Exército visita mais empresas para o projeto de fabricação do obuseiro de 105mm nacional

Entre os dias 6 e 10 de outubro de 2025, integrantes do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), do Sistema de Fabricação (Sis Fab) e do Sistema Defesa-Indústria-Academia de Inovação (SisDIA) realizaram visitas técnicas de prospecção a empresas situadas em Curitiba (PR) e Joinville (SC). As atividades fizeram parte das ações do Projeto de Fabricação Nacional do Obuseiro 105 mm AR, voltado ao fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e à expansão da capacidade nacional de produção de Materiais de Emprego Militar.

No decorrer da agenda, foram visitadas as empresas CSD, GTF, Formparts, Meditec, Schulz e Granaço, todas identificadas com potencial de contribuição para o projeto, apresentando competências complementares em áreas como usinagem de precisão, fundição de ligas metálicas, conformação de chapas, automação industrial e fabricação de componentes de portes variados.

A atividade permitiu verificar a existência de empresas com elevada capacidade técnica e fabril na região Sul, evidenciando a viabilidade do projeto por meio da integração com a indústria nacional e fortalecendo o caminho rumo à autonomia tecnológica em defesa.


Fonte: Diretoria de Fabricação

COMPARTILHE

Respostas de 9

  1. A fabricação nacional de um tipo de armamento desse é sempre bom, mas o problema no nosso país é a demanda de fabricação, se essa demanda for pequena, na minha opinião, não vai adiantar muito o investimento.

    1. Vale porque na guerra da Ucrânia, o país ficou a mercê da ajuda externa. Qualquer país que sofra embargo de armas fica vulnerável igual a Argentina que tinha poucos Exocet e que a Grã-Bretanha forçou a França a fornecer os códigos fonte. Agora é preciso que a reposição de inventário militar seja constante para que não haja a defasagem e perda de know-how.

  2. se o pedido for para poucas unidades, creio que muitas empresas nem terão interesse na fabricação, considerando investimentos em ferramentas e maquinas a serem usadas na fabricação. É bem relativo essa questão. Muitas vezes nem compensa.

    1. No caso do KC-390 o Governo pagou pelo desenvolvimento da aeronave. Não apenas comprou algumas unidades. Será que ele fará isso no caso do obuseiro?
      Outra coisa, o produto é da Embraer que pode oferecê-lo para inúmeros países.
      O obuseiro não será da empresa brasileira que, provavelmente, não poderá oferecer para outros países. Será uma fabricação sob licença. Então ficará preso às encomendas do EB e MB.
      E também não dá para comparar a capacidade financeira da Embraer com as empresas que o EB está consultando acerca do obuseiro.
      Outrossim, se a Engesa tivesse o mesmo pensamento do André e não tivesse investido no Osório, talvez ela existisse até hoje.
      Enfim, não é uma decisão simples investir em produtos de Defesa no Brasil. Só “coragem” não basta.

      1. Rafael Oliveira, comparei com o KC390, por ser um feito imensamente maior que um obuseiro leve. Como você citou a compra do cargueiro pelo governo, haverá compras governamentais também neste caso dos obuses. Na questão do Osório, foi tudo diferente, pois houve espírito de coragem por parte da Engesa, e por outro lado, faltou visão de longo prazo por parte do governo. Prefiro a verba que seria para a compra do Atmos, aplicadas no desenvolvimento dos 105/155mm (rebocados). Gosto de soberania ao pé da letra, domínio fabril total.

  3. Espero que desta vez o Ministério da Defesa esteja pensando em proporcionar conhecimento à indústria nacional para depois evoluir para 120 mm, 155mm num projeto nacional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *