Duas nações vizinhas, Azul e Vermelho, disputam uma região estratégica.
Este é o cenário do Jogo de Guerra Simulada AZUVER, que reuniu, por uma semana, no Rio de Janeiro, majores e tenentes-coronéis das Escolas de Comando e Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira.
O objetivo foi capacitar os militares para planejamento, coordenação e controle de operações militares conjuntas.
“O jogo testa conhecimentos muito importantes para o oficial. As habilidades aprendidas são posteriormente colocadas em prática nas operações e exercícios do Ministério da Defesa”, disse o general-de-divisão César Augusto Nardi de Souza, chefe da Subchefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (MD).
Coordenado pelo MD, o exercício testa habilidades de planejamento e estratégia. “Além de compreender o processo de planejamento em todos os seus níveis, desde o tático até o operacional, o grande ganho é o conhecimento das particularidades da operação de cada uma das forças. Essa interação gera um conhecimento mais aprofundado, que possibilita entender as necessidades e as principais interações que o militar vai ter com as outras Forças”, afirmou o coordenador do exercício, coronel Luis Renato de Freitas Pinto.
Guerra simulada
Todas as ações dos países Vermelho e Azul acontecem no computador. Na plataforma virtual, os militares visualizam um cenário com as condições de cada país, os equipamentos disponíveis para o conflito, localizações e alvos. A partir daí, planejam as missões utilizando elementos de logística, estratégia e inteligência.
“”Esse exercício caracteriza muito bem o emprego conjunto das três Forças Armadas pretendido pelo Ministério da Defesa”, contou o major Daniel Guimarães Fernandes, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).
Todas as informações geradas são inseridas na máquina de simulação. Os resultados são arbitrados por um Grupo de Controle e publicados para que os oficiais avaliem o desempenho do seu país, de acordo com o que foi planejado. As simulações buscam a maior precisão possível, para que os resultados sejam os mais próximos da realidade.
“O mais importante nesse exercício é que cada força conheça e se adapte à velocidade do ciclo de processos das demais”, afirmou o tenente-coronel José Henrique Kaipper, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR).
Ivan Plavetz