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Expansão e conflitos das facções criminosas no Brasil

O Congresso de Operações Policiais (COP Internacional) trará para debate a atuação das duas principais facções criminosas brasileiras: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

A palestra de Christian Vianna de Azevedo, atual subsecretário de Integração e Segurança Pública de Minas Gerais terá como tema os crimes transnacionais, com ênfase na expansão do PCC e principais aspectos do tráfico de drogas e armas no País. A questão da criminalidade organizada no Rio de Janeiro e as respostas de enfrentamento da Polícia e do Estado serão abordados por Alexandre Abrahão, juiz de direito titular da 3ª Vara Especializada em Crime Organizado no RJ.

 CRIME TRANSNACIONAL

Christian Vianna de Azevedo

O PCC teve sua origem em 1993, no sistema prisional de São Paulo, inicialmente como um grupo de ajuda mútua entre presos em resposta às condições carcerárias. Na década de 1990 o grupo criminoso era engajado em diversas atividades e ao longo de sua evolução o tráfico de cocaína logo se tornaria o seu ramo mais lucrativo.Durante o início dos anos 2000, liderado pelo traficante Marcola, a facção incorporou táticas terroristas em suas práticas, resultando em ações violentas que marcaram a época, como as tentativas de atentados contra o Fórum da Barra Funda e a Bolsa de Valores de São Paulo e os ataques massivos, em 2006, contra as forças de segurança em São Paulo.

De acordo com Christian, neste mesmo período, o grupo iniciou sua transnacionalização, deixando gradativamente de negociar drogas com intermediários no Brasil e estabelecendo presença direta em países fornecedores como a Bolívia, Colômbia e Peru. “O PCC viu no tráfico transnacional de cocaína uma fonte muito lucrativa e a sua expansão internacional incluiu a parceria com terroristas e facções de países como a Venezuela, Colômbia, Nigéria e países da Europa, estabelecendo rotas para exportar a droga para a Europa via África Ocidental. Hoje, a integração também é ativa com cartéis mexicanos, máfia italiana e outras facções globais”, afirma o subsecretário.Estimativas atuais apontam que um terço de toda a cocaína que chega ao continente europeu passa por essa rota da África Ocidental, em um momento em que o Brasil figura como maior país de trânsito no mundo e o segundo maior consumidor.

NO RIO DE JANEIRO

Alexandre Abrahão

O CV foi fundado em 1979, no presídio de Ilha Grande, a partir do encontro de criminosos comuns e presos políticos que lutavam contra o governo militar.

Diferente do PCC, o CV sempre teve um caráter bélico, com armas e lutas por território, competindo com outros grupos cariocas, como o 3º Comando e ADA (Amigos dos Amigos). Nos anos 2000 perdeu força com investidas dos órgãos de segurança para preparar o Rio de Janeiro para a Copa do Mundo da FIFA de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Com a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), iniciou um movimento centrífugo em que seus integrantes migraram para outras cidades do Estado, abrindo espaço para a chegada e fortalecimento das milícias.

O juiz Alexandre Abrahão destaca que, após a morte da vereadora Marielle Franco, em2018, o CV deixou de ser o inimigo público número um, posto assumido pelas milícias, o que permitiu que a facção de traficantes reassumisse o território da capital carioca. “ Hoje, o CV domina 80% das cerca de 1.400 comunidades do Rio de Janeiro, o que representa uma reversão forte do quadro”,descreve o magistrado. Além da presença no em terras fluminenses, está também na Bahia, Espírito Santo, Pará e Amapá.

Durante o COP Internacional os palestrantes levarão mais detalhes e estratégias de enfrentamento das facções, bem como ações planejadas pelas forças  policiais.

João Sansone, especialista em segurança pública, idealizador e responsável pela organização do COP 2024, que acontece entre os dias 16 e 18 de outubro próximo, enfatiza a importância de trazer ao debate a complexidade do combate ao crime organizado no Brasil. “Tratar a criminalidade no País não é uma responsabilidade apenas da polícia, mas deve ser feito através de um esforço combinado entre as polícias, Ministério Público, Judiciário e também o setor privado,legitimando a presença do Estado e oferecendo estrutura para reduzir a influência das facções no dia a dia da população”, argumenta Sansone.

Fonte: COP Internacional

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Uma resposta

  1. Tenho. Muito ajudar segurança plubica do. R.j. são paulo e. Todos estados da federação sou um. Resocialisado com experiência no. Sistema estadual e federal hoje tenho uma grande preocupação com a violência no r.j Brasil pois penso no futuro dos meus filhos e família hj a violência tá en nossa portas unidos com a sociedade penso en dia melhores com. A paz gostaria de palestras sobre o. Tema para mostra onde tá vindo o. Ero cada estado da federação tem. Que assumi seus problemas para um estado não contamina o. Outro um problema do. R.j. por exemplo não. Pode está na baía ou. No. Nordeste mais infelizmente está está coneguiçao vou palestra como istor vem. Ocorrendo no meu. Ponto de vista hoje me tornei especialista en analista de segurança pública

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