Na manhã de hoje, 02 de agosto, foi assinado o contrato para a produção em série da versão C2 do carro de combate (“main battle tank” – MBT) Ariete, entre a Direção de Armamentos Terrestres (TERRARM) da Secretaria-Geral da Defesa e Direção Nacional de Armamentos (SEGREDIFESA), do Ministério da Defesa Italiano, e o Consórcio Iveco – OTO Melara (CIO), no valor de 848,8 milhões de euros.
O contrato prevê a modernização de 90 Arietes C1 para o novo padrão C2 (com opção para mais 35), terá uma duração de oito anos e previsão de entrega das primeiras unidades em 2025.
A nova versão C2 manterá o canhão Oto Melara, de 120 mm, 44 calibres e alma lisa, mas com um sistema de tiro e controle de fogo melhor, com a instalação de novos optrônicos, visor ótico panorâmico Attila D (para o comandante) e Lothar SD (artilheiro) e de um novo computador balístico (todos estes adotados no Centauro II), aumentando sua letalidade, pois sua capacidade acertar o alvo no primeiro disparo, em movimento, de dia ou noite e em quaisquer condições de tempo, está substancialmente maior. Além disso, o sistema de giro da torre passará de hidráulico para elétrico e receberá blindagem adicional.
Será equipado com um novo pacote de comunicação e comando e controle (C2), de última geração, com rádio Leonardo VQ-1 SDR, intercomunicadores Larimart e o sistema C2N Evo, todos da Leonardo, além de outras atualizações.
Sua motorização também será modernizada, tendo a potencia do motor aumentada para 1.500 Hp, acoplado a nova transmissão LSG-3000, e uma suspensão foi completamente reformulada, garantirá uma maior mobilidade da viatura.
Essa modernização, além de aumentar as capacidades operacionais da viatura, também melhorará toda sua cadeia logística devido à comunalidade dos optrônicos e sistema de tiro com a VBC Cav Centauro II, todos desenvolvidos, produzidos e testados nos laboratórios da Leonardo e CIO, em La Spezia.
Respostas de 22
Achei que eles tinha comprado o Leopard
Leia com atenção o artigo anterior, postado em T&D, que terá a resposta para sua dúvida:
http://tecnodefesa.com.br/italia-vai-adquirir-um-lote-de-carros-de-combate-leopard-2/
Ué, não diziam que estava fora de linha? Eis ai, TALVEZ, uma opção para o Brasil.
Mas, está fora de linha. O C2 é uma modernização de viaturas C1 já existentes.
Esse é o veículo que mais se encaixa as necessidades e requisitos do Exército Brasileiro. A comunalidade com o Centauro é um grande diferencial.
Esqueçam blindados europeus, o novo MBT e IFV do Brasil virão da Ásia.
Lembrando que o EB publicou que pretende adquirir 65 MBT e pegando o gancho da notícia… A Itália possui 200 C1 Ariete. Pretendem modernizar em um primeiro momento 90 unidades e com opção para +35, totalizando talvez 125 unidades.
Sobrariam 75 unidades.
Já que o EB fechou contrato para o Centauro 2 e que este Ariete C2 modernizado terá sistemas e sensores semelhantes, não seria viável e até interessante o EB sondar a aquisição destes 75 Ariete com a modernização semlhante?
Pelo valor divulgado, cada unidade ficará em torno de 9,4 mi de Euros. Um CV-90 com canhão de 120 mm deverá custar mais do que isso e não terá o mesmo nível de sobrevivência do que o C2 Ariete modernizado, que é um MBT pesado.
Poderíamos negociar para que os trabalhos de modernização ocorressem aqui no Brasil na fábrica de sete lagoas da Iveco.
Ponto Luiz.
O CV 90 como escolha para o VBC Fuz entendo e concordo. É uma opção. Mas ele como MBT substituto ao Léo, como está sendo colocado como opção por vários comentaristas, na minha opinião não vale.
O Aríete é uma das opções.
Referente ao custo, não sei se o EB conseguiria adquirir Centauro 2, CV-90 (exemplo) e Aríetes (exemplo) para seis programas, todos simultaneamente.
Fora custo, existem outras questões como logística e treinamento.
MMerlin, Luiz,
O CV-90120 se torna uma opção a depender do propósito…
Se no futuro se pensar em uma padronização de meios e quantidade, então somente poderemos estar falando de toda uma família de veículos originada de uma única plataforma.
Um MBT pesado é interessante se pensarmos em potencial de crescimento, mas a capacidade de sobrevivência depende de outros fatores. Hoje, um carro mais leve pode receber proteção ativa e passiva complementar, capaz de prover defesa contra armas A/C portáteis (que se constituem hoje nas maiores ameaças). Embora eu mesmo prefira um carro pesado, não se pode deixar de reconhecer as potenciais vantagens de uma família de viaturas com uma plataforma comum, reduzindo custos e facilitando logística, e isso pode ser muito mais importante no sentido de garantir uma força de combate funcional.
Esqueçam Ariete… É improvável que os italianos disponibilizem alguns de seus preciosos carros para venda ante a situação europeia atual. Mesmo o Leopard 2 logo não se figura como opção viável no mercado de “usados”, visto a demanda atual (e nem conto com ingleses e suas preciosas e poucas reservas blindadas). Apenas americanos podem fornecer para a demanda do EB, e olhe lá, pois já tenho minhas dúvidas…
Bastos é uma pergunta de leigo. O Ariete C2 seria uma boa opção para o EB visto nossa parceria com a Iveco e os componentes comuns com Centauro II, ele atende aos requisitos da nossa força?
Bastos uma pergunta quantas unidades a Itália vai comprar ?
E o Ariete pode ser um dos grandes concorrentes para o EB substituir os Léo?
Por que o EB e o Brasil não adquire o direito de fabricação sob licença?
Um licenciamento do Ariete C2 atenderia a demanda sem limite de carros e nos traria diversas vantagens, inclusive o de melhoria e aplicação de materiais de custo reduzido ou até melhores.
Tava caminhando bbbeeemmm lentamente essa questão do C2. Quase na linha do “desistimos de fábricar”.
Mas é uma boa notícia, que continue assim.
Cobrindo um santo e descobrindo outro… adquirimos MBTs Aríete C2 com Centauros II. E o VCI? Ademais, o numero de MBTs é irrisório… O programa italiano não permite ao Brasil entrar como co-desenvolvedor… Então, VCI não terá comunalidade com os MBTs…. inclusive os números são irrisórios… Nem VBCSR em número suficiente, e nem MBTs em números ideais…
É impressionante com para alguns é extremamente difícil entender, mesmo com um texto claro, de que isto se trata de uma modernização. E é uma modernização de um blindado que já não é produzido aproximadamente duas décadas, tendo assim, sua linha de produção encerrada e automaticamente, tornando-o carta fora do baralho das possíveis aquisições de cartas marcadas do EB…
Até que enfim alguém leu o que eu escrevi 😀
O problema é que interpretação de texto é algo raro no Brasil.
Sem falar que o italianos pegarão as melhores células para modernização…o mais importante aqui não são as células do ariete e sim os componentes novos que serão produzidos para ele.
E mesmo assim, vai ter alguém que vai continuar insistindo em fabricarmos o C2 aqui!
Existe alguma matéria aqui do TecnoDefesa informando quais MBTs estão em produção serial, para ter uma ideia de quais são “candidatos” para a preferência do EB por adquirir tecnologias que não são protótipos, nem fora de fabricação???
A modernização dos C1 não é um passo importante para “reativar” as linhas de montagem italianas?
Repetindo a dúvida principal: quais MBTs estão em série atualmente para serem considerados “candidatos”?
eb tem que migrar para outros fornecedores,como o kaplan MT da fnss,o vt4 da norinco
A torre do Ariete tem linhas muito retas igual do leopardo 2A4, o que depois modificaram mas versões subsequentes do alemão e nas modernizações do A4