LAAD Security 2016: Mobilidade Forense Cellebrite

A empresa israelense Cellebrite promoveu, na LAAD Security 2016, um laboratório de criminalística digital portátil. Com ele os investigadores podem levar ao trabalho de campo uma tecnologia capaz de desvendar qualquer tipo de informação contida na memória de celulares e smartphones.

O dispositivo universal de extração forense (UFED) da Cellebrite permite a decodificação de extração judicial de conteúdo digital de celulares, tablets ou GPS, armazenados no aparelho ou em nuvem privada, de suspeitos ou vítimas de crimes. A informação é obtida mesmo que os conteúdos sejam bloqueados por senha e criptografia, ou ainda, que tenham sido apagados da memória pelo usuário.

O UFED Kiosk extraindo dados de um smartphone Samsung Galaxy S7 durante demonstração na LAAD Security 2016.

Com a linha UFED é possível extrair informações ocultas através de perfis virtuais falsos ou não informados pelo suspeito, ou ainda, informações sobre dados privados de pessoas investigadas que estão guardadas em repositório na nuvem podem ser varridos e comparados com outros dados. Esse recurso oferece aos investigadores a verificação de álibis e vínculos entre suspeitos entre si e deles com vítimas e com as circunstâncias do caso investigado.

A Cellebrite também demonstrou as versões UFED InField Kiosk, UFED Touch e UFED TK dessa solução, compostos por hardware e software capazes de realizar a decodificação e compilação de centenas de dados de voz (áudio), imagens, textos, mensagens, aplicativos diversos, redes sociais, etc. Todo o universo digital, seja baseado no dispositivo ou na nuvem, pode ser devassado com a devida autorização judicial.

A empresa fornece o equipamento e treina os investigadores policiais para terem o expertise na operação, que tem uma interface intuitiva, seja como um desktop (Kiosk) ou como notebook robustecido (Touch e TK).

Os kits de campo Cellebrite permitem ao investigador forense atuar com grande desenvoltura, já que mesmo celulares genéricos podem ter suas senhas e codificações quebradas pelo equipamento.

Acompanha o kit centenas de cabos de conexão de aparelhos digitais em diferentes padrões de pinagem, incluindo os celulares genéricos fabricados na China e conhecidos jocosamente pelo termo “Xing Ling”, pois estes não seguem nenhum padrão comercial estabelecido. Isso não é problema para o investigador, já que o kit disponibiliza também os cabos genéricos.

De fato, o equipamento tem um vasto banco de dados, constantemente atualizado, com praticamente todos os modelos de celulares e tablets fabricados no mundo (incluindo satelitais), o que se traduz em menor carga de trabalho do investigador, agilidade e rapidez na investigação e compilação de evidências e provas robustas, obtidas com a observância de todos os trâmites legais.

A solução UFED Touch possui desempenho ampliado e design robustecido compacto, permitindo ao investigador forense atuar em campo com discrição e independência.

Importante frisar que a Cellebrite não faz interceptações de comunicações, esse expediente é exclusivo das forças legais. Ao receber os aparelhos para quebrar barreiras e criptografia, o investigador tem total suporte da empresa para auxiliá-lo na tarefa, de modo a obter um resultado final que permita a efetiva condenação e encarceramento do criminoso, com base em ações estritamente dentro da legalidade.

Roberto Caiafa

COMPARTILHE