Embraer e L3Harris desenvolverão KC-390 “Agile Tanker” para a USAF

A Embraer S.A. e a empresa americana L3Harris Technologies  anunciaram hoje, dia 19 de setembro, uma parceria para o desenvolvimento do “Agile Tanker”, uma opção de reabastecimento aéreo tático ágil para atender às diretrizes operacionais da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e aos requisitos da Força Conjunta, especialmente para ambientes sob disputa.

As empresas assinaram um acordo para expandir as capacidades de reabastecimento do jato tático KC-390 Millennium, da Embraer. Os aprimoramentos incluem a integração de um sistema de reabastecimento conhecido como “flying boom”, além de sistemas de missão, para permitir localização distribuída e apoio a operações em áreas sob disputa, bem como comunicação resiliente atendendo aos requisitos JADC2 (comando e controle conjunto para todos os domínios, na tradução do inglês).

“Os estrategistas da Força Aérea dos Estados Unidos estabeleceram que a realização da visão de emprego ágil em combate (‘Agile Combat Employment’) exigirá plataformas de reabastecimento otimizadas para apoiar uma abordagem desagregada de domínio aéreo em ambientes sob disputa”, disse Christopher E. Kubasik, presidente e CEO da L3Harris. “A colaboração com a Embraer para desenvolver e integrar novas capacidades à aeronave multimissão KC-390 fornece uma solução econômica e de rápida implementação, que incorpora nossa reconhecida abordagem disruptiva.”

Os aprimoramentos complementarão as atuais capacidades de reabastecimento da aeronave, que incluem o sistema do tipo “sonda e cesto” de velocidade variável, a habilidade de receber combustível em voo, além de decolagem e pouso em pistas curtas e não-preparadas, permitindo uma maior cobertura da área de missão.

“Continuamos buscando parcerias significativas e estratégicas que gerem novos desenvolvimentos e ampliem o alcance de mercado do KC-390 Millennium”, disse Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer. “Nossa aeronave está chamando a atenção das forças aéreas em todo o mundo, e estamos particularmente entusiasmados com esta oportunidade de combinar a plataforma e os sistemas de última geração da Embraer com as soluções de missão da L3Harris para atender às diretrizes operacionais da Força Aérea dos Estados Unidos.”

As diretrizes operacionais da USAF são um mapa de referência para se desenvolver com sucesso as novas tecnologias, doutrinas e culturas que as Forças Aérea e Espacial devem possuir para deter e, se necessário, derrotar adversários atuais e futuros. O KC-390 Millennium é veloz, versátil e pode ser rapidamente reconfigurado para executar uma série de missões com alto índice de confiabilidade. Ao combinar a experiência da L3Harris em integrar sistemas de missão com a avançada plataforma Embraer KC-390 Millennium, ambas as empresas estão preparadas para fornecer a próxima geração de aeronaves de reabastecimento ao Departamento de Defesa dos EUA e à USAF.

Para atender aos requisitos da legislação dos Estados Unidos (“Buy American Act”), as partes estão estudando a produção do programa “Agile Tanker” com montagem final nos Estados Unidos, seguida de modernização e preparação para a missão no centro de modificação da L3Harris em Waco, no Texas.

Fonte: Embraer

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Respostas de 6

  1. Excelente parceria. Agregar mais essa capacidade ao avião faz do KC-390 uma plataforma extremamente versátil para os diversos usuários que possuem aeronaves que requerem esse tipo de REVO. Um passo importante para a EMBRAER.

  2. ‘Buy American Act”; o ato de se comprar primeiramente produto americano para sustentar a empresa nacional…quando é que nós vamos aprender a valorizar mais o que é nosso?

    Parabéns à Embraer por essa parceria; Made in Brazil rapaz!

  3. Pra fazer o “Buy American Act” no Brasil temos que comprar quantidades significativas para sustentar as empresas nacionais. Não adianta comprar 2000 blindados e ir cortando pra virar 500, ou 28 aviões pra virar 22 ou quem sabe até menos. A questão é que sustentabilidade depende de perenidade, que por sua vez depende de regularidade de investimentos e quantidades significativas paras compensar a implantação das indústrias.

    No formato tupiniquim, é mais efetivo comprar COTS pronto de coisa que não pagamos o desenvolvimento e já pronto pra uso.

    Ou mudar o congresso para que Defesa seja prioridade.

    No caso em tela, acho que devia ser investido em FRU pela Embraer até pra atender a maioria dos países.

  4. Sempre afirmei que o EUA e a Boeing queria somente o pós serviço da EMBRAER, pois são vetores aéreos excelentes e barato, e com boa linha de crédito.
    O uso do 380 Milenium é de amplo espectro de serviços a ser entregue. Espero que o próximo governo invista mais na EMBRAER, para manter o renome de transnacional brasileira.

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