Exército inicia processo para obtenção de obuseiro de 105mm

O Estado-Maior do Exército (EME), através do Escritório de Projetos do Exército (EPEx), lançou hoje, dia 05 de agosto, o edital da consulta pública (request for information”/ “request for quote”  – RFI/RFQ) 03/2024 para sondar o mercado nacional e internacional sobre à possibilidade do fornecimento mínimo de 54 obuseiros 105mm autorebocados e realizar pesquisa de preços, dentro do Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha (SPrg SAC) do Programa Estratégico do Exército ASTROS (Prg EE F ASTROS).

As empresas proponentes deverão garantir um suporte logístico adequado, de modo a permitir a completa operação ao longo da vida útil do sistema, preferencialmente utilizando componentes de fornecedores e tecnologia nacional, fomentando a economia e diminuindo a necessidade de aquisições no exterior.

As empresas interessadas terão até o dia 12 deste mês para se manifestar e poderão baixar toda a documentação no site do EPEx (http://www.epex.eb.mil.br/).

Este programa seque em paralelo ao estudo da possibilidade de fabricar um obuseiro nacional, mediante a aquisição da licença com fabricantes no exterior e produção nos Arsenais de Guerra do Rio (AGR) e São Paulo (AGSP).

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Respostas de 17

  1. Prezados, boa tarde!

    Como assim os projetos vão seguir em paralelo? Então haverá a possibilidade de 2 produtos de origens diversas? Uma compra direta e outro nacionalizado?

    1. Não, a ideia é uma vez escolhido o modelo passará por um processo de nacionalização (estudo paralelo) que visa esse objetivo.

  2. Sou Artilheiro Pqdt, o obreiro 105 AR, Oro Melara, fabricação Italiana, versátil, e cumpri muito bem a missão, executando a missão de tiro, com grande rapidez.

      1. Simples é mais fácil ter um professor do que sem!!! Parte da Engenharia reversa da China foi construída a partir da expertise adquirida de ToT e fabricação sobre licença (Teoria e prática)

  3. Bastos , obrigado por mais um furo jornalistico !!
    Hoje o EB opera 3 diferentes modelos de obuseiros 105 mm : M56 80 pecas nas Bda de Selva e Pqd ; L118 54 pecas nas Bda Leves e Aeromoveis ; M101 320 pecas nas demais Bdas .
    Como o pedido é de 54 unidades , me parece que a possibilidade esta em equipar algumas da Bdas de emprego estrategico , que ainda operam os M101 .
    A fonte destas informacioes esta no site :
    https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/4045458/artilharia-do-exercito-brasileiro-no-seculo-xxi-diminuir-gap-entre-extremos

    1. Marcelo, obrigado pelo pelo elogio.
      Na verdade o EB estuda, desde 2014 (conforme a Port 514-EME, que Aprova Diretriz de inicialização do SPrg SAC), substituir todas as suas peças de artilharia AR de 105mm por 155mm, porém, viu que algumas tropas específicas, como as Paraquedistas, Aerotransportadas, Selva e Montanha, que necessitam de um armamento mais leve e com maior mobilidade, teriam muita dificuldade de operar essas peças maiores, sendo obrigados a dependerem apenas dos morteiros de 120mm.
      Em função disso que a o estudo para a aquisição das peças de 105mm (e também sua licença de fabricação), está sendo feito.
      Sobre os numero do site espanhol, não sei de onde ele retirou estas informações, mas elas estão equivocadas.

      EM CARGA o EB dispõem, de acordo com os últimos números publicados (Inventário da DMat, de junho de 2020), das seguintes quantidades (em diversas OM’s e não apenas nas citadas):
      _ OTO-Melara M-56 = 58 Pçs;
      _ RO L118 Light Gun = 40 Pçs;
      _ RIA M101/M101A1 = 291 Pçs.

      Por isso sugiro reservas com esta ou qualquer mídia que apresente números absolutos sem apontar sua fonte…

      1. Em que pese as boas qualidades do obuseiro M56 105 mm nas brigadas de Selva e Pqdt, os mesmos já estão antigos e com alcance limitado, embora exista um estudo da Oto Melara em trocar o cano por um mais longo.
        As divisões americanas 82ª, 101ª e a 173ª brigada pqdt usam o M119 105 mm e o M777 155. Acredito que o problema atual, seja em não dispormos de meios aéreos para transportar as peças e respectiva munição em nossas brigadas pqdt e aeromóveis.

      2. Aproveitando o diálogo , na sua opinião quem seriam os contendores ? Vejo que muitos países tem modelos próprios de obuseiros 105 mm .

  4. Armamentos de tubos continuam sendo estrelas nos combates; precisamos construir nossas peças de artilharia AR 100% por aqui; 100% mesmo, incluindo os tubos 105/155. Esqueçamos escalas para futuras exportações, o importante é esse domínio.

  5. Incrível como ainda buscamos no exterior equipamentos relativamente simples que poderiam muito bem ser produzidos aqui com total domínio do processo de produção.

    1. “Simples” depender de quanta tecnologia você vai empregar neles seja em materiais (para ter leveza resistência mecânica resistência térmica resistência química ocultação em IR) seja em sistemas mecânico (sistema de absolvição de recuo movimentação) seja em sistemas de controle (tanto sistemas sofisticado com o de backup)…Fora o sistema de camuflagem a parte…

  6. Bastos, uma pergunta fora do tópico:
    O EB modernizou 386 M113 para o padrão BR em 2 lotes, sendo um de 150 e o outro de 236. Lá em 2021 falou-se em modernizar mais 150, dos 198 que ainda não haviam sido modernizados. Sabe dizer se esses 150, que seriam um terceiro lote de modernização, chegou a ser contratado ou ficamos “apenas” nas 386 viaturas modernizadas?

  7. O país tem feito ótimas aquisições, apesar das quantidades sempre ficarem a desejar. Como não temos “dindin” para mágicas , que continuem seguindo a premissa adotada, um passo por vez é melhor que nada.

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