FAB prepara os testes de voo do Projeto Link-BR2

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) e da empresa AEL Sistemas, deu início à Campanha de Ensaio em Voo do Projeto Link-BR2. O sistema permitirá à FAB a comunicação, em tempo real, entre vetores aéreos e estações de Comando e Controle. As atividades preparatórias ocorreram, de 23 a 27 de novembro, em Porto Alegre (RS) e, na Ala 3, em Canoas (RS). A previsão é que o primeiro voo do F-5M, com o sistema embarcado, ocorra neste mês de dezembro.

A comunicação pela qual o sistema é desenvolvido será realizada por meio de protocolo criptografado e com alto grau de segurança, proporcionando o compartilhamento de informações de radares, troca de mensagens, vídeos e outras aplicações operacionais, permitindo a ampliação da consciência situacional de todos os participantes da rede, no ar e no solo.

O Diretor de Programas da AEL Sistemas, Leonardo Martins Vegini, destacou a parceria entre a Força Aérea e a empresa, ao desenvolver um sistema altamente tecnológico. “O Link-BR2 proporciona uma nova condição operacional para a Força Aérea, onde consegue, através do sistema, uma rede segura para as plataformas aéreas e as estações terrestres, como se fosse o estabelecimento de uma conexão de internet entre as aeronaves”, salientou.

COPAC gerencia o desenvolvimento do Projeto Link-BR2

Além da COPAC, o Projeto Link-BR2 conta com as gerências temáticas do Comando de Operações Aeroespaciais, o COMAE; do Comando-Geral de Apoio, o COMGAP; do Comando de Preparo, o COMPREP; do Estado-Maior da Aeronáutica, o EMAER; do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, o DECEA; do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, o DCTA; do Centro de Inteligência da Aeronáutica, o CIAER; e do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial, o IFI.

Para o Gerente do Projeto Link-BR2, major especialista em comunicações Romulo Silva de Oliveira, o sistema será capaz de garantir um salto estratégico à Força Aérea. “É um projeto importante para a Força Aérea e iniciou-se com as Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa e, com base nisso, começou a se preparar com a visão de unificar o sistema de Enlace de Dados de seus meios aéreos, com um Data Link único em prol da interoperabilidade”, explica.

Campanha de Ensaio em Voo no F-5M

O Comandante do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e Piloto de ensaio da FAB neste projeto, tenente-coronel aviador Leonardo Vinícius Coelho, é quem participa das atividades preparatórias para a Campanha de Ensaio em Voo. Ele comenta sobre a importância da implantação do sistema. “O Link-BR2 vai possibilitar um ganho operacional para a Força Aérea, na medida em que as aeronaves que tiverem múltiplos sensores embarcados, como é o caso do F-39 Gripen, poderão compartilhar todas as informações que forem coletadas e geradas no campo de batalha, sendo compartilhadas com os demais participantes da rede, maximizando a consciência situacional dos pilotos”, disse o Oficial.

A previsão entre Força Aérea e a empresa é que o projeto seja finalizado em 2021. O mesmo sistema será aplicado no novo caça da FAB, o F-39E Gripen, e de forma estratégica, nas demais aeronaves operacionais.

Fonte: TEN Letícia Faria / Agência Força Aérea
Fotos: SGT Bianca Viol / CECOMSAER
Vídeo: SGT Poleto / CECOMSAER

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Comentários

5 respostas

    1. Sua pergunta carece totalmente de logica.
      Acredito que você deva entender primeiro os conceitos antes de reformulá-la:
      _ Link-BR2 é um datalink, ou enlace da dados, um projeto coordenado pela FAB para permitir a troca de dados entre plataformas com o uso de rádio, com o objetivo de evitar ou diminuir o uso de comunicação por voz;
      _ RDS-Defesa, ou Rádio Definido por Software de Defesa, é um projeto coordenado pelo EB com objetivo o desenvolvimento de uma família de equipamentos rádio multibanda capaz de executar diversas formas de onda.

        1. JonasN, novamente, acho que vc esta com um problema de interpretação, pois ainda não entendeu a sua inconsistência lógica.
          No que o texto que vc apresentou, que é de 2017, bem no inicio desses projetos, foi para verificar a possibilidade de existir uma interface entre ambos, e não que o Link-BR2, que é um padrão de comunicação, utilize o RDS-Defesa, que é um rádio.
          Em tese, Link-BR2 deve ser capaz de ser utilizado por todos os sistemas de comunicação da FAB e o RDS-Defesa deve aceitar todos os padrões de comunicação das Forças Armadas.

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