderá nortear boa parte dos blindados de combate da próxima geração, e que o Exército Brasileiro acompanha atentamente pra substituir seus atuais carros de combate Leopard 1A5BR.
Chamada de Lynx 120, esta plataforma combina um conceito de torre moderna e equipada com canhão de 120 mm, com o chassi da viatura blindada de combate de infantaria (“infantry fighting vehicle” – IFV) pesado Lynx KF 41, oferecendo ao usuário excelente suporte de fogo e recursos antitanque, possibilitando lidar com desafios futuros, como sistemas de combate de alta tecnologia com capacidade de engajamento de longas distancias, em um momento em que soluções e conceitos convencionais atingiram os limites de seu desempenho.
O armamento principal do veículo é um canhão de alma lisa Rheinmetall 120 mm L44, derivado do armamento principal do Leopard 2, que pode disparar todas munições desse consagrado armamento, incluindo a DM11, de alto explosivo (HE) programável de última geração. Seu armamento secundário inclui uma metralhadora coaxial e sistema de armas remotamente controlado (SARC), possuindo um sistema de câmera de 360° com detecção e rastreamento automáticos de alvos, reduzindo a carga de trabalho da equipe em todos os cenários operacionais.
Módulos de proteção especiais permitem uma resposta específica da missão a ameaças balísticas, dispositivos explosivos improvisados, penetradores formados por explosivos e fogo de artilharia, e podem ser montados rapidamente com ferramentas limitadas. Além disso, o Lynx 120 pode ser prontamente equipado com o já comprovado Rheinmetall Active Defense System (ADS), muito efetivo contra granadas propulsionadas por foguetes (RPG) e mísseis antitanque (ATGM), com pacotes de blindagem adicionais e sistemas de proteção ativa podendo ser fornecidos de acordo com os requisitos do ciente.
De acordo com a empresa, é uma solução de alto desempenho, abrigando um vasto potencial de crescimento e uma capacidade de superação garantida, com um conceito de design que permite fornecer um sistema de combate que ofereça o máximo desempenho operacional em combinação com vantagens logísticas dentro de um prazo razoável a um custo realista, graças a uma mistura bem equilibrada de letalidade, proteção, mobilidade e capacidade de sobrevivência, o Lynx 120 é o ativo de campo de batalha adicional perfeito para usuários da plataforma Lynx. Com componentes prontos para uso, engenharia meticulosa reduz o peso do veículo, enquanto pacotes de proteção personalizáveis completam o pacote. A arquitetura do veículo foi simplificada e oferece uma capacidade aberta “plug-and-play” para futuras atualizações, ao mesmo tempo em que cumpre e se adapta aos padrões da OTAN.
Várias nações estão interessadas em adquirir o Lynx como um substituto de última geração para seus carros de combate antigos, com a plataforma sendo um forte concorrente nos planos de modernização do IFV australiano e eslovaco e está competindo pelo programa de veículos de combate opcionalmente tripulado (“optionally manned fighting vehicle” – OMFV) do Exército dos Estados Unidos (US Army), sendo que a Hungria tornou-se o cliente de lançamento em 2021.
Indo além dos aspectos estritamente militares, como maior interoperabilidade e atualizações de capacidade, a Rheinmetall oferece parcerias com empresas locais, objetivando impulsionar a base industrial de defesa local e criar empregos no país.
Com informações e imagens da RLS
Respostas de 11
Bastos , no site da Rheinmetal fala em veículo de apoio de fogo . Qual é a diferença entre o MMBT e essa definição?
Somente semântica.
Olá Marcelo e Prezado Paulo Bastos.
Na verdade o conceito de MBT Main Battle Tank é de um veículo de fogo direto muito bem blindado, que tem a prerrogativa de enfrentar em manobras um grupo de combate inimigo também liderado por um MBT.
Já um veículo de apoio de fogo não precisa ser tão bem blindado (pelo menos em termos de blindagem frontal) quanto um MBT, pois sua principal função é fornecer apoio de fogo à infantaria blindada/mecanizada, e não enfrentar outro MBT. Entretanto, exércitos de menor orçamento podem usá-los como um MBT, pois são mais baratos
Neste caso do Lynx 120, ele não é chamado de Veículo de Apoio de Fogo à toa.. O MBT deles é o Leopard 2A6/7!
No nosso caso atual, nossos Leopard 1A5 são utilizados como MBT, mas não têm a blindagem (nem o poder de fogo) de um MBT moderno, então, embora sejam empregados como MBTs, não têm nenhuma vantagem em relação a um veículo como o Lynx 120.
Muitíssimo interessante! eu já conhecia o Lynx em sua versão IFV antes, essa nova versão parece ser uma boa opção, para países que queiram adquirir um carro de combate mais leve do que os tradicionais MBT`S , mas com um bom poder de fogo!
Mais uma alternativa e indicação do futuro. Mas o CV 90 120mm parece ser melhor.
Paulo, há mais dados sobre o canhão de 120mm citado ? (Se é L50/L55 e etc).
Como eu disse no texto (e pelas informações disponibilizadas) trata-se do L44.
Desculpe, eu não tinha visto, agora que li com mais atenção.
A tendencia eh o mmbt substituir os mbt pesados ou havera espaco para os 2 no futuro ?
Esta é a pergunta que vale bilhões. A blindagem hoje não para os modernos ATGM. Hoje nao vale a pena ter carros de 60 ou 70 toneladas que na pratica sao tão vulneraveis a um atgm quando um de 30 ou 40. Talvez o grafeno mude isso mas ai tambem teremos blindagens mais leves. A opção doutrinaria do EB é um carro que atire antes e acerte no primeiro disparo. Aqui teremos mmbt.
Obrigado pela resposta Colombelli. Realmente faz sentido o que voce disse, talvez os paises mais ricos continuem com os blindados mais pesados, tipo o us army.