Força Aérea Brasileira forma novos atiradores de precisão

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(Imagem: Força Aérea Brasileira)

O Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Canoas (BINFAE-CO) formou um grupo de 14 snipers, designação internacional empregada para definir atiradores de precisão.

Concluíram o Curso Tático de Precisão, com duração de três semanas, oito oficiais graduados da Força Aérea, profissionais da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) do Rio Grande do Sul. Essa é a única organização da FAB que oferece esse tipo de curso.

Os snipers atuam em cenários de conflito, apoiando a segurança de tropas e autoridades, colhendo informações e abatendo alvos selecionados. Para conseguir o título, além dos tiros em si, os alunos participaram de oficinas com cães farejadores familiarizando-se com a habilidade desses animais em localizar e denunciar a posição do atirador de elite. Além disso, os participantes do curso tiveram contato com técnicas de navegação, segurança antiaérea e camuflagem avançada.

“Uma das atividades desenvolvidas foi ação simulada dentro de um teatro de operações, no qual os alunos atuaram em uma visita simulada de autoridade. As duplas não atiraram, mas identificaram pontos sensíveis na segurança e avisavam, pelo rádio, ao responsável”, destacou o coordenador do curso, tenente de Infantaria Daniel Alberto Bauer.

Foto 3 FAB-SnipersTrainer.
Um dos importantes aspectos do tiro de precisão é a habilidade de controlar reflexos naturais. (Imagem: Força Aérea Brasileira)

A prática do tiro de precisão é feita sempre em duplas, situação em que um componente é o sniper (atirador) e o outro o spotter (observador). Ambos se revezam nas posições para que eles assimilem as duas doutrinas. Os atiradores iniciam o treinamento realizando tiros de 100 metros de distância contra um alvo denominado P4 que possui formato de uma pessoa. O objetivo é acertar em um ponto específico da cabeça para que o inimigo caia sem fazer movimento. Após essa etapa, os alunos executaram tiro contra alvos em movimento e, em seguida, praticam tiros de 300 a 800 metros de distância, explorando a capacidade máxima do armamento utilizado, mirando alvos metálicos de 50×70 cm. “Em uma situação real, orientação é para que o sniper não atire a menos de 300 metros do alvo, pois isso vai denunciar sua posição”, assinalou Bauer.

O tenente Bauer explicou que a maior dificuldade do tiro de precisão tem haver com a atenção que o sniper precisa ter com diversos aspectos simultaneamente, como por exemplo ,controle da sua respiração, não mexer outros músculos a não ser o dedo indicador, apertar o gatilho lentamente para evitar a “gatilhada”, ou seja, quando o gatilho é acionado sem cuidado e a arma aponta para a esquerda no momento do disparo.

“O curso é bastante exigente, os níveis de acerto precisam ser próximos de 100% e os alunos são avaliados a cada nova atividade. Tivemos quatro desligamentos nessa edição”, explicou o coordenador.

Ivan Plavetz

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