FAB e US Navy treinarão juntas combates aéreos

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Caças Super Hornet e Hornet da US Navy operaram a partir do USS George Washington. (Imagem: US Navy)

Desde o último sábado (14), e até o próximo dia 22/11, caças da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) vão treinar em conjunto combates aéreos simulados. Esses exercícios estarão acontecendo durante a Operação UNITAS 2015 aproveitando a passagem pela costa brasileira do navio-aeródromo norte-americano USS George Washington (CVN 73), que está em deslocamento do Sul para o Sudeste do Brasil, contornado o continente Sul-Americano durante viagem do Japão até a costa leste dos Estados Unidos.

Na parte aérea, do lado norte-americano, vão participar aviões de combate F-18E/F Super Hornet e F-18C/D Hornet, além de aviões-radar E-2 Hawkeye. Todos vão operar a partir do USS George Washington.

Da parte brasileira, aviões de combate F-5M e A-1 vão operar a partir das Bases Aéreas de Canoas e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Eles serão apoiados por aviões-radar E-99 e aviões-tanque KC-130. Em paralelo, aviões de patrulha marítima P-95 Bandeirulha e P-3AM Orion vão realizar missões de combate anti-submarino, busca de alvos navais e coordenação de ataques navais.

O cenário dos combates aéreos simulados envolvera aviões de combate brasileiros A-1 realizando missões de ataque a alvos fictícios, tanto no continente quanto no mar, com a proteção dos F-5M, enquanto os F-18 norte-americanos vão tentar impedí-los. Em dias alternados, os papéis vão se inverter, ou seja, os F-18 farão a escolta dos A-1 e os F-5M farão o papel de força oponente.

“A expectativa é a melhor possível, sobretudo, em função da aeronave contra a qual iremos realizar o combate dissimilar, o F-18”, explicou o brigadeiro-do-ar Fernando Almeida Riomar, comandante da Terceira Força Aérea (III FAE), unidade responsável pelo treinamento das unidades de caça e de reconhecimento da FAB.

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Caças F-5M e A-1 da FAB representarão o lado brasileiro nos exercícios conjuntos. (Imagem: Agência Força Aérea)

Segundo ele, os pilotos brasileiros atingiram um nível elevado de conhecimento, por conta da priorização desse tipo de treinamento. “Em termos de doutrina e capacitação, no meu entendimento, nossos pilotos estão muito bem preparados, especialmente, no que se refere ao nível de consciência situacional nas missões de combate”, afirmou.

O planejamento prevê simulações de combate na chamada arena BVR (Beyond Visual Range – Além do Alcance Visual), situação em que os aviões de combate identificam seus alvos pelo radar e lançam seus mísseis antes mesmo de enxergarem os oponentes, e também na arena WVR (Whitin Visual Range – Dentro do Alcance Visual), quando são empregados mísseis de curto alcance e canhões. Os treinamentos vão ocorrer em áreas do espaço aéreo onde já acontecem missões de rotina da FAB, sem interferência para a aviação comercial.

Ivan Plavetz

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