Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 23 de setembro, o ministro da Defesa da Eslováquia, Robert Kaliňák, informou que o Exército deve adquirir carros de combate mais leves (“medium main battle tank” – MMBT) e citou duas opções que estão sendo consideradas para a compra de novos tanques, o CV90120 da BAE Systems e um “turco”, se referindo ao Tulpar da Otokar.
A afirmação indica que o carro de combate pesado alemão Leopard 2A8 e o coreano K2 Black Panther, que Kaliňák haviam mencionado anteriormente, foram eliminados da competição.
“De qualquer forma, ambos (o CV90120 e o Tulpar) devem ser 40%, talvez 50% mais baratos (quando comparados aos mais pesados) e isso significa menor custo de manutenção e maior produção na Eslováquia”, afirmou Kaliňák, enfatizando que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre a aquisição.
Ambos os blindados estão participando das concorrências da Nova Família de Blindados sobre lagartas do Exército Brasileiro e do PROADSUMUS do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.
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Para membros da Otan os MMBT oferecem uma menor proteção blindada, porém com vantagens devido ao menor peso e também custo de aquisição e operação.
Entretanto, para países como o Brasil e outros, além dos MMBT ocidentais existe outra opção: MBTs russos e/ou chineses.
Ambos são mais leves que os MBTs ocidentais e consideravelmente mais baratos, inclusive bem mais baratos que os MMBTs ocidentais.
MBTs ocidentais como Leo2A8, Abrams ou K2 costumam custar entre U$ 20 e U$ 25 mi a unidade.
Considerando a matéria que indica um custo 40 ou 50% menor para os MMBTs, temos uma estimativa de cerca de U$ 10 à U$ 12 mi para um CV90120 ou um Tulpar.
Já o VT-4 chinês foi exportado por valores entre U$ 5 e U$ 6 mi e o T-90 russo por valores entre U$ 4 e U$ 5 mi, e ambos possuem uma blindagem bem mais robusta do que a maioria dos MMBTs.
Mais um que enxergou o óbvio, mobilidade é mais vital que blindagem na guerra moderna.