Entre os dias 28 e 30 de outubro, militares da Diretoria de Fabricação (DF) e do Arsenal de Guerra do Rio (AGR) realizaram os testes de aceitação em campo (TAC) de dois sistemas de armas remotamente controlados (SARC) UT30BR, revitalizadas pela empresa ARES Aeroespacial e Defesa, no Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Durante a realização desses testes, foram avaliados os aspectos técnicos e operacionais.
O SARC UT30BR, atualmente empregado pelo Exército Brasileiro, integrado à viatura blindada de transporte de pessoal média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani, é equipado com um canhão automático 30×173 mm ATK BushMaster MK44, uma metralhadora coaxial 7,62×51 mm e lançador de granadas fumígenas de 76 mm, todos operados remotamente do interior da viatura, incrementando a proteção do atirador. Adicionalmente, possui sistemas de visão noturna, sensores avançados e estabilização, proporcionando precisão nos disparos mesmo com a viatura em movimento, fortalecendo a capacidade de resposta em combate e aumentando significativamente o poder de fogo.
Com esses sistemas revitalizados, o próximo passo será a avaliação da versão modernizada, a UT30BR2, cujo contrato de desenvolvimento foi assinado no ano passado e o protótipo tem previsão de ser entregue nos próximos meses.
Com informações e imagens da Diretoria de Fabricação
Respostas de 21
Olá Paulo R. Bastos Jr.
Por favor, uma dúvida. Elas foram revitalizadas devido a chegarem na meia vida, dano, desgaste ou modernizadas para novo padrão?
Revitalizadas.
O novo padrão é a UT30BR2, que será os das MODERNIZADAS e cujo protótipo deverá ser entregue nos próximos meses.
Bastos. Essa primeira foto já é da versão 2 da UT30BR?
Esquece. Passou batida a última frase do texto.
Mas que bela atualização, visual pelo menos do primeiro modelo.
Paulo Bastos,
visualmente essa “revitalizada” é claramente diferente da antiga, sem a base trambolhuda que ficava fixada no chassis da viatura e aparentemente com perfil mais estreito.
Pergunto, então, se essa revitalização já não contemplaria um perfil de protótipo da BR2.
Externamente ela não tem nada de diferente, foram apenas atualizados alguns componentes que não são mais fabricados, por versões atuais.
O SARC UT30BR é escamoteável, possuindo várias configurações de altura (sempre foi assim), e a maioria das pessoas não conhecem, nunca as viu em operação ou mesmo de perto, julgando-a apenas em opiniões de terceiro que também não conhecem esse sistema de armas, que mesmo tendo que passar por uma revitalização meia-vida, continua sendo o mais moderno em nossa região…
Com certeza, é um sistema formidável. Entendo sua observação, embora eu não tenha visto ou ouvido qualquer pessoa o desmerecer.
Quanto à suposta diferença visual, realmente não vejo nas fotos recentes a estrutura cilíndrica que fica na base do sistema, na conexão com o chassis. Mas como são poucas as fotos recentes, julgo prudente aguardar para poder comparar detalhadamente.
A estrutura que vc se refere é a base do torre. O Bastos explicou sobre a torre, toda ela, ser escamoteável. Então, essa base cilíndrica pode estar toda para fora da viatura ou toda para dentro, dependendo da posição em que a torre é colocada. A torre pode ficar nas posições “totalmente erguida” ou “totalmente abaixada”, com várias posições intermediárias entre elas. Por isso, as vezes vc vê a base cilíndrica e, as vezes, não vê.
Paulo! Parabéns pelo seu trabalho.
Paulo eu ouvi falar que dessa UT30 BR tem 15 unidades?
Foram adquiridos apenas 13 sistemas, mas a previsão é papara a aquisição de mais 22, totalizando 35.
Paulo, atualmente são 4 unidades por Pel ApF nos 3 BIMec da 15° Bda + 1 pra instrução. Com esse novo número estimado de 35 vtr você saberia informar como elas seriam a princípio distribuídas? Obrigado
Grato
Um equipamento singular, uma ideia maravilhosa,mesmo, mas…a integração de misseis anti carros, a exemplo do desenvolvido para o cascavel, é inviável? Seria pedir muito?
“o próximo passo será a avaliação da versão modernizada, a UT30BR2″…nessa UT30BR2 estão prevista instalação e testes daquele “kit anti-drone” mencionado ano passado?
Sr Paulo Bastos, seria possível uma versão navalizada, com orientação mais abrangente visando armar navios patrulha de 500 tom?
Acredito que a empresa possui uma torre naval, é a Corced não?
“https://tecnodefesa.com.br/sarc-corced-e-instalada-na-avipa-anequim-da-marinha”
Eu já vi fotos do blindado Guarani com a UT30 MK2… Por que o exército usa a UT30 BR? Por ter uma silhueta mais alta?
A UT30 MK2 nunca foi instalada em um Guarani…
acredito que ele confundiu a UT30 BR2 com UT30 MK2, confesso que a nomenclatura me confundiu um pouco de inicio até eu ver imagens da torre que a Indonésia adquiriu, essa me pareceu ser mais adequada a uma viatura de porte maior que o Guarani.
Essa é uma curiosidade que tenho até hoje.
A UT30 MK II cabe/caberia no Guarani?
Se sim, quais as chances reais disso acontecer.
Se não, a TORC30 não seria a opção lógica e natural para substituir no longo prazo as UT30 BR2, já que a produção está limitada apenas a 22 unidades?
O EB até agora só comprou 13 UT30BR que serão transformadas UT30BR2 e você está pensando na substituição delas no longo prazo?
Os poucos Guaranis que receberam e receberão a UT30BR vão usá-las até o fim da vida útil. Elas não serão substituídas por outra. Capaz do EB reaproveitar o canhão em outra viatura.
Se saírem os 22 novos Guaranis com a torre já será uma grande conquista.
Se o EB conseguir comprar mais unidades, melhor ainda.
Mas eu não ficaria pensando em novas torres. Nem no longo prazo, pois no longo prazo essas opções (Torc30, UT30 mk2) também estarão obsoletas.