No dia de hoje, 05 de novembro, a Diretoria de Fabricação (DF), organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), realizou o workshop “Prospecção de Parcerias para a Produção de Obuseiros no Sistema de Fabricação do Exército Brasileiro”, no auditório do Comando Militar do Sudeste (CMSE).
O evento, que contou com a participação de representantes de cerca de 40 empresas, buscou realizar a prospecção, no âmbito nacional, de empresas que sejam potenciais parceiras para participarem do processo de fabricação de componentes dos obuseiros para o Exército Brasileiro (EB).
Ainda foram discutidas alternativas reais para a produção nacional de obuseiros e divulgados os desafios e expectativas para a obtenção dos insumos necessários à fabricação de um obuseiro genuinamente nacional, bem como foi informada os benefícios da economia proporcionada pela nacionalização.
O workshop foi dividido em duas partes, sendo a primeira um ciclo de palestras e a segunda parte dedicada aos debates. As palestras apresentadas abordaram os seguintes temas:
- “Processo de Obtenção de Obuseiros no EB”, realizada pelo coronel Art R/1 Jorge Ricardo de Paula Lamellas, do Escritório de Projetos do Exército (EPEx);
- “Desafios Logísticos dos Obuseiros no EB”, pelo tenente-coronel Jorge Guerra Peixe, da chefia de material (Ch Mat) do Comando Logístico (COLOG);
- “Capacidade Produtiva de Armamento Pesado do Sistema de Fabricação”, pelo general de divisão Tales Eduardo Areco Villela, diretor de fabricação do Exército;
- “Projeto de Revitalização de Obuseiros no AGSP”, pelo coronel Mário Victor Vargas Junior, diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP); e
- “Projeto de Produção de Obuseiros no Sistema de Fabricação do EB”, pelo coronel Maurício Ramos de Resende Neves, subdiretor de fabricação.
Em seguida, o general de Exército Achilles Furlan Neto, chefe do DCT, e o general Tales Villela participaram de um debate com os diversos representantes das empresas presentes no evento, onde puderam retirar dúvidas, trocar informações sobre os assuntos expostos no evento e apresentar os desafios de um projeto desta magnitude para o Exército Brasileiro e para as empresas nacionais.
O evento também contou com a presença dos generais de Exército (R/1) Sinclair James Mayer e Francisco Carlos Modesto e, de acordo com a DF, “demonstra o constante interesse e comprometimento de todo o Sistema de Fabricação na busca por soluções para garantir a soberania e produzir poder de combate”.
OBUSEIRO NACIONAL
No dia 05 de agosto, após mais de um ano de estudos, o Estado-Maior do Exército (EME), através do EPEx, lançou o edital da consulta pública (“request for information”/ “request for quote” – RFI/RFQ) 03/2024 que sondava o mercado nacional e internacional sobre à possibilidade do fornecimento mínimo de 54 obuseiros 105mm autorebocados (com possibilidade de chegar a mais de 200) e realizar pesquisa de preços, dentro do Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha (SPrg SAC) do Programa Estratégico do Exército ASTROS (Prg EE F ASTROS).
O objetivo é adquirir os direitos de fabricação para serem produzidos nos Arsenais de Guerra, utilizando o maior numero possível de componentes nacionais, sendo primeiro os de 105mm e, posteriormente, os de 155mm.
Com informações da Diretoria de Fabricação
Respostas de 2
Então não será um Obuse genuinamente nacional, mas sim nacionalizado e consequentemente sujeito a embargos.
Acho que para fugir do famoso “manual de uso”, o ideal seria o EB co desenvolver um Obuse, com algum país dos BRICS, s.
Ou partir Para um projeto completamente nacional, tendo como base a modernização dos obuses nos ARG, s e desenvolvimento e fabricação do morteiros.
E principalmente, ter como parceiros, empresas genuinamente nacionais!
Onde vc leu que não vai ser nacional ?não achei no artigo ,vi que tem transferência de tecnologia