Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no Exército Brasileiro – Parte final

Uma das maiores carências que o Exército Brasileiro enfrenta na atualidade é sua capacidade defesa antiaérea para vetores que operem de média altura, que podem ser aviões, helicópteros, misseis ou veículos aéreos não tripulados (VANT). O problema já foi identificado e algumas soluções já estão sendo estudadas. Conheça alguns caminhos que podem ser seguidos pela Força Terrestre nessa reportagem de Paulo Roberto Bastos Jr. e João Paulo Moralez

Leia a primeira parte desta matéria aqui, a segunda parte aqui e a terceira parte aqui.

AS OUTRAS FORÇAS

Marinha e a Força Aérea também estudam alternativas nesse campo. No presente, a FAB, que deveria se preocupar em criar uma eficiente defesa antiaérea em camadas, totalmente integrada ao seu sistema de defesa aérea, é a força que está mais defasada e que menos parece se preocupar com isso, pois possui apenas o 9K338 Igla-S e sua versão mais antiga e menos eficiente, o 9K38 Igla (SA-18 Grouse), em três Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAe), subordinados à 1ª Brigada de Defesa Antiaérea (1ª BDAAe) e que são ligados ao Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA): o 1º GDAAe, localizado em Canoas (RS); o 2º GDAAe, em Manaus (AM); e o 3º GDAAe, em Anápolis (GO).

Enquanto isso, o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (CFN), alinha o seu Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea (BtlCtAetatDAAe), no Rio de Janeiro, e que coordena o preparo, emprego e doutrinas de utilização dos meios antiaéreos.

É equipado com os sistemas de tubo Bofors Defense Bofi-R C70, de 40 mm, com radar diretor de tiro integrado que atua na banda J. Também contam com o sistema de mísseis MBDA Mistral, de terceira geração, que chega a Mach 2,7 (3.330 km/h) de velocidade, alcance de 6 mil metros, atingindo uma altitude de 3.000 metros com guiagem passiva por infravermelho.

Está em uso desde 1996 com o radar de busca Saab Giraffe 50AT instalado num veículo de lagartas Hägglund BV-206D, com uma antena que pode estendê-lo a 7 metros de altura, capaz de detectar alvos a 50 mil metros de distância e que pode coordenar até 20 canhões BOFI-R e lançadores Mistral. Em 2014 foram adquiridos radares SABER M-60, para modernizar e ampliar sua eficiência.

 

Todas as partes

1. Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no EB – Os meios atuais

2. Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no EB – Recuperando capacidades

3. Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no EB – As opções do mercado

4: Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no EB – As outras Forças (final)

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Comentários

3 respostas

  1. É lamentável a situação da AAAe nas FA como um todo e em especial no EB, mas quando alguém termina um estudo por mais caprichado que seja e logo após apresenta a conta, aí é que a porca torce o rabo, pois a defesa AAe de ponta é um produto de elevado custo de aquisição, operação e manutenção.

  2. Nossa, quanto as equipes de publicidade irão parar com essa mania ridícula de mandarem que a foto seja tirada dessa forma, quem dispara não vê a mão do “orientador”, PQP.
    Concordo, precisamos urgentemente de mais meios anti aéreos, assim como outros equipos.

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