Fragata Independência retorna do Líbano

A Fragata Independência (F44), que integrou a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil), chegou hoje, dia 26, à Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ). A bordo estavam cerca de 200 militares, que iniciaram a volta ao Brasil no dia 2 de dezembro, depois de permanecerem por 9 meses no Líbano. Segundo a Marinha, nesse período os militares realizaram fiscalizações e inspeções e, principalmente, participaram das ações para reduzir os efeitos da destruição causada pelas explosões que aconteceram no início de agosto, em Beirute. Os integrantes da missão participaram também de patrulhamento nas proximidades do porto em apoio ao governo libanês.

Ao desembarcar, o comandante da Independência, capitão de fragata André Carvalho, foi recebido pelo Comandante de Operações Navais da Marinha, almirante Alípio Jorge.

O militar assumiu o comando da fragata no dia 21 de janeiro do ano passado e no dia 8 de março partiu da Base Naval do Rio de Janeiro em direção ao Líbano. “Desde esse momento, eu sabia da responsabilidade que eu tinha como comandante do navio e como responsável de levar os 200 militares para o Líbano, cumprir a missão da Unifil e retornar, como retornamos hoje. É uma satisfação muito grande, um sentimento de dever cumprido em ter conseguido retornar depois de 293 dias em operação. Foram nove meses, no total de 160 dias de mar e 33 mil milhas navegáveis. Dentro das 23 patrulhas que fizemos foram 110 dias no mar, sendo quatro delas em águas libanesas. O sentimento que tenho é de orgulho, de satisfação e de dever cumprido por parte da tripulação da fragata independência”, disse ao desembarcar.

O comandante da fragata disse que o maior desafio que enfrentou na missão foi conduzir o navio em meio a uma conjuntura mundial totalmente diferente por causa da pandemia da COVID-19. “Quando saímos do Brasil, tínhamos um caso no Brasil e alguns na Europa. Quando deixamos o Porto de Natal em direção a Beirute, a Europa começava a fechar para proteção dos cidadãos da contaminação da COVID, então, nesse momento, vimos que era uma conjuntura nunca vista antes”.

Segundo André Carvalho, ao chegar em Beirute, no Líbano, a cidade já estava fechada com medidas de isolamento. “Tivemos que conduzir toda a operação ao longo de seis meses cumprindo todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde para manter a segurança e a saúde dos tripulantes. Acredito que esse tenha sido o maior desafio e a tripulação da Fragata Independência venceu”, disse.

Para manter os protocolos de segurança, o encontro da tripulação com suas famílias ocorreu dentro dos seus carros no estacionamento da Base Naval.

Imagem: MB

A participação

Nos últimos nove anos, a Marinha do Brasil (MB) participou da FTM-Unifil com um navio. No total, mais de 3.600 militares atuaram em ações de prevenção à entrada de ilícitos, armamento e equipamentos não autorizados por via marítima; treinamento da marinha libanesa; e na vigilância das áreas marítimas e territoriais.

“Nesse período, a FTM fiscalizou mais de 71.200 navios e indicou cerca de 14.100 desses às autoridades libanesas para inspeção, no mar ou em terra, atuando em Área Marítima de Operações com cerca de 17 mil km quadrados”, informou a Marinha.

Texto: Cristina Indio do Brasil, Agência Brasil

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Comentários

3 respostas

  1. Tirando o fato desta nobre missão, de homens e máquinas, mas a lataria traseira da F44 está bem feia. Poderiam ter mais capricho.

  2. Empurrar água é impactante para qualquer meio naval, não seria diferente para a F44 depois desta comissão de 9 meses…ainda integralmente operacional mesmo com esta logenvidade…BZ

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