Exército aprova requisitos para misseis em seus helicópteros

De acordo com a portaria nº 933-EME/C Ex, de 16 de dezembro de 2022, e publicada hoje no Boletim do Exército (nº 51/2022), o Exército Brasileiro (EB) aprovou os requisitos técnicos, logísticos e industriais  (RTLI) de seu futuro sistema de armamento axial e de imageamento para helicópteros (SiAAIH), o EB20-RTLI-04.047.

Os requisitos operacionais, aprovados pela portaria nº 684-EME/C Ex, de 04 de abril de 2022, define que as aeronaves HA-1A Fennec (AS550 A2) e HM-1A Pantera (AS365 K2), na configuração de reconhecimento e ataque, devem estar em condições de receber os seguintes armamentos axiais, em configuração única ou mista:

  • Metralhadora de calibre 12,7x99mm (.50’);
  • Lançador de foguetes não guiados de calibre 70 mm, compatíveis com a classe “Mk 66” em uso no EB, e com cabeças de guerra variadas; e
  • Mísseis ar-solo com cabeças de guerra variadas.

Além disso, o subsistema de armas deve permitir, com redundância, o alijamento em voo dos armamentos montados externamente.

Já o subsistema de aquisição de alvos e imagens, deve possuir os seguintes sensores e equipamentos do tipo EOP (“Electric-Optical Platform”) com sistema infravermelho (IR), modos white-hot e black-hot, sensor diurno/noturno, designador e iluminador de alvos por laser compatível com óculos de visão noturna (OVN) e medidor de distâncias (telêmetro) com alcance de 10 km e com erro máximo de 20 metros.

Estes requisitos servirão de base para habilitação ao fornecimento SiAAIH para Aviação do Exército e abrem espaço para a introdução de mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM), como o Spike LR2, em seus vetores.

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Respostas de 15

  1. Excelente decisão, armando os Fennec com mísseis anticarro com certeza teremos uma plataforma que suprirá essa função até termos um heli de ataque puro.

    Só acho um erro descartar o uso de foguetes guiados, já que o helicóptero terá designador a laser, os foguetes da Siatt se encaixariam bem numa operação de apoio à forças especiais com um custo menor que o de mísseis.

    1. Torço para que revejam isso no futuro, seria uma ótima aquisição para o EB além de incentivar o desenvolvimento da indústria nacional.

  2. Tendo o conjunto óptico um “(…) designador e iluminador de alvos por laser (…)”, entendo que, o uso de foguetes guiados ou, com buscador de alvos iluminados por laser, poderiam ser usados, já que, do ponto de vista da plataforma, são semelhantes aos foguetes não guiados. Está correto meu raciocínio?

    1. ChDegelo,

      Não necessariamente…

      A plataforma deve ser preparada para operar com a munição e os sensores requeridos para consolidar-se como sistema de armas, e operará/engajará de acordo com os parâmetros permitidos pelo “conjunto”.

      Se estivermos falando de armas com operação para a linha de visada, então o vetor/plataforma deverá operar aproando diretamente para o alvo (ou aproando o sistema de lançamento para o alvo, de uma tal forma a manter a munição sob a linha de visão do sensor/operador, a fim de efetuar correções de trajetória).

      Se for uma operação para além da linha de visada, então os parâmetros para a utilização da munição irão depender dos sensores utilizados para engajamento. Estando eles nas próprias plataformas, então dever-se-á encontrar uma posição na qual o sensor direcionará seu feixe para o alvo ou captará a imagem do dito cujo. Caso os sensores estejam fora da plataforma, então esta ultima deverá apenas colocar-se em uma posição favorável para o lançamento (de acordo com as características do artefato), e o sistema de guia da arma (sempre automatizado nesse caso, e que poderá estar na munição em si ou anexa ao sensor) fará o resto.

  3. Interessante essa imagem ai, é possível a instalação do sistema optrônico, assim sobre a cabine da aeronave? eu já vi esse tipo de sistema, usado tanto para a identificação de alvos a superfície, como para ao guiamento de armamento inteligente, instalado sobre o nariz da aeronave, seja em helicópteros de ataque autênticos, seja em helicópteros modificados, para a missão de ataque e reconhecimento.

  4. Tudo que nossas Forças Armadas puderem fazer para se protegerem e protegerem a pátria deve ser sempre considerado de alta obrigatoriedade. Só temos que agradecer.

  5. O meu senso crítico faz lembrar q todos os helicopteros militares têm q ser blindados, por estarem muitos expostos e por voar devagar.
    É coerente e sábio equipar e armar os helicopteros da armada, p a guerra moderna.
    Eles deveriam comprar helicopteros de ataque de 2 lugares, como o italiano, o russo e o chinês e até o turco cujo projetos é de ataque e combate.
    Por ser final de ano e mandato o Bolsonaro poderia dar “uma canetada”, e transferir todos os mi35 da aeronáutica p o exército, pois estando parados os helicopteros há perda de tempo, equipamento, experiência, treinamentos, aprendizados…, abraços.

    1. Roberto,

      Primeiramente, deve-se avaliar a ameaça em potencial que o sistema de armas enfrentará… Não há, atualmente, um único sistema de armas em posse de adversários em potencial de nosso País que justifique a aquisição de um helicóptero de ataque dedicado… E existem prioridades, tais como garantir a capacidade de helitransporte de médio porte, enfim, entre outras necessidades muito maiores…

      Quaisquer sistemas de origem russa e chinesa estão fora de visada. E o sistema turco não é mais impressionante que o ‘Mangusta’. Isso é coisa pra daqui a anos, caso se verifique uma real possibilidade de aquisição.

      Os remanescentes do Mi-35 já foram desativados, e não creio que a FAB irá pagar para trazer de volta a vida essas máquinas, cujo custo-benefício evidencia-se como ruim.

  6. Quem não tem cão ! caça com gato o Brasil e o único país que não posue helicóptero de ataque os único que tínhamos que era o H2 sobre foram aposentado por questões burocráticas

  7. Cara tava na cara que a modernização dos panteras e fennecs não se limitaria apenas em foguetes não guiados e canhões. Mas não podiam contar isso cedo demais pra não haver repercussão né EB. muito esperto…..
    Uau meu momento conspiração kkkkkk

  8. Esses helicópteros já possuem quase quarenta anos. Não deve-se gastar nada com eles. Somente esse pacote de armas vai custar a metade de um helicóptero novo que já vem com tudo integrado. Para que gastar dinheiro para usar meia década?

  9. Interessante, só não acho que haveria, de fato, necessidade de armar os Panteras K2, os Fennec sim, faz todo sentido. De repente é uma forma de ter uma janela aberta para treinamentos de viabilidade do conceito, coisa e tal. Para o nosso TO, Fennecs bem armados, escoltando Panteras k2, seriam suficientes para muitas missões. Caso precisasse de algo mais parrudo, para situação mais quentes, talvez com forças expedicionárias em missão da ONU, aí o HM4 Jaguar (H225M) com o AW129 Mangusta seriam mais apropriados. Aí poderíamos ter duas duplas de helicópteros, mais ou menos no conceito Hi-Low mix: Fennec-Pantera K2 para situações menos exigentes; Mangusta-Jaguar para TO quentes.

    1. Há quem diga que os Fennec’s se equiparam ou superam em manobrabilidade(por serem leves e tal) aos Kiowa Warrior que a US Army usava ,ou seja o EB ficará muito bem equipado até que cheguem os puro sangue de ataque e se olharmos nossas possíveis ameaças(vizinhança) ai que estaremos muito bem na fita mesmo.

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