Na semana de 2 a 6 de março, o 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva (12º GAAAe Sl), o Grupo Tenente Juventino da Fonseca, recebeu o sistema de mísseis telecomandados RBS 70 e realizou, no dia 10 de março, uma cerimônia militar para apresentar o material mais moderno da Artilharia Antiaérea brasileira aos integrantes da organização militar.
O RBS 70 (Robotik System 70), da fabricante sueca Saab, faz parte do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (Prg EE DAAe) e atende às necessidades de defesa antiaérea à baixa altura.
O míssil opera com um sistema de guiamento por feixe de raios laser e será empregado com base em informações recebidas em tempo real do radar SABER M60, com o tratamento das informações no Centro de Operações de Artilharia Antiaérea (COAAe), estruturas já existentes na unidade.
Com os novos postos de tiro, e somadas ar a defesa antiaérea em qualquer ponto do território nacional, com ênfase na Região Amazônica.
Obs do Autor: Em que pese a crônica falta de um sistema AAAe de média altura/longo alcance no TO Amazônico, a existência de unidades armadas com mísseis V-SHORAD proporciona boa capacidade de defesa reativa contra ameaças de asas rotativas e alguns perfis operativos muito restritos para aeronaves de alta performance como jatos de ataque ou mesmo drones de combate armados.
No entanto, a pequena quantidade de postos de tiro/mísseis em arsenal, e a falta de mais unidades do tipo tornam a missão das OM existentes quase impossível: muito território para poucos mísseis e homens treinados.
Na verdade, a defesa V-SHORAD deve ser entendida como de extrema mobilidade e explicitamente reativa, assumindo condição operativa na área de crise em questão de horas após o deployment e atuando no curto alcance e próxima a infantaria.
O RBS 70, mais sofisticado que o IGLA-S em todos os quesitos, apresenta um sistema de guiamento que permite um excepcional lock-on em helicópteros eàs capacidades dos mísseis IGLA-S, o 12º GAAAe Sl amplia sua capacidade de realiz aeronaves de baixa performance, de dia ou a noite. Já os IGLA-S só resultam eficazes se disparados dentro de rígidos preceitos operacionais estabelecidos pelo fabricante, e em distâncias muito pequenas para os padrões atuais, expondo seus operadores a contra-ataques.
Um IGLA-S pode ser desviado do alvo por decoys do tipo flares lançados em grandes quantidades.
Um RBS 70, uma vez mantida a linha de visada sobre o alvo, não importa as manobras, resultará em impacto direto ou passagem próxima com detonação da ogiva explosiva de fragmentação anular por espoleta de proximidade a laser.