Embraer divulga os resultados do 1º trimestre de 2018.

DESTAQUES

  • No 1º trimestre de 2018 (1T18), a Embraer entregou 14 jatos comerciais e 11 executivos (8 leves e 3 grandes), abaixo dos 18 jatos comerciais e 15 executivos (11 leves e 4 grandes) do 1T17;
  • No 1T18, a carteira de pedidos firmes (backlog) da Companhia fechou em US$ 19,5 bilhões e passou a incluir a nova unidade de negócio de Serviços & Suporte;
  • No trimestre, o EBIT[1] e EBITDA² foram de R$ 88,1 milhões e R$ 292,9 milhões, respectivamente, levando a uma margem de 2,7% e 9,1%. Não houve qualquer item especial contabilizado nos resultados do 1T18;
  • No 1T18, a Embraer apresentou Prejuízo líquido de R$ 40,1 milhões e Prejuízo por ação de R$ 0,0547. O Prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos) foi de R$ 77,8 milhões e Prejuízo por ação ajustado ficou em R$ 0,1061;
  • A Embraer encerrou o 1T18 com uma posição total de caixa de R$ 11.395,3 milhões, com uma dívida de R$ 13.916,8 milhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 2.521,5 milhões;
  • Em fevereiro, apenas 56 meses após o lançamento do programa, o E190-E2 foi certificado pela ANAC, FAA e EASA. É a primeira vez que um programa aeronáutico com o nível de complexidade do E2 recebe um certificado de tipo de três das maiores autoridades aeronáuticas internacionais de certificação, simultaneamente.
  • A Companhia reafirma todas as suas estimativas financeiras e de entregas para 2018;
  • Os resultados de períodos anteriores tiveram pequenos ajustes para refletir a adoção do IFRS 15 (Receita de Contratos com Clientes) e do IFRS 9 (Instrumentos Financeiros).

DEFESA & SEGURANÇA

Durante o 1T18, a campanha de testes em voo da aeronave multimissão de médio porte KC-390 avançou rumo à certificação final, com os dois protótipos (001 e 002) excedendo a marca de 1.600 horas de voo.

A produção em série do KC-390 avança com a montagem das aeronaves 003, 004 e 005. Em abril, o KC-390 fez sua estreia em um airshow na América Latina, participando da FIDAE 2018, no Chile, onde voou ao lado dos A-29 Super Tucano do Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (FAB), também conhecido como “Esquadrilha da Fumaça”.

Foto: André Freitas/SpottersBrasil

A Embraer espera receber a Certificação Final Operacional do KC-390 no segundo semestre de 2018, quando está programada para acontecer a primeira entrega da aeronave.

Com relação ao programa A-29 Super Tucano, a Embraer entregou duas aeronaves para um cliente ainda não revelado (Chile, como noticiou antecipadamente T&D).

As aeronaves serão utilizadas para treinamento tático e avançado bem como em missões de ataque leve e ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento).

No trimestre, foi entregue à Affinity Flying Training Services a última unidade de cinco aeronaves Phenom100.

Essas aeronaves são operadas pelo Sistema Militar de Treinamento de Voo do Ministério da Defesa do Reino Unido, a fim de fornecer treinamento inicial multimotor aos pilotos das Forças Armadas daquele país.

Com relação aos Programas de Modernização de aeronaves, a Embraer entregou a segunda aeronave F-5BR, do terceiro lote, à Força Aérea Brasileira.

O programa, chamado F-5BR, está focado em realizar atualizações estruturais e eletrônicas para os caças F-5.

A empresa coligada Atech completou com sucesso a implementação do primeiro centro fixo de comando e controle e gerenciamento de tráfego aéreo para uma nação africana.

Em março, durante o congresso de gerenciamento de tráfego aéreo WATM 2018, em Madri, na Espanha, a Atech lançou sua nova família de produtos dedicados às soluções de Controle e Gestão de Tráfego Aéreo, denominada Makron.

Além disso, a fase de qualificação (QR2) do sistema de missão dos helicópteros H225M, da Marinha do Brasil, também foi concluída.

Foto: Roberto Caiafa

No período, o Sistema de Proteção de Fronteiras (SISFRON) do Brasil realizou os testes de seu Receptor de Recebimento de Sinais (COMINT), programado para ser implementado em campo no 2T18.

O projeto deu continuidade à entrega do sistema de comunicações táticas, aumentando a capacidade operacional das organizações militares envolvidas no SISFRON.

Por fim, a Visiona Tecnologia Espacial auxiliou a operação e validação do satélite brasileiro geoestacionário (SGDC). O sistema está evoluindo como planejado e a instalação das estações terrestres VSAT já começou.

ENTENDIMENTOS COM A BOEING

Em 2017, a Embraer iniciou entendimentos com a Boeing – já parceira em projetos de engenharia, ecoeficiência e projetos socioculturais – para uma possível combinação de negócios entre as duas empresas.

A Embraer e a Boeing ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer.

As negociações continuam em andamento e uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do Governo Brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias. Não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar.

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