Exército Brasileiro utiliza drone para fiscalizar a fronteira com o Uruguai

A 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (3ª Bda C Mec), Brigada Patrício Corrêa da Câmara, sediada em Bagé (RS), que tem como responsabilidade uma área de 400 km de fronteira com o Uruguai, entre os municípios de Santana do Livramento e Jaguarão, recebeu recentemente um novo meio auxiliar para fiscalização e patrulha: um Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP), mais conhecido como drone.

O modelo do SARP é um Mavic Mini Combo Fly, da empresa DJI, um mini drone comercial, extremamente compacto, pesando cerca de 250 gr, mas com um alcance de até 4 km,  uma autonomia de aproximadamente de 30 minutos e câmera de grande resolução.

O DJI Mavic Mini é um mini drone de baixo custo, muito utilizado em atividades civis (Foto DJI)

O SARP foi adquirido a cerca de dois meses, por iniciativa da 2ª Seção da Brigada (Inteligência), em apoio às atividades da 3ª Seção (Operações), já com a finalidade de apoio às medidas de fiscalização, visando o cumprimento à Portaria Ministerial Nº 132, de 22 de março de 2020, que instituiu o fechamento temporário da fronteira do Brasil com a República Oriental do Uruguai, face as medidas preventivas da disseminação do COVID-19. Tal medida mobilizou as unidades de fronteira no cumprimento da determinação, por meio de postos diuturnos montados nas vias principais de acesso ao país, todavia, verifica-se que a região oferece diversas vias vicinais de acesso a ambos os países, necessitando, portanto, de fiscalização, que demanda aos Regimentos, debruçados na fronteira, um custoso aporte logístico e de pessoal. Nesse contexto, o drone comercial se mostra como uma alternativa eficaz e barata, em virtude de sua economia, se comparado ao uso de aeronaves de asa rotativa (helicópteros), ou pela utilização de viaturas e pessoal para realizar o patrulhamento das aludidas vias.

A 3ª Bda C Mec, vem se utilizando desse recurso para potencializar sua fiscalização e aprimorar seu planejamento de fiscalização, por intermédio das informações trazidas pelo drone. Tais informações, vêm norteando o emprego da tropa e potencializando o patrulhamento, gerando economia de meios e de pessoal, aumentando também a eficácia destes no cumprimento da Portaria Ministerial.

No momento apenas um militar está capacitado para opera-lo, todavia a 3ª Bda C Mec está buscando a capacitação de mais militares, e o mesmo já foi empregado pelo 7º Regimento de Cavalaria Mecanizado (7º RC Mec),  em Livramento; 3º Regimento de Cavalaria Mecanizado (3º RC Mec), em Bagé; e 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado (12º RC Mec), em Jaguarão.

A utilização de SARP não especializados e adquiridos no mercado civil, os conhecidos drones, podem auxiliar muito as atividades de inteligência, controle e fiscalização, principalmente em ambientes urbanos e fronteiriços, e se mostram um solução eficiente a um custo extremamente baixo,devendo se tornar cada vez mais comuns nas forças armadas brasileiras.

Imagens tiradas pelo “drone” da 3ª Bda C Mec na fiscalização da fronteira com o Uruguai (Fotos: 3ª Bda C Mec)

Com informações da Com Soc da 3ª Bda C Mec

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Comentários

4 respostas

  1. Nasci e moro em Bagé, realmente existe uma grande área de fronteira por aqui. Sem dúvida esse equipamento vai ajudar muito na fiscalização!

  2. Concordo, porém essa classe de drone seria mais apara uso pontual e em ações específicas, realmente uma excelente ideia, porém precisamos de UAV’s com maior autonomia, esperamos que cada dia mais UAV’s entrem em serviço no combate aos ilícitos trans fronteiriços e na defesa de nossa soberania. Para´bens à OM que utilizou essa ferramenta.

  3. Infelizmente aqui nesse país, tudo é complicado e voltado p/ deixa como está p/ ver como fica.
    Os drones já deverião ser utilizados em larga escala faz tempo porque são ferramentas muito útil e barata se for ver.
    Más ñ é o que se vê pois a muito tempo atrás a PF, importou de Israel alguns deles e o que se viu foi verdadeira guerra de interece c/ FAB, enqto isso as fronteiras entregue a bandidos, totalmente aberta.
    Outra coisa absurda é que o paîs ainda precisa importa-los, como tudo que envolve armamento de ponta, falta investimento e o que tem, parece um ELEFANTE BRANCO, alguns dos projetos de material mais avançado em execução aqui, ñ acaba nunca.

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