A incessante busca por novas tecnologias. Essa é a principal característica que tem pontuado a história dos profissionais da área de material bélico da Força Aérea Brasileira (FAB), que comemoram na última semana o Dia do Material Bélico da Aeronáutica.
“Uma base de defesa forte significa independência internacional para o País, e essa independência resulta no fortalecimento da soberania nacional, cuja defesa é a nossa mais alta missão institucional”, ressaltou o chefe do Comando-Geral de Apoio da Aeronáutica (COMGAP), tenente-brigadeiro do ar Paulo João Cury.
As tecnologias de defesa utilizadas na FAB na área bélica incluem bombas guiadas a laser com kit Lizard de fabricação israelense; mísseis ar-ar de quinta geração, como o A-Darter que equiparão os novos caças Gripen NG; sensores de última geração, a exemplo dos sistemas Litening e Recclite de designação laser fornecidos por Israel, entre outras.
Um dos caminhos para se tornar um profissional na área é ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) na especialidade Material Bélico. O militar será responsável pelos serviços técnicos de manutenção, estocagem e instalação de material bélico aéreo e terrestre.
A atuação do especialista em material bélico é bastante ampla e ao longo da carreira o militar tem a oportunidade de participar anualmente de diversas operações. No final de setembro, por exemplo, militares do 1° Grupo de Defesa Aérea (1° GDA) realizaram o primeiro treinamento de tiro aéreo com aviões de combate F-5M, utilizando canhão embarcado de 20mm com o objetivo de capacitar os pilotos do esquadrão no emprego armado ar-ar da aeronave.
Em junho, esquadrões equipados com aeronaves A-1 participaram de ações de ataque e supressão de defesa aérea inimiga, durante o Exercício Sabre. Na mesma ocasião, treinou-se ações de defesa antiaérea com sistemas portáteis de mísseis IGLA-S. No mesmo mês, os esquadrões equipados com A-29 Super Tucano participaram do Exercício Operacional Cachimbo 2016, realizando o treinamento e a qualificação das equipagens no emprego ar-solo com a utilização de bombas de exercício, bombas reais, foguetes e cartuchos.
Todo o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica (SISMAB) é dirigido pela Diretoria de Material Bélico (DIRMAB) e operacionalizado pelo Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAMB-RJ). Composto por 34 remotos e 291 operadores, o sistema tem como responsabilidade o planejamento, a supervisão e o controle das atividades de aquisição, manutenção, distribuição e suprimento de itens bélicos para toda a FAB.
“O esforço dos que labutam em prol do SISMAB não se encerra em adquirir e manter equipamentos. A busca por novas tecnologias, no fomento à Base Industrial de Defesa e na incorporação das mais avançadas tecnologias em uso no mundo, é incessante”, ressaltou o brigadeiro Cury.
A data de celebração relembra o dia 11 de novembro de 1944, quando o 1° Grupo de Aviação de Caça realizou sua primeira missão como unidade aérea independente, durante a campanha aliada na Itália, constituindo a primeira Esquadrilha de P-47 composta exclusivamente por pilotos brasileiros.
Ivan Plavetz