Vinte e três militares iniciaram o curso teórico do helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira (FAB), AH-2 Sabre. As instruções começaram na semana passada, ocorrem em Porto Velho (RO) e terão duração de três semanas.
A turma é formada por militares recém-chegados de outras unidades da FAB. Desse grupo, três pertencem ao efetivo da Base Aérea de Porto Velho (BAPV) e 20 são pilotos e mantenedores do Esquadrão Poti (2°/8° GAv), unidade que opera os AH-2 Sabre.
Os participantes assistem aulas sobre os diversos sistemas do AH-2, que incluem matérias sobre armamento, sistemas elétricos, eletrônicos e hidráulicos, bem como grupo motopropulsor. No final, os alunos terão ainda, a possibilidade de conferir, no hangar da unidade, o real funcionamento de cada sistema estudado.
De acordo com o chefe da Subseção de Instrução do Esquadrão, tenente-aviador Leandro Richard Hilario, o curso é pré-requisito para que os pilotos possam começar a instrução como Piloto Operador de Sistema de Armas (POSA) e para que os graduados possam começar a acompanhar a manutenção da aeronave.
“Essa capacitação é de suma importância para que possamos dar aos militares recém-chegados a condição de operar o novo vetor seja pilotando efetivamente, ou fazendo a manutenção”, destacou o oficial.
Desde o início das operações dos helicópteros AH-2 no Brasil, em 2009, o Esquadrão Poti já formou mais de 80 militares no Curso Teórico do AH-2. “Assim temos pessoal treinado e qualificado para contribuir com a manutenção e a progressão operacional da unidade”, complementou o tenente Leandro.
Helicóptero de ataque
O AH-2 Sabre é o primeiro modelo de helicóptero de combate em operação nas Forças Armadas do Brasil. Em novembro de 2014 o esquadrão recebeu os três últimos exemplares dos doze encomendados.
Cada AH-2 conta com um canhão de 23 mm capaz de disparar até três mil tiros por minuto. Para se ter uma ideia, cada tiro de 23mm causa o mesmo impacto de quase 100 tiros de uma arma calibre 7,62mm, o mesmo encontrado nos fuzis utilizados por tropas no solo.
Com peso de 12 toneladas, o AH-2 têm blindagens nas partes vitais como o tanque de combustível. A cabine dos pilotos, além de blindada, também é vedada para o caso de contaminação química ou biológica.
Ivan Plavetz