Exército Italiano qualifica as primeiras tripulações de Centauro II

Terminou nesta semana o primeiro curso para instrutor para o blindado Centauro II, ministrado por técnicos do Consórcio Iveco-Oto Melara (CIO), para os militares do departamento de ensino e grupo de treinamento da Escola de Cavalaria do Exército, na Sicília.

A nova plataforma de combate, atualmente fornecida à Escola de Cavalaria, insere-se no programa de substituição da versão anterior do Centauro, em serviço desde 1992, para equipar os regimentos de Cavalaria com um veículo de combate eficaz, moderno e versátil. Está equipado com um canhão de 120 mm, sistemas de comando e controle digitais e alta proteção balística contra minas e dispositivos explosivos improvisados ​​(IED).

No processo de modernização da Força, o centro de treino e especialização da Cavalaria, em colaboração com os técnicos e engenheiros das empresas Iveco e Leonardo, lançou um curso de qualificação dos primeiros dez Instrutores, que constituirão a espinha dorsal para a requalificação de todo o pessoal dos regimentos de Cavalaria que irão receber a nova plataforma de combate.

O curso foi dividido em aulas teóricas e atividades práticas, com a parte teórica divididas em três fases de estudo, denominadas, “Casco”, “Torre” e “TLC”, respectivamente, com o objetivo capacitar os instrutores conduzir, utilizar o armamento principal (torre HITFACT MkII) e os sistemas de comando e navegação (SICCONA) e os subsistemas de telecomunicações.

O processo de formação do corpo de instrutores terminou com um exercício de fogo no qual foi possível apreciar as características do sistema de armas e o excelente nível de preparação alcançado pelo pessoal qualificado.

Fonte: Exército Italiano

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Respostas de 14

    1. Boa pergunta!
      Também gostaria de saber se é possível e se vale à pena criar uma doutrina baseada apenas em blindados “caça-tanque”.

  1. Em minha opinião isso é algo improvável, pois diminuiria a capacidade da Força.
    Um carro de combate deve possuir lagartas para melhor distribuição de seu peso no solo, permitindo uma maior couraça (proteção balística) e mais mobilidade em terrenos acidentados.
    O Centauro é um caça tanques, um veículo de emboscada, e este não tem capacidade de enfrentar (em pé de igualdade) um MBT em um combate convencional.

  2. O Centauro, dentro da doutrina italiana, é um basicamente um Carro de Combate. Os italianos tem Brigadas Leves, Médias e Pesadas. Nas suas duas Brigadas Pesadas, eles tem Ariete e Dardo. Nas quatro Médias, tem Centauro e Freccia.
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    No nosso caso, será um grande erro a adoção do Centauro para substituir o Cascavel, na mesma estrutura e doutrina de emprego. É muito caro pra isso e o blindado vai sobrar demais nessa função. Não compensa. O Centauro tem espaço no Brasil, atuando como Carro de Combate Sobre Roda, dentro do RCB e compondo o núcleo de uma formação de armas combinadas.
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    Para desempenhar as funções de reconhecimento, o LMV 4×4, equipado com a Remax e outros sistemas, seria muito mais negócio e poderia ser adquirido em quantidade. E seria ainda melhor, se em um futuro projeto da Remax, a Ares passe a integrar um ATGM a esta RWS. A partir do LMV, também poderiam integrar a operação de drones e loitering munitions de pequeno porte.

    1. No Exército Italiano, devido ao fato das forças pesadas se localizarem no norte do país, as Brigadas Mecanizadas, devido a sua mobilidade, tem a função de força de contenção para um possível desembarque no sul, até a chegada das tropas pesadas.
      Novamente, o Centauro não é um MBT, e não é utilizado como tal, ele é um caça-tanques que deverá “aguentar o tranco” até a chegadas dos MBTs.

      1. O MBT deles é o Ariete e isso não há o que discutir. Só que dentro do entendimento que tenho da estrutura organizacional e doutrina dos italianos, que colocam esses meios em regimentos de cavalaria, aplicando essa mesma estrutura em diferentes missões, o Centauro se torna mais do que um simples “caça-tanques”. Ele e sua unidade, são muito úteis. Reconhecimento por força, apoio de fogo para infantaria e por consequência, “aguentar o tranco” em operações defensivas, são bons exemplos. Dizer que ele é basicamente um Carro de Combate, logicamente Sobre Rodas, não me parece em nada errado.

        1. Sim, neste contexto você esta correto.
          o Centauro II é classificado no EB como uma viatura blindada de combate (VBC), diferentemente do Cascavel, que é uma viatura blindada de reconhecimento (VBR).
          Nos estudos do GT NOVA COURAÇA, que definiram o escopo para o atual programa de aquisição dos 8X8, ele era definido como VBC-AC, ou seja, anti carro, para as brigadas mecanizadas.
          Porem, com a evolução dos estudos e no atual contexto do programa, ele foi redefinido como VBC Cav, ou de Cavalaria, para dar mais flexibilidade operacional. A função ainda AC ainda será a principal, mas ele também será empregado como apoio de fogo, reconhecimento e outras.

      2. Bastos, pegando carona na conversa, sabe informar se o EB\Ares já teem em mente a introdução de um lançador de ATGM no Sarc Remax numa versão futura ???

  3. Bom, sabemos que o Centauro II é o querido do EB devido toda a parceria que existe com a IVECO. Será que nesse curso de formação, se tratando de um blindado apresentado como opção para o EB e se tratando também de um blindado novo, houve algum acompanhamento por parte do EB? A dúvida fica no ar, mais que é um baita de um blindado, isso ele é. A IVECO saiu 10 passos á frente dos de mais concorrentes para 8×8 do EB, fato! Se Deus quiser veremos, ano que vem, dois blindados, adquiridos diretamente do fabricante para o início definitivo do programa VBC Cac 8×8 do EB. Minha torcida, obviamente, vai para o Centauro II.

    1. Manuel, minha percepção de favoritismo foi exposta na ordem que apresentei os veículos na matéria “VBC Cav 8X8, as novidades” (http://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-8×8-as-novidades/), mas ela podem alterar após as entregas das propostas, que ocorrerá em breve.
      Durante a consulta pública, que ocorreu no meio do ano, 26 veículos blindados foram apresentados, porém acho difícil que mais de cinco apresentem propostas factíveis.

      1. Boa tarde, Paulo Bastos! Tem alguma novidade sobre o andamento do programa? Alguma data para a divulgação do resultado? ou pelo menos do short-list com os finalistas

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