Aurélio Giansiracusa, Ares Osservatorio Difesa (*)
Segundo relatos da imprensa romena, o governo da Romênia decidiu aceitar a oferta da empresa alemã Rheinmetall AG para a adoção e produção local da família de viaturas blindadas de combate Lynx KF41.
O programa romeno seria dividido em várias fases, com uma compra inicial direta na Alemanha e, posteriormente, com a montagem dos veículos diretamente na Romênia. A primeira envolve a compra de aproximadamente trezentos veículos, dos quais cinquenta serão equipados com versões especializadas, com opção para outros cinquenta veículos e, como parte do acordo com o Governo de Bucareste, a Rheinmetall identificará a área para a construção da fábrica de produção do Lynx.
Após a Hungria, a Itália (com mais de mil veículos A2CS a serem equipados) e a Ucrânia, que os produzirá localmente, a Romênia também parece ter optado por essa família de veículos de combate de nova geração. Negociações também estão em andamento com a Grécia, que está interessada em adotar o Lynx KF41 para substituir os veículos mais antigos M113, Leonidas e Marder 1A3 atualmente em serviço.
Nas fileiras do Exército Romeno, os Lynx KF41 substituirão os MLI-84 e MLI-84M Jderul, cujo desenvolvimento remonta à época do Pacto de Varsóvia, embora tenham sido atualizados nas décadas seguintes.
O Parlamento em Bucareste já havia aprovado o programa do Governo, orçado em aproximadamente 2,55 bilhões de euros.

(*) Ares Osservatorio Difesa é uma Associação Cultural italiana, fundada em 12 de abril de 2019, em Roma, para a análise e estudo de questões nacionais e internacionais relacionadas as áreas de defesa e segurança, e parceira de Tecnologia & Defesa no intercâmbio de informações, para manter os leitores atualizados das notícias importantes que ocorrem entre os dois países.
Respostas de 2
A alemã Rheinmetall AG tem um bom argumento a favor do Lynx KF41 para o Brasil contra a proposta da IDF: o veículo deles foi escolhido pela própria Itália em detrimento do veículo italiano.
Porém, a IDF tem um ótimo relacionamento com o EB tendo emplacado diversos produtos por aqui, e já tendo uma unidade industrial instalada. Além disso, os alemães tem um histórico recente de interferirem em compras e exportações de produtos de defesa que atrapalharam o próprio EB e a IDF. Se o valor da proposta italiana for competitivo, pode ficar difícil para os alemães.
O veículo da IDV não existe. Não tem proposta concreta ao RFI e se eles não galoparem no projeto, não vão conseguir concorrer nesse certame. O Lynx está em vantagem por ter G2G envolvido e ter a mesma filosofia alemã que a tropa CC está usando. Mas não tem nada definido ainda.