Em 22 de agosto de 2025, numa manhã ensolarada na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, o Comando da Força Aeronaval da Marinha do Brasil (MB) realizou a cerimônia dos 109 anos da Aviação Naval.
Desde 1916, do litoral aos mais longínquos rincões, os homens do mar passaram a vigiar e proteger os interesses do Brasil também a partir dos céus. A MB, entre as Forças Armadas, foi a primeira a dispor de sua própria aviação com a inauguração, em 23 de agosto de 1916, da Escola de Aviação Naval (em 1912/1913, a então Força Pública do Estado de São Paulo, havia criado seu serviço aéreo).






A Aviação Naval é dividida em quatro fases. A primeira, de 1916 a 1941, ficou marcada pelas ações iniciais, como o recebimento de diversos tipos de aeronaves para diferentes missões, formação de pilotos e mecânicos, os raids aéreos, inauguração de novas bases, o Correio Aéreo Naval e a atuação nas revoluções deflagradas no Brasil naquele período.

Depois de ser extinta, quando da fusão com a Aviação Militar, do Exército Brasileiro (EB), para a criação da Força Aérea Brasileira (FAB), foi restabelecida em 1952 com novas organização administrativa e frota para atender às demandas da MB. Tratava-se do início da segunda fase.
Foram comprados aviões e helicópteros que passaram a operar de bases terrestres e do navio-aeródromo leve A-11 Minas Gerais. Em 1965, para encerrar os atritos entre a MB e a FAB, que não concordava com o fato de a Aviação Naval ter seus próprios meios aéreos, esta ficou restrita aos helicópteros, passando todo o inventário de asa fixa para a FAB.
A terceira fase foi marcada pela elevada operacionalidade, com meios modernos e muito capazes, e que voavam as mais diversas missões em qualquer lugar do País, fosse embarcada, sobrevoando a imensidão do mar e longe da costa sob condições meteorológicas e de mar adversas, ou no interior, da Amazônia e Pantanal a até o extremo sul. Em 1998, enfim, chegou a quarta fase. Isso ficou marcado pela aquisição de uma frota de 23 caças de alto desempenho McDonnell Douglas A-4KU e TA-4KU, do Kuwait, retomando, 33 anos depois, uma capacidade fundamental para a MB onde quer que se fizesse necessário
Hoje, com uma frota que supera 80 aviões e helicópteros, a Aviação Naval vive tempos de modernidade, apesar das dificuldades e restrições orçamentárias pelas quais as Forças Armadas, como um todo, estão passando. Entretanto, por meio de uma gestão que busca a eficiência dos investimentos, a Aviação Naval tem conseguido dar importantes passos no desenvolvimento de doutrinas de operação atualizadas e na incorporação de novos sistemas.
O atual comandante da Força Aeronaval é o Contra-Almirante Alexandre Veras Vasconcelos.
A Aviação Naval foi tema de capa da edição 179 da revista Tecnologia & Defesa. Acesse o link e compre a sua! https://tecnodefesa.com.br/loja/

















