Foi publicada no Boletim do Exército de hoje, 24 de agosto, a portaria Nº 1.126-EME/C Ex, de 15 de agosto de 2023, que constitui o grupo de trabalho (GT) para elaboração de contrato de obtenção da viatura blindada multitarefa – leve sobre rodas (VBMT-LSR) 4X4 Guaicurus e de termo aditivo no contrato da viatura blindada de transporte de pessoal – média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani.
O GT terá por objetivo apresentar ao Comando Logístico (COLOG), no prazo de 90 dias, a minuta do termo aditivo ao contrato nº 120/DMat, de 2016, que trata da aquisição das VBTP Guarani, reduzindo sua quantidade total (que é de 1.580) em até 150 plataformas, e ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), para obtenção de até 420 VBMT Guaicurus.
A nomenclatura “GUAICURUS”
Ao mesmo boletim, foi publicada a portaria Nº 1.127-EME/C Ex, de 17 de agosto de 2023, que atribui a denominação “GUAICURUS” (e não “GUAICURU”) à VBMT 4X4, em “homenagem aos bravos guerreiros indígenas, exímios cavaleiros, que participaram efetivamente na conquista e manutenção de grande parte da fronteira brasileira”.
Este nome causa certa confusão, pois, ao contrario de “Guarani”, que está no singular e se refere ao integrante dos guaranis, “Guaicurus” está no plural, referindo-se à própria etnia.
Respostas de 20
Uma correção: na portaria EME 878/2022, item 4, subitem “a”, “8”, consta que o contrato nº 120-2016-COLOG/D Mat. já havia sido reduzido para 1.260 unidades. Na atual portaria objeto da matéria nem consta o número atual em 1.580 unidades Guaranis 6×6. Essa quantidade já havia sido reduzida.
Manuel, acabei de esclarecer esta informação com o EB para evitar escrever bobagem…
“O Termo de Contrato nº 120-2016-COLOG/D Mat, de 22 de dezembro de 2016, cujo objetivo é a aquisição da Viatura Blindada Guarani, estabelece a fabricação de 1.580 (mil quinhentos e oitenta) Viaturas Blindadas (VB), aditivado para 1.260 (mil duzentos e sessenta) VB, e que outras versões desenvolvidas com base na mesma plataforma poderão ser incluídas na quantidade contratada, entre as quais a VBC Mrt-MSR.”
Este numero de 1.260 refere-se a estimativa de VBTPs.
O numero total de plataformas ainda está contratado para 1.580, lembrando que este numero pode ser modificado em até 25% (para mais ou menos) sem necessidade de alteração contratual.
Paulo,
Com esse eventual aditamento, alterando a quantidade contratual, o número de viaturas 6×6 será reduzida ao mínimo, que é 75% dos 1.580, pois deve-se levar em conta o aditamento anterior. Foi isso que eu quis passar.
Eles pretendem reduzir até 150 guarani do contrato de 1.580 para comprar 420 Lince? Se for para montar o novos 4×4 no Brasil, acho que vale a pena sim
Acredito ser uma decisão bastante acertada, o Guaicurus será muito útil, sendo que esse número até é baixo em relação ao número de Guaranis, mas é importante ter um bom número inicial para talvez mais tarde trazer mais lotes.
Pra mim 150 Guaranis por 420 Guaicurus é uma excelente troca .
Estou achando bom demais para ser verdade essa proporção de 1 Guarani para 2,8 Guaicurus.
Qual a quantidade de Guaranis entregues até o momento?
quase 700. fecha este ano com 700
Em 2021 saiu uma matéria aqui mesmo falando sobre a entrega simbólica do Guarani 500 ou seja, 500 unidades já produzidas. Porém, são mais que 500 já produzidos. Creio eu que já temos por volta de 600 unidades… talvez o Bastos tenha uma informação mais acertada da quantidade.
oficialmente já foram 600 entregues , a esta altura deve ta indo pra 700
Tendo em vista a LONGAAAAAAA duração que o contrato do guarani via ter, reduzir os 150 ultimos por + 420 VBMT 4X4 é uma excelente troca, assim evitando receber um material defasado daqui 15 anos.
PS: tomara que no final o contrato de 1.260 seja realmente o minimo! e não o maximo, oremos
Que seja um lote inical. Temos que lembrar que os Marrua ja estao completando +10anos e jaja teram que ser substituido, pois a frota de 2056 unidades apresentam um processo acelerado de corrosão tanto na carroceria quanto cabine.
Lembrando o trecho de uma matéria anterior:
” Em 2019 foi assinado um contrato inicial de compra de 32 unidades, com opção para mais dois lotes de 77 (totalizando 186 viaturas), e sua incorporação ocorreu em agosto do ano.”
Já na matéria atual, vemos um aumento de viaturas Guaicurus, com um total de 420 VBMT Guaicurus.
4×4 o EB está precisando, e muito. Faz sentido essa pequena redução para a aquisição de mais Guaicurus. E, realmente, essa nomenclatura escolhida pelo EB, causa confusão. Na minha modesta opinião, essa nomenclatura deveria ser substituída por outra… como Xetá, por exemplo. Um nome que achei ”a cara” do LMV.
Boa noite!
Se concretizando a noticia da compra dos 420 LMV, qual seria a alocação dos mesmos? iriam para os mec.
Pensamento correto, no meu entender…
Motorizar as forças armadas e dar-lhes mobilidade é o que deveria ser encarado como prioridade máxima, após o adestramento e equipamento do soldado em si. E se é obtido em sacrifício de unidades mais capazes, que seja.
Porém, neste caso, a transação é aceitável e, por assim dizer, necessária…
O 4×4 vem se mostrando uma plataforma muito bem adaptada ao combate atual, obtendo uma razão muito interessante entre proteção e mobilidade em terreno favorável. Desde patrulha a reconhecimento, o faz a custo muito inferior que um 6×6 ou 8×8. Ágeis, flexíveis, bem protegidas, modulares… Tá aí a família russa KAMAZ 4386 como exemplo claro do que se pode evoluir e obter com esse tipo de plataforma.
Bah! Colocar um nome feio desses num blindado tão bonito…. Esses milicos são ruins de colocar nome nas coisas. Tanto nome melhor…. Poderiam homenagear a terra natal da Iveco.e colocar Montese a cidade italiana libertada pela FEB… VBMT Montese … Seria bem melhor…
meu caro, as viaturas do exército brasileiro seguem algumas regras para serem denominadas (cascavel, urutu, guarani, guaicurus etc…) depende das orientações do Cmt da força, como se trata de viaturas produzidas ou montadas no Brasil utilizam nomes brasileiros, as estrangeiras utizam os nomes adotados no país de origem (M60 Patton, Leopard, Guepard etc..).
No momento atual a orientação é por homenagear os povos que estavam no Bradil antes da chegada do homem branco.
Acho que vc concorda que se devemos homenagear alguma coisa ou alguém que seja do nosso país.
Na verdade foi a Engesa que adotou nomes de cobras brasileiras para seus veículos. Assim como colocou Osório em paralelo ao Abrahams. O EB apenas os manteve.
Fernando, estamos no Brasil. Os indígenas brasileiros foram silenciados desde sempre e formalmente com decretos ou equivalentes do Marquês de Pombal. Vale lembrar a escravização e genocídio de indígenas por ações religiosas e pela ganância dos ditos ‘bandeirantes’, grandes escravizadores de povos indígenas. Ao menos recordar-lhes qualidades ou palavras, muitas das quais fazem parte do nosso vocabulário ou topônimos servem para nos dizer que existiram.