Leonardo e KNDS rompem aliança estratégica

Em um surpreendente anuncio ocorrido hoje, dia 11 de junho, a empresa franco-germânica KNDS informou que encerrou as negociações de parceria com a italiana Leonardo para a criação de grupo europeu de defesa e o desenvolvimento e produção de viaturas blindadas de combate, incluindo a participação no projeto da futura geração de plataformas de veículos blindados, chamado de programa MGCS (“Main Ground Combat Systems”).

As negociações, anunciadas em dezembro de 2023, tinham como objetivos imediatos a formação de uma parceria para o desenvolvimento e produção do carro de combate  Leopard 2A8 IT e de uma nova viatura blindada de combate de Infantaria (“infantry fighting vehicle” – IFV) para o Exército Italiano.

Algumas informações apontam que o motivo do rompimento seriam algumas exigências de integração de diversos sistemas e componentes italianos no Leopard 2A8 IT, para uma maior comunalidade com a VBC Cav 8X8 Centauro II, e a produção local da sua torre, que, de acordo com a KNDS, fariam com que seu desenvolvimento fosse mais longo e complexo, com custos mais elevados devido as novas certificações exigidas, e que diminuiria a padronização da frota européia.

Frank Haun, CEO da KNDS N.V., afirmou : “Com 18 usuários europeus países, o Leopard 2 é o carro de combate padrão do nosso continente e da OTAN. É mais importante do que nunca salvaguardar este padrão, que contribui significativamente para a interoperabilidade e a articulação poder de combate dos exércitos europeu e da OTAN. As partes não conseguiram  chegar a um acordo sobre a configuração e, consequentemente, a participação estratégica entre Leonardo e  KNDS também foi insuficiente. A KNDS continua empenhada em apoiar o exército italiano.”.

Com esta decisão, é possível que um novo carro de combate seja escolhido para substituir os Ariete C2, atualmente em processo de modernização, e um dos candidatos cotados seria o Panther KF51, em desenvolvimento pela alemã Rheinmetall.

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Respostas de 2

  1. Com a KMW por aqui e todo o processo de estruturação do Leo 1A5 para o exército no RS, natural que a escolha para um sucessor fosse direcionada aos alemães, vide todo o investimento realizado por eles. O KF-51 poderia ser o Gripen E\F do exército caso houvesse vontade política e disposição para investir o necessário para finalizar seu desenvolvimento, e ainda demandar as versões especiais necessárias ao seu complemento.

    Seria, talvez, mesmo possível arguir junto à Heinmethall a aquisição dos direito de propriedade intelectual do mesmo, na íntegra ou parcial, tendo como pano de fundo um contrato muito robusto de compra e produção local. E quando falo em contrato robusto, falo em comprar pelo menos as mais de três centenas de CC que hoje seriam necessárias para equipar todas as OM bldas operacionais e as escolas e centros de instrução do EB sem soluções de continuidade, além da VBE de praxe, derivadas do modelo básico, e que se constituem em capítulo a parte.

    Se os italianos resolverem olhar para o KF-51 como uma solução, a partir das necessidades e requisitos semelhantes que tem conosco para um novo CC, seria importante criar canais de comunicação com o país a fim de buscar soluções que, talvez, possam atender a ambos países.

    Afinal, é sempre melhor uma compra conjunta do que individual, visto que isto nos traria melhores condições de negociar valores, custos, off set e tecnologias que nos interessam, além do pós venda.

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