Leonardo e KNDS formam aliança estratégica

Com o aval do Ministério da Defesa da Itália, a empresa italiana Leonardo e a franco-germânica KNDS assinaram um acordo de cooperação cujo objectivo é de criar um verdadeiro grupo europeu de defesa e  cooperar mais estreitamente no domínio da eletrónica terrestre, permitindo a implementação de programas cooperativos entre as nações do continente, fortalecendo a sua base industrial nacional e no desenvolvimento da futura geração de plataformas de veículos blindados, incluindo programa MGCS (“Main Ground Combat Systems”).

Esta aliança apoia a estratégia definida pelo Ministério da Defesa italiano no documento programático plurianual (DPP) 2023-2025 e no plano de ação do recente acordo assinado pelos governos da Itália e da Alemanha.

Além disso, Leonardo e KNDS também assinaram um acordo para implementar conjuntamente o programa de aquisição do carro de combate (“main battle tank” – MBT)  do Exército Italiano, com uma solução baseada no Leopard 2A8, sendo que as empresas colaborarão no desenvolvimento, fabricação e manutenção das viaturas, bem como o plataformas de apoio. A aliança entre Leonardo e KNDS visa criar mais produção e capacidades de desenvolvimento em Itália e utilizá-las para futuras iniciativas europeias e de exportação.

Atualmente o Ministério da Defesa está trabalhando em dois grandes programas para a renovação das suas Forças Terrestres: a recente aquisição de um lote de carros de combate Leopard 2A8 e viaturas de apoio; e no projeto de aquisição de uma nova viatura blindada de combate de Infantaria (“infantry fighting vehicle” – IFV), sob o nome do Programa AICS (“Armored Infantry Combat System”), mais seus sistemas de apoio ao combate.

Proposta da Leonardo para o programa AICS

 

Fonte: Leonardo

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Respostas de 13

  1. Se tivéssemos metade dessa compra em operação no nosso EB, Roraima estaria bem segura quanto a Venezuela.

    Agora temos uma situação onde a Venezuela pode usar T-72B1V e BMP-3 e não temos mísseis anticarro e blindados capazes de detê-los (Os leopards e M60 não chegam a tempo se houver um ataque).

      1. O EB possui o Canhão sem recuo Carl Gustaf M3, que utiliza uma munição de 84mm, do tipo HEAT, com capacidade de penetração entre 300 e 400mm em aço balístico homogêneo.
        Os MBT da atualidade utilizam blindagem composta que, em seu arco frontal, possui resistência balística de, pelo menos, o dobro da capacidade de perfuração da ogiva do Carl Gustaf. Além disso seu alcance máximo é de 400m, mas sua precisão é para 200m (e com alvo estático), o que faz do operador do armamento antitanque um “suicida”.
        Não questiono a veracidade do site que citou, mas o Carl Gustaf não é uma arma desenvolvida para enfrentar um MBT. Seus alvos são blindados leves.
        Portanto, da mesma forma que um obsoleto míssil Pechora russo (lançado de uma saraivada com vários ao mesmo tempo), abateu um moderníssimo (para a época) caça furtivo F-117 na Iugoslávia, em 1999, isso não é regra, é exceção!!!!
        O AT4 é ainda menos capaz que o Carl Gustav.

        1. Olá Bastos, li um doxiwmro que o Carl Gustv M3 que o EB tem com a munição Heat 751 penetraria mais de 400mm de blindagem reativa. Não sei de que tipo.

          1. De acordo com a Saab, o poder de penetração da HEAT 751, do Carl Gustaf M4, é de aproximadamente 500mm em RHA, que ainda é insuficiente para penetrar na couraça frontal de um MBT moderno.
            Em 2017, o EB lançou o RFQ 182/2017 para a aquisição de 50 lançadores M4, mas não efetivou a compra. A versão empregada no momento é a M3 com HEAT 551, com “Penetração na b l i n d a g e m aprox. 400 mm (16 pol)” de acordo com o manual IP-23-81 do EB.

  2. Creio que para a nossa realidade, se já tivéssemos certa quantidade de Centauro 2 em operação o caso já estaria resolvido. Esses MBTs modernos são também muito pesados e caros para ficar mandando de um lado para outro . Eu venderia todos os leopard 1 que temos e comprava o que desse de Centauro 2. Depois bem depois pensava em MBT. Sem ter defesa anti aérea minimamente eficiente nem vale gastar com MBT.

      1. Sim tenho. Serve bem para abater munição vagante, drones e helicópteros leves. Já caças e mísseis supersônicos fazem o Gepard virar pó. isso se ele se mantiver atirando, porque só há pouco tempo foi retomada a produção de munição 35mm para ele. igla, RBS e Gepard são o que se chama de defesa AA de ponto. A última é desesperada camada de um sistema defensivo.

    1. Quando devem vir o Centauro 2 para o Brasil e possível segundo lote? Penso que as primeiras unidades devem ir para o Norte aos depois as outras regiões são contempladas com outros lotes e com a produção nacional e seria um ótimo negócio para o Brasil também entrar nessa parceria do Leopard 2a8 e IFV. Tanto KMW quanto IVECO tem fábricas no Brasil.

    2. São armas com propósitos diferentes.

      O Centauro 2 é um caça carros, melhor adequado a unidades mecanizadas, e em algum momento pode prover poder de fogo a estas, multiplicando suas capacidades em operações de flanco ou retardo.

      Carros de combate são armas de choque, para unidades blindadas, destinados a qualquer terreno. O propósito é romper as linhas inimigas, criando brechas que são exploradas por forças de infantaria blindada.

      Um exército moderno precisa dos dois…

      Da mesma forma, uma defesa AA deve compreender um sistema Counter-PGM combinado a tipos menos perfomantes, como o próprio Gepard, e trabalhar inteligência no sentido de garantir o engajamento do meio mais adequado. Em tempos nos quais a aviação ataca de distâncias cada vez maiores e emprega meios não tripulados, mobilidade, capacidade EW e de ocultar-se ganham importância frente a caros e pesados sistemas missilísticos. É isso o que a guerra da Ucrânia tem mostrado. Tipos como o Patriot e S-300, vem sendo cada vez mais “aprisionados” em suas funções estratégicas (no caráter antibalístico para o qual haviam sido anteriormente projetados), com o protagonismo passando aos sistemas mais leves.

  3. Seria excelente o Brasil adquirir esses equipamentos,junto a mais centauro 2 e basear boa parte deles em Roraima e depois renova a frota de MBTs no Sul do país.

  4. Bastos, a respeito das armas Anti Carro de Combate, o MSS 1.2 ja esta considerado desatualizado? se não, quantas unidades temos disponiveis? e quanto aos lotes como os spikes israelenses e do javelin americano, a noticias se serão entregues?

    1. O MSS 1.2 ainda não entrou em produção e não foi adotado.
      Houve uma negociação entre o EB e os EUA para a compra do FGM-148 Javelin, mas a demora na autorização por parte dos americanos fez com que o EB adotasse o Spike LR2.
      O plano de adoção dos Spike LR2 pode ser visto aqui: http://tecnodefesa.com.br/exercito-aprova-o-plano-de-acolhimento-do-missil-spike-lr2/
      Porem o atual conflito de israel poderá fazer com que a entrega atrase, mas não há informações oficiais sobre isso.

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